Campos: um outro destino é possível!

O modelo de gestão instituído em Campos a partir de 1988 se esgotou. Além de não cumprir o prometido, se desvirtuou com os vícios que acusou quando do seu surgimento. O município neste período se enriqueceu e se empobreceu simultaneamente. Os royalties que inundaram a cidade, especialmente nos últimos dez anos, fizeram crescer o interesse pelo controle do poder por parte daqueles que tinham e ainda têm interesse privados. Assim, assistimos, mesmo que resistindo ao aumento da pobreza e da dependência. Enquanto isto, pelo país afora, diversos municípios, com muito menos recursos financeiros vivenciaram melhorias nas gestões públicas. Seriedade, rigor, trabalho árduo e abertura de espaços para novos gestores, numa máquina mais enxuta e profissional podem produzir melhorias inimagináveis na administração pública municipal. Há gente a ser aproveitada na máquina, mas é preciso oxigená-la com novas pessoas, novos métodos para a busca de boas e eficientes políticas públicas. Chega de acusações pessoais, de disse-me-disse, é hora de arregaçar as mangas e correr atrás das oportunidades que todos os dias batem à porta do nosso município. Se há projetos bem encaminhados, com boas perspectivas, não há porque não dar prosseguimento, mas é necessário fazer uma inversão de prioridades. A gestão pública do município não pode não pode estar a serviço das eleições, ela tem o dever de dar conta dos problemas e dos sonhos de nossa população. Ao final do mandato a população, então julgará se deve ou não conferir mais um mandato à gestão escolhida. Porém, a prioridade deve ser a gestão e este compromisso a população tem que tirar do seu governante. A oportunidade faz a ocasião. A interpretação de que não se teria nomes fortes eleitoralmente para o embate com as duas forças políticas, desta falsa polarização, a que se quer combater, ao contrário do que se pode imaginar como problema, é na verdade um trunfo. A população quer uma alternativa nova. Uma opção que lhe possa renovar as esperanças de uma Campos melhor, mais justa e menos desigual. Queremos uma Campos sem desmandos administrativos e com a participação direta da população na gestão do seu orçamento e dos recursos dos royalties. Uma saúde que valorize o cidadão e uma educação que permita você enxergar o futuro como oportunidade e não como ameaça. Queremos recuperar o orgulho que sempre tivemos de ser campistas. Um novo caminho é irreversível, mas não há porque ter açodamento e nem se pode aguardar desenlaces naturais. O caminho há que ser construído no próprio caminhar. Campos merece algo melhor!