65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, junho 25, 2010
A "volta" do estaleiro da OGX para o Rio
O estaleiro que a OGX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista iria fazer no estado de Santa Catarina chegou a ser cogitado de ser implantado junto com o Complexo de Barra do Furado. (Veja aqui e aqui as notas publicadas neste blog em maio de 2008 e aqui em março de 2009) O estaleiro visa construir as plataformas ( de oito a dez plataformas) de exploração de petróleo que a OGX implantará nos poços e campos que a empresa tem descoberto nas áreas que adquiriu em leilão da ANP aqui na Bacia de Campos.
O blog contou na ocasião, uma história de que Eike propôs a algum dos implantadores do projeto de Barra do Furado, que ao invés de um jogo amador, eles poderiam estruturar uma partida de profissionais.
Interlocutores de confiança de participantes do empreendimento do Complexo de Barra do Furado garantem que a negativa se deu, não por má vontade, ou qualquer outra coisa, mas, porque eles temeram perder a licença ambiental, já concedida ao empreendimento, no porte anterior e que assim o risco de inviabilizá-lo poderia ser grande.
A negativa da licença lá Biguaçu a 28 quilôtros de Florianópolis em Santa Catarina, talvez seja um pouco a confirmação do temor, que não teria sido assim, tão demedido.
Para quem não entendeu do que se trata esta nota, o blog publica abaixo, a pequena matéria sobre o interesse do Eike em retornar o empreendimento de um estaleiro para a nossa região, agora junto ao Complexo Portuário do Açu,que foi publicada hoje, no caderno de Economia, em O Globo.
Com as duas siderúrgicas garantidas no distrito industrial, a da chines Wisco e da ítalo-argentina, Techint, faz sentido trazer o estaleiro para perto, já que, pelo que se sabe, estas siderúrgicas trabalharão com a produção de chapas e estruturas pesadas de aço, uma das principais matérias primas para a construção das plataformas.
Enfim, acompanhemos os desdobramentos dos projetos e licenciamentos destes empreendimentos. Abaixo a matéria de O Globo:
"Júlio Bueno: Estaleiro de Eike será recebido de "braços abertos" no Rio"
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, confirmou nesta quinta-feira que a OSX, do empresário Eike Batista, está negociando com o governo fluminense a instalação de um estaleiro no Porto do Açu, em São João da Barra. Segundo Bueno, Eike procurou a secretaria há cerca de um mês, antes mesmo de seu pedido de licença ambiental para um estaleiro na cidade catarinese de Biguaçu ter sido negada.
- Nós receberemos o empreendimento de braços abertos como o Cristo Redentor - disse Bueno.
O investimento em Biguaçu, numa área de 3,2 milhões de metros quadrados, seria de R$ 2,5 bilhões. Bueno ainda não sabe se, caso o empreendimento seja transferido para o litoral fluminense, sofrerá alguma alteração técnica ou de valor.
Semana passada, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) negou pedido de licença ambiental para o estaleiro pela segunda vez. Sem o aval, a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) não poderá liberar a obra. A OSX não comenta."
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