De fato e não de direito? Ou de direito e não de fato?

Parece que há ainda quem queira interpretar que o presidente da Câmara, vereador Nelson Nahim, não assumou de direito a interinidade como prefeito de Campos, após a "simples" notificação do TRE-RJ, e que isto só se daria com a posse oficial dele, na segunda-feira, após a suspensão do recesso da Câmara, que seria seguida da posse do vice, vereador Rogério Matoso, como novo presidente da Câmara, seguida ainda, da posse do então vereador suplente, Edson Batista, do PTB, na vaga aberta pelo vereador Nelson Nahim que se tornou o prefeito interino do município de Campos dos Goytacazes. Este entendimento, talvez, favoreça, a quem precisa de tempo para negociar apoio, em troca da perda da possibilidade de disputar eleição para deputado. Porém, é fato, mesmo que sejam feitas arguições judiciais futuras (que não seria novidade na sempre confusa situação política e jurídica local), que ao ser notificado da saída da prefeita, o, então presidente da Câmara, vereador Nelson Nahim, já se tornou prefeito interino, e como tal, ficou impossibilitado de disputar a eleição de deputado estadual pelo PR, para o qual foi habilitado, em convenção no último dia 30 de junho, ficando apenas habilitado a disputar uma eventual eleição suplementar para prefeito de Campos, desde que esta ocorra junto das eleições gerais de 3 de outubro, ou depois, porque, assim, já teria tempo mínimo de filiação ao seu novo partido, o PR, definido pela atual legislação brasileira.