65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, junho 27, 2010
Negociações políticas X informações em blogs e twitters
O uso destes instrumentos ágeis de comunicação, como os blogs e twitters, estão trazendo alterações significativas na forma e no resultados das negociações políticas. As conversas para fechamento de acordos nestes últimos dias das convenções trouxeram à tona fatos que demonstram o como blogs e twitters de políticos estão influenciando estes acordos.
Pelo menos, dois casos geraram nestes últimos dias, alguns problemas para aqueles que interessados em repassar notícias rápidas e permanentementes nestes veículos. A publicidade das informações atraíram mais prblemas que soluções, embora tenham dado notoriedade e destaque aos divulgadores.
Um dos casos foi noticiado neste sábado, na coluna Panorama Político do jornal O Globo. Lá, em nota foi informado que o presidente do PSDB-PA, Flexa Ribeiro criticou o presidente do DEM-PA, VIC Pires: "ele colheu o que plantou. Ficou dois anos batendo em todo mundo em seu blog. Ele tem que escolher se quer ser jornalista ou político". Segundo a coluna o presidente Vic Pires escolheu e parou o blog até o fim da montagem do palanque estadual dizendo: "preciso ser só presidente e nem um pouco jornalista nesse período".
O outro caso foi o de Roberto Jefferson, presidente do PTB que, na sexta-feira, logo após o jogo do Brasil contra Portugal, causou o maior alvoroço informando em seu twitter, antes do PSDB, que o senador Álvaro Dias tinha sido escolhido como o candidato a vice de José Serra e depois ainda postou uma nota logo retirada em que dizia que "o DEM é uma m...".
Neste sábado O Dia Online trouxe sobre o caso a explicação de Jefferson:
"O presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse neste sábado, em seu Twitter, que errou ontem quando postou em seu microblog que "o DEM é uma m...".
"Ontem eu errei ao tuitar. Ao invés de DM apertei 'reply'. Foi uma confusão até a Teresa tirar a postagem. Sinto muito". Jefferson disse ainda que, durante essa sexta-feira, foi mais blogueiro e tuiteiro do que político. "Penso que desagradei. Volto hoje à condição de político".
Estes dois casos mostram de forma evidente, as complicações que alguns políticos estão tendo ao tentar explorar os recursos da tecnologia, sem perceber ou se atentarem, para as negociações e o tempo que delas, a política ainda exige. Além disso, é possível perceber, que diante de tantas e tão ágeis informações que circulam, a enganação e o blefe antes tão comuns nas conversas políticas, ficaram mais difíceis de serem sustentados, ao longo do tempo.
De qualquer forma, o que os tempos atuais mostram, é que o cidadão comum, leitor e eleitor podem cada vez ficar mais próximo dos fatos, e se forem atentos e atenados, até mais que os próprios políticos, interessados nos assuntos antes conversados a portas fechadas, mas com blogs e twitters ao alcance de todos.
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Um comentário:
Só pra esclarecer e refletir:
Não é o Lula que transfere votos para Dilma. É o seu projeto de governo que faz com que uma parcela da população brasileira vote pela continuidade.
Se Lula não tivesse resultados positivos no seu governo os nordestinos não votariam na Dilma apenas porque o atual presidente nasceu em Pernambuco. Para mim esta eterna cantilena de transferencia de votos Lula-Dilma demonstra um enorme preconceito com relação ao eleitor brasileiro, pois não leva em consideração sua capacidade de análise.
De outro lado a administração Serra foi um desastre em São Paulo, a sua principal vitrine. Colocou pedágios em todos os confins do estado e não teve uma só atitude positiva nas áreas de educação e segurança. Some-se a isto a antipatia de sua equipe de governo que conseguiu desagradar até os bolsões malufistas, depois quercistas, depois alkmistas e outros istas que representam o atraso e o conservadorismo politico do estado de São Paulo.
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