quinta-feira, junho 10, 2010

Ao contrário do que se imaginara Emenda dos royalties foi votada nesta madrugada no Senado

Há ainda dúvidas sobre a repercussão da Emenda, agora do senador Pedro Simon, e sobre a possibilidade de veto do presidente Lula, mas fato é que o plenário do Senado, aprovou nesta madrugada, por 38 a 31 uma emenda que repartir para todo o país, os recursos dos royalties, dizendo caber à União o ressarcimento dos prejuízos de estados e municípios produtores. Uma discussão é sobre se há o que se falar em termos de "prejuízos". Veja abaixo matéria do portal da Folha.com: "Contrário a Lula, Senado aprova emenda que divide royalties do pré-sal de forma igualitária" FERNANDA ODILLALEILA COIMBRA DE BRASÍLIA "Contrariando determinação do presidente Lula, o Senado aprovou nesta madrugada emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS) que divide de forma igualitária os dividendos da exploração do petróleo dos atuais contratos e das áreas a serem licitadas. O governo foi derrotado por 41 votos a favor da proposta e 28 contra. Os senadores definiram ainda que caberá à União compensar as perdas de Estados produtores como Espírito Santo e Rio de Janeiro, os principais prejudicados pela emenda. Há três meses, o governo já havia sofrido a mesma derrota na Câmara dos Deputados, que aprovou emenda dividindo os royalties do petróleo entre os fundos de participação de Estados e Municípios. De nada adiantou o esforço do Planalto que mobilizou toda a base, buscando em casa a senadora Ideli Salvati (PT-SC), que chegou de cadeira de rodas após a meia-noite. Os senadores definiram a nova divisão depois de aprovar, por 38 votos contra 31, o texto base do projeto que estabelece o regime de partilha (em vez de concessão) como novo modelo de exploração do petróleo e cria um fundo para reduzir diferenças sociais com recursos provenientes da receita do pré-sal. As duas propostas foram unificadas num único projeto pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que excluiu a redistribuição dos royalties do texto por dividir Estados e municípios. Como houve modificação, a proposta volta à Câmara para apreciação. O debate dos royalties foi retomado com emenda preparada pelo senador Pedro Simon, que restituiu a emenda do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) aprovada na Câmara dos Deputados em que os royalties do pré-sal e dos atuais contratos de exploração de petróleo_ que estão sob regime de concessão_seriam igualmente distribuídos entre todos os Estados da Federação, sem privilégio aos principais produtores (Rio de Janeiro e Espírito Santo). "Diferente da proposta aprovada na Câmara, agora ninguém perde um centavo. Nós vamos tirar da União para todos, produtores e não produtores de petróleo, saírem ganhando", reagiu o autor da polêmica emenda. O líder do governo no Senado ameaçou, em nome de Lula, que a distribuição dos royalties poderia ser vetada pelo presidente caso fosse aprovada pelos senadores. "Um projeto mal feito, onde a União terá que arcar com prejuízos de Estados e municípios produtores, o governo veta", disse. Os senadores pretendem votar, ainda nesta madrugada, o projeto de capitalização da Petrobras, o segundo item da pauta."

6 comentários:

Débora Batista disse...

Caro Roberto,

Como está dizendo a colunista Mirian Leitão,sofremos um golpe noturno de uma discussão que nem foi amadurecida. O modelo de concessão é adotado com sucesso na maioria dos países que produzem petróleo, como o nosso. E o senador Pedro Simon questiona quem vai querer votar contra esta decisão e perder votos.

Estamos assistindo a acidentes nas plataformas que trazem grandes prejuízos ambientais. Os royalties são indenizações por estes danos, que vamos perder para favorecer a quem não produz petróleo. Um absurdo.

Débora Batista

Maycon Morais disse...

Uma covardia, um atentando a democracia e ao pacto federativo. Assim podemos definir a atuação do Senado. A aprovação da emenda Ibsen é um atentando contra o povo Fluminense, principalmente contra nós campistas.
Os Senadores agiram como lobos que atacam o rebanho alheio de madrugada, e sem o conhecimento do chefe da matilha.
Vão querer transformar isso em uma alcova eleitoreira, querem transformar os municípios em pedintes, vão nos obrigar a mendigar verbas com o Governo, querem nos submeter a dependência econômica. Realmente um absurdo e claramente inconstitucional.

Anônimo disse...

Contrário à Lula? Quê Lula? Há!!! O Presidente. Este já não manda mais em Brasília, as notícias que chegam na nossa paróquia é que o Presidente no momento encontra-se envolvido com a sua festa de despedida. A fonte diz que ele anda anunciando nos corredores palacianos de Brasília que ele está por seis meses. Não é por acaso que o cafezinho do Gabinete da Presidência em Brasília, já está sendo servido gelado. Em relação aos royalties diz a nossa fonte que será problema dos futuros presidentes. O Lula agora só quer love... Digo mais: quem pariu Mateus e companhia que se vire... Agente sofre mais nós goza... Há... Há... Como diz José Simão.

Eduardo Prudêncio disse...

Bem professor,
Eu acredito que o presidente Lula vá vetar essa emenda. Acho que os manifestos tem de ser um pouco mais taxativos. As prefeituras tem de procurar os sindicatos dos funcionários da Petrobras e demonstrar que eles serão prejudicados, pois irao morar em cidades muito piores e parar a produção por algumas horas. Os prefeitos onde passam as tubulações de óleo e de gás tem de tentar fechar as válvulas e deixar tudo parado. Daí eu quero ver o resto do país desesperado sem gás e petróleo. Nada de queimar pneu na estrada.
Um abraço
Eduardo

Wilson disse...

Caro Roberto,
Como disse em meu blog, wprjunioradvogado@blospot.com, não acredito que o President Lula venha a vetar o projeto caso seja aprovado agora pela Câmara.
Infelizmente, a população de Campos dos Goytacazes vai pagar um preço alto por não saber escolher bons representantes, que com tamanho desperdicio de dinheiro público levaram a cidade a tal situação.

Anônimo disse...

Petroleiro parar plataforma? para quê? para continuar as boquinhas? FIM AOS MARAJÁS DOS CONDOMÍNIOS LUXUOSOS DE CAMPOS. Nós colocamos a cara na reta, ficamos em plataformas antigas e remendadas, no meio do gás. O petróleo é do Brasil e não de meia dúzia de marajás.