65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, junho 28, 2010
PPP para a rodovia Translitorânea: Macaé-SFI
Na última quinta-feira, na Firjan-Campos, em evento organizado pelo Cidac, o engenheiro Renato Teixeira numa palestra sobre logística, fez referências ao projeto da rodovia, que segundo seu idealizador, prevê um trecho de 204 quilômetros, sendo o primeiro de 100 quilômetros entre Macaé e SJB e o segundo de 104 quilômetros, entre SJB e Barra do Itabapoana.
O engenheiro informou ainda que os direitos autorais da rodovia foram registrados no Confea, Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura. Atualmente, Renato Teixeira que é engenheiro com experiênca de trabalho em Planejamento, no Metrô do Rio de Janeiro, sugere que a Secretaria Estadual de Planejamento estruture um Comitê sobre o assunto visando a montagem de uma Parceria-Público-Privada (PPP).
Teixeira que é campista, radicado há muitos anos no Rio de Janeiro, entende que este investimento é importante na consolidação do que ele chama de Complexo de Atividade Econômica (CAE) de Barra do Furado, ainda mais agora, que há também o mega empreendimento do Açu.
Segundo seu autor, mesmo já tendo sido registrado no Confea, o traçado da rodovia é hoje apenas, um projeto básico, seu detalhamento com indicação do traçado final e projetos de engenharia e construção, sob a forma de projeto executivo, dependeria da participação de financiadores interessados na PPP.
Pelo que o blog pode depreender, Teixeira defende que o governo do Estado, as prefeituras da região, a Petrobras e outros interessados poderiam ser os parceiros do projeto que defende para a região em termos de infra-estrutura regional de logística.
O blog compreende que a região carece de infra-estrutura de logística que permita o fluxo de pessoas e cargas, fora das áreas urbanas dos municípios, e vê que a BR-101 é hoje, um gargalo que não será resolvido completamente nem com a sua duplicação, sabendo que a antecipação desta ampliação está preso numa demanda da concessionária Autopista Fluminense, que para isso, exige um aumento no preço dos pedágios, da ordem de quase 50 centavos por praça.
Numa visão mais de médio prazo, é possível identificar que nossa região necessita de transporte ferroviário, não apenas para cargas, num modal de transporte que venha unir o transporte aquaviário, rodoviário, ferroviário e aeroviário, mas também, facilite e propicie o fluxo de pessoas.
Há que se indagar como o projeto da Translitorânea, poderia se unir a um outro, que se comenta, estaria sendo planejado, e que estaria, na prática justificando a mudança do traçado da BR-101, dentro do projeto já licitado da sua concessão, que trocaria a ligação de Ibitioca à BR-101, perto de Travessão, já no trecho Campos-Vitória, pela duplicação da Rodovia dos Ceramistas, uma nova ponte saindo depois da Fazenda Abadia e daí ligando à Codin, voltando à BR-101. Neste novo desenho, logo após a rodovia dos Ceramistas, ao cruzamento da Campos-Farol, e antes do cruzamento da BR-356, sairia um corredor de logística com pistas rodoviárias e ligação ferroviária direto até o Complexo do Açu.
O blog disponibiliza estas informações de projetos e outros de comentários visando repartir com seus leitores as informações que dispõe, propondo ouvir quem se interessa em discutir o assunto trazendo outras informações e sugestões ligadas ao assunto.
PS.: Atualizado às 00:30:
Não se pode deixar de considerar, analisar e prever os impactos ambientais da construção desta rodovia Translitorânea. Há que se registrar e lembrar que nesta faixa do litoral brasileiro estão localizadas importantes reservas ambientais. Por exemplo: o Parque de Jurubatiba, envolvendo territórios desde Macaé, Carapebus até Quissamã, a lagoa Feia e sua enorme e colossal, embora, parte já assoreada e aterrada, nos municípios de Quissamã e Campos dos Goytacazes, as lagoas do Açu, Salgado, Iquipari, Grussaí, além da APA de Grussaí, o rio Paraíba do Sul, e seus mangues, Gargaú, a Mata do Carvão (Estação Ecológica de Guaxindiba), etc.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Caro Professor Eng° Roberto Moraes,
Brilhante, como sempre, agradeço a oportunidade de ,através de seu blog,informar aos seus leitores o ocorrido no workshop realizado na Firjan ,sob a coordenação do CIDAC, sobre Logística onde apresentei o esboço do estudo preliminar da rodovia translitorânea.
Como só dipunha de 20 minutos ,só pude discorrer sobre 11 páginas de um total de 54 do paper resumido.
Estou disponibilizando o paper completo para o seu e-mail.
Quanto ao comitê de PPP ,ele já existe e é coordenado pela Seplag,cujo manual segue, também , em anexo.
Em outra oportunidade, me coloco a disposição para um seminário sobre o tema da rodovia que será muito rico em contribuições que as instituições da sociedade civil possam oferecer a esse projeto que deve ser construído por todos que lutam pelo crescimento da região.
Fraternal abraço.
Postar um comentário