sábado, junho 26, 2010

Camisas amarelas são maioria na África!

Jornalistas que estão cobrindo a Copa na África do Sul estão impressionados com a quantidade de espectadores com a camisa amarela da Seleção Brasileira. Não são apenas brasileiros. A amarelinha, disparada a mais usada entre as diversas seleções, é hoje o maior expoente de marketing que ajuda a CBF a faturar com a imagem de nosso futebol. Chega-se a avaliar que a camisa virou modismo na Copa. O uso da camisa amarelinha, segundo os jornalistas, já não permite identificar torcedores brasileiros como ocorria antes. O jornalista Juca Kfouri disse na ESPN que o fato contrasta com o que ocorre em outros países, onde o futebol é também destaque em termos de audiência e prestígio, como na Espanha e Itália, onde as camisas dos clubes, Real Madri, Barcelona, Inter, Milan e outros são destaques e fontes de receitas significativas para os clubes que é quem forma e cede os jogadores para servirem à seleção.

2 comentários:

Claudio Kezen disse...

Caro professor:

Na verdade, o comentário do Juca lamenta o fato de que a maioria das pessoas usando as camisas da seleção são turistas de todo o mundo, e não brasileiros, o que é amplamente conhecido por todos, devido ao nosso histórico de glórias no futebol.

Ele também apontou o fato de nunca ter visto um contingente tão pequeno de torcedores brasileiros numa copa do mundo, no que concordaram os outros jornalistas da mesa redonda como o José Trajano e o Paulo Vinício Coelho.

Segundo eles, Mexico e Argentina por exemplo, além de outros países superam com folga os brasucas.

Isso comprova o baixíssimo poder de consumo do brasileiro diante de outros países em desenvolvimento, a despeito das maravilhas apregoadas pela propaganda lulista, paga com nosso dinheiro, já que somos um dos povos mais apaixonados por futebol em todo o mundo.

A camisa amarelinha é uma grife mundial para gringos, e um luxo para nós mesmos, eternos cidadãos de 5ª categoria aos olhos das diferentes vertentes políticas que (des)administram nosso país.

Roberto Moraes disse...

Caro Cláudio,

Sinceramente, que não ouvi o que você relatou no 2º parágrafo, mas não desacredito dela, até porque, estava com outras pessoas falando, e pode ter passado despercebido.

Ouvi sim, o relato de que vez por outra confundiam torcedores só pela camisa amarela, quando chegavam a dar bom dia e ouviam em troca um good morning.

Quanto à presença de brasileiros, julgo um exagero seu imaginar se tratar de uma crise de baixo consumo os brasileiros. Qual o quê...

Em relação aos argentinos é até fácil explicar pela distância até a África do Sul, e ainda, em segundo lugar, pelo fascínio que o Maradona produz nos torcedores contra a imagem que o Dunga passa aos brasileiros.

Além disso, julgo que há outros fatores culturais nesta explicação. Primeiro que quem sempre se habilitou a ir ao exterior ver uma Copa do Mundo, aonde quer que seja, é da classe média alta (alguns poucos da média-média) e da elite. E, entre estes, você há de convir, que além de desacreditarem da seleçãod e Dunga, muitos não imaginam que haja alguma coisa interessante de se ver na África, ao contrário, de uma Copa na Europa, por exemplo.

Quanto ao luxo da grife mundial é demais imaginar que a população de renda mais baixa brasileira, vá separar mais de US$ 100 dólares para enriquecer a marca americana.

Enquanto isto diversas amarelinhas, sem o desenho do ticket da marca, estão sendo vendidas aos montes, em todas as esquinas brasileiras, inclusive campistas e compradas, até por quem ganha bolsa família.

Desculpe, mas sua comparação de que a situação brasileira é pior do que a da Argentina e Mexicana é infeliz e irreal.

Insisto que a conversa do Juca tinha como pano de fundo a relação entre a CBF e nossos clubes, quando comparado às demais Confederações com os clubes de seus países, e não esta elocubração econômica, que tenta mostrar um país em crise.

Há muito o que ser feito e emlhorado em nosso país, mas, em meio a erros e acertos, o saldo é imensamente, favorável, especialmente para os do andar de baixo, que são aqueles que mais precisam dos governos.

Abraços.