65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, julho 26, 2010
Sobre a matéria do Porto do Açu no Washington Post
Mais do que a referência ao empreendimento do Complexo Portuário no Açu, a matéria do famoso jornal americano, Washington Post, mostra uma preocupação, até uma fobia, com o crescimento da ação da China por todo o mundo.
Distribuindo dinheiro barato e um mercado gigantesco, a gigante Chinesa se espalha pelo mundo. O nosso petróleo na camada de pré-sal aliado ao minério de ferro às chances de contribuir para que países como o nosso não fiquem apenas na exportação de matérias primas, podendo de forma aliada implantar siderúrgicas e outras indústrias de produtos acabados colocam em cheque a dependência que se tinha do controle dos EUA. Oportunidade e ameaças caminham juntas como tudo na vida.
Provocado pelo blog sobre a inserção da China também em Angola e em toda a África, o jornalista Carlos Alberto Junior, se posicionou assim:
"Os americanos estão muito preocupados com os chineses, especialmente no que tange ao fornecimento de matérias-primas.
Em Angola, por exemplo, o embaixador americano está praticamente todos os dias nos jornais: assinatura de convênios, parcerias, concessão de status privilegiado nas relações comerciais, doações para creches e escolas etc.
Durante a guerra civil angolano, os EUA apoiaram a Unita, de Jonas Savimbi, que chegou a ser recebido pelo então presidente Reagan na Casa Branca e apresentado como um libertador.
O MPLA, partido que venceu a guerra e está no poder desde 75, era apoiado pela antiga União Soviética. Mais um episódio da guerra fria tendo a África como palco.
Hoje os EUA tentam recuperar terreno e fortalecer os laços com a África, em especial com os países fornecedores de petróleo, como forma de diminuir a dependência do Oriente Médio."
A economista Angeline Tostes do blog Vagalume de Miracema, RJ, comentou assim sobre a matéria:
"Essa questão da China ser ou não ser uma oportunidade, ou melhor, de ser uma oportunidade ou um desafio, é mais espessa do que podemos imaginar.De qualquer forma, é fato que os americanos estão bastante preocupados... é o sinal dos tempos?"
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