Cooptação, apoios, manifestos e a contradição entre os interesse das entidades e da sociedade: uma reflexão!

Este blog já comentou aqui sobre o apoio de entidades à prefeita Rosinha. Hoje, o jornalista Ricardo André, em seu blog "Eu penso que" postou aqui a informação de que este manifesto de apoio voltou a ser publicado, aparentemente, com o mesmo teor, nos dois impressos locais, os mesmos, acusados na decisão do TRE-RJ de favorecimentos nos processos eleitorais de nosso município. Sobre o assunto este blog também já havia republicado aqui, no último dia 16 de junho, a opinião do jornalista Luciano Aquino em su blog "Geral". O blog não sabe se os dirigentes destas entidades foram consultados e concordaram com esta nova publicação, mesmo após as duas mais recentes manifestações judiciais, novamente do TRE-RJ e, ontem do TSE. Mesmo sabendo que é um direito das entidades, embora, questionando que este tipo de posicionamento deveria obrigatoriamente ser levado à ascultação de suas diretorias (ou ainda de seus sócios em assembléia, por se tratar de uma manifestação, que ultrapassa o interesse imediato de suas classes), o fato merece análise de toda a sociedade, porque, uma coisa é o cidadão, com amplo direito de se posicionar, ideologicamente, partidariamente e eleitoralmente, a outra, são as manifestações das entidades e instituições. Todos nós sabemos da cooptação crescente com a qual o poder local, em diferentes governos, têm exercido sobre essas entidades, na grande maioria das vezes com financiamentos, apoios e soluções financeiras para os problemas enfrentados por elas, de forma sistemática e crescente, de forma semelhante à dependência que nosso município passou a ter da receita oriunda dos royalties do petróleo. Exatamente, sobre esta cooptação e pelo abuso do poder econômico, a Justiça Eleitoral se manifestou ao se referir ao abuso de poder econômico - embora no caso específico referido ao uso dos meios de comunicação - como forma de controlar o poder e interferir na escolha democrática da população dos seus representantes. Ao blog fica claro que a Justiça Eleitoral, nas suas duas instâncias (estadual e federal) se manifestou com decisões claras de que esta forma de cooptação e abuso interferem neste processo de escolha. É por conta disso, que é gritante o lançamento deste manifesto. Mais há que se recordar ainda, de que neste contexto, a Justiça Eleitoral também se referiu ao uso costumeiro dos meios de comunicação, já amplamente conhecido pela comunidade que os dois grupos (oriundos da mesma espinha) políticos, que vêem se revezando no poder, fazem e exercem em nosso município. Por tudo isto, era de se esperar, no mínimo, por parte das entidades, uma maior discrição, preservando-as, de um embate, que é eleitoral e partidário e como tal cabem a cidadãos e não às suas entidades. De toda a sorte, respeitando a história destas entidades, e ainda os seus dirigentes, este blogueiro, não poderia deixar de aqui fazer este registro e chamar a atenção do que elas significam neste processo, em que todos deveriam desejar uma administração séria que faça intelocução com a sociedade e suas instituições e não as coopte, com objetivos de sustentação política e eleitoral. PS.: Atualizado às 18:24 e coorigido a grafia da palavra discirção.