65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, agosto 02, 2010
Agropecuarista sanjoanense volta a protestar sobre a desapropriação no 5º distrito
Por e-mail o blog recebeu a seguinte reclamação:
"Hoje eu li no seu blog que a prefeita de São João da Barra e o Governo do Estado se reuniram no último dia 30 com empresários (EIKE) para garantir os direitos dos agricultores do 5º Distrito com relação a desapropriação, a qual visa garantir os direitos dos Agricultores.
Na posição de eleitor de Carla Machado e Sergio Cabral e de Agricultor de São João da Barra sabemos que eles somente buscam interesses próprios e se estivesse preocupados com os agricultores não teriam feito tal decreto e cientes que nenhum agricultor de São João da Barra e seus familiares NÃO VOTAM NUNCA MAIS NESSES DOIS buscam agora fazer essa média com o povo nas vésperas das eleições.
Não gosto de política e principalmente dos políticos e espero sinceramente que eu esteja errado e que essas reportagens sejam verdadeiras garantindo os direitos de propriedade desse povo sofrido que conseguiu um pedaço de chão atraves de anos de trabalho e em muitos casos estas terras são passados de geração em geração.
Vamos aguardar o que vai acontecer depois de 03 de Outubro pois gostaríamos de ter somente boas notícias daqui por diante, principalmente após as eleições (quando os políticos de deixam cair a pele de cordeiro e mostram quem são realmente) vamos saber se teremos nossos direitos e se for mais uma história de político, estamos prontos para brigar por nossos direitos, custe o que custar....ATÉ LÁ..
Agropecuarista Sanjoanense
Em 22 de setembro de 2009 16:29, Agropecuarista saojoanense escreveu:
Caro Roberto Moraes,
Estou lendo seu blog e as notícias com relação a desapropriação das terras de São João da Barra e me vem alguns questionamentos:
1) O que pode fazer o povo, agricultores que vivem da terra que passa de geração em geração mediante a falcatrua que a prefeita fez com o povo, assinando este decreto no dia 31/12.
2) O porto é um empreendimento privado e na verdade a desapropriação está sendo feita para o bem público;
3) Será que a prefeita acredita que vai conseguir toda essa malandragem com a população e não espera nenhuma reação do povo?
4) As terras estão sendo desapropriadas para que sejam instaladas empresas chinesas. Quem garante a geração de empregos para a população de São João da Barra e região, pois todos sabemos que a mão-de-obra Chinesa é muito mais barata e não tem os encargos que a Brasileira tem, sendo este um dos fatores que faz a China está na entre os 4 paises em Desenvolvimento.
Acredito que para a nossa região só sobrará a desapropriação e não os tão sonhados empregos;
5) Os vereadores da região estão fazendo uma campanha em prol dos Agricultores encabeçada pelo Presidente da Camara Alexandre Rosa, o qual já surgem notícias de que estaria passando para o lado da prefeita.
6) Será que o pobre coitado do Sr Eike Batista, empresário tão bem sucedido não imaginava que o preço das terras iam subir?
7) De que lado está a prefeita e o Governador, do lado de seus eleitores ou do pobre coitado empresário Eike Batista.
8) Ninguem acredita em indenização por desapropriação, uma vez que foi feita uma para passar a estrada até o porto e até hoje ninguem recebeu nada e mem vai receber, pois agora, com essa desapropriação das terras, vamos recorrerr a quem?
9) O Eike é a prova de que o dinheiro manda em tudo e que cada pessoa tem um preço, doa a quem doer, e que ser honesto e trabalhador está deixando de valer a pena. O é melhor ser esperto, malandro e não ficar servindo de otário para qualquer um. É um trabalho de geração em geração.
10) Assim até eu fico rico, fácil... O pior é que não encontro saída ao rolo compressor que estão querendo passar no povo. ë melhor meter uma arma na mão e ir a luta, pois trabalhando honesto com essa pilantragem que está na política. Esquece...
A própria MMX já comprou terras quando não havia nenhuma construção ainda e pagou 70 mil por alqueire. Os terrenos na Praia do Açu a um ano atras não valiam mais que R$ 2 mil e hoje valem R$ 20 mil.
Sou agropecuarista da Região e estou interessado na venda da minnha propriedade, nem sequer ser expulso da forma que estou sendo.
Essas atitudes da prefeita Carla Machado vai gerar uma guerra no município, pois com todos os agricultores que converso, falam que só saem da terra morto, mas acredito que a prefeita não está se importando com a situação, uma vez que colocou tropa de choque e cachorros para proteger a prefeitura na última manifestação feita pelos agricultores. Se eu fosse a prefeita eu colocaria a cabeça no travesseiro para refletir sobre minhas ações e as reação causadas por ela, pois essa é uma lei da Física, mas que serve para a vida...
Acredito que essa situação somente será resolvida ao custo de nossas vidas, pois se perdermos tudo para o Eike temos só duas opções.
1) É melhor morrer mesmo, para não ver e lembrar de tal situação;
2) Ou sermos presos, pois teremos alimentação por conta do governo, o que não teremos se perdemos nossas terras, que é de onde tirarmos nossos sustentos.
Se perdermos mesmo a terra, o que vier é lucro......Vamos empunhar as armas e vamos a luta, doa a quem doer, pois é a malandragem que vale a pena.....
Atenciosamente;
Agropecuarista Saojoanense."
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4 comentários:
Como sempre, surgem muitos oportunistas nesta historia. Ao não aceitar as propostas da empresa, esses mesmos agricultores compraram o risco da desapropriação, e agora falam bobagens, como "pegar em armas".
Acho interessante que este mesmo agricultor que hoje grita, a algum tempo atras não tinha o que fazer com essa terra, alias, em sua maioria improdutiva (ou plantam algo naquela areia??)
É bom que se deixe claro, que nem todos são oportunistas, mas obviamente, eles existem, em todos os lugares.
Sinceramente, ja é hora da população ver com bons olhos os empreendimentos que ali se instalam. É óbvio que a LLX quer lucro (é pra isso que uma empresa é criada), mas também é óbvio que vai ajudar e muito a região que hoje depende muito das prefeituras e da Petrobras, mesmo assim em Macaé. É hora da população enchergar que empresas de grande porte virão junto, trarão bons profissionais, mas também empregarão a mão de obra qualificada local, e a dependencia do poder público vai diminuir.
Claro, os efeitos demorarão, a principio se a região não se preparar adequadamente sofrerá (ambiental e socialmente), mas a longo prazo, com tantas instituições de boa qualidade (UFF, UENF, IFF), Campos voltará a ser um polo, e não mais uma cidade dormitório de Macaé. Sim, porque grande parte da mão de obra qualificada que Campos produz sai da cidade, porque sabe que se ficar, será mais um debaixo de algum coronel ou apadrinhado de governo, que mesmo sem ter metade da sua qualificação, manda e desmanda. E digo isso com propriedade, pois me formei no Cefet e Uenf, e me vi obrigado a sair de Campos.
Outra coisa que deve-se perder, é a ideia da "obrigatoriedade" das empresas empregarem a mão de obra local. Ora, isso é ridiculo, se as pessoas não se prepararem é obvio que as empresas procurarão as pessoas mais qualificadas em qualquer lugar do mundo. Essa ideia de "proteção aos locais" é só mais uma das mentalidades locais de quem está acostumado aos coroneis e apadrinhamentos, e tem que mudar! Ou se qualifiquem, ou fiquem sem empregos! É simples assim!
Enfim, quem olha de longe está vendo a grande oportunidade de virada de toda essa região, e a chance de Campos, devido a toda infraestrutura ja pronta, virar novamente um centro regional.
sds
Gustavo
Como sempre, surgem muitos oportunistas nesta historia. Ao não aceitar as propostas da empresa, esses mesmos agricultores compraram o risco da desapropriação, e agora falam bobagens, como "pegar em armas". Acho interessante que este mesmo agricultor que hoje grita, a algum tempo atras não tinha o que fazer com essa terra, alias, em sua maioria improdutiva (ou plantam algo naquela areia??)
É bom que se deixe claro, que nem todos são oportunistas, mas obviamente, eles existem, em todos os lugares.
Sinceramente, ja é hora da população ver com bons olhos os empreendimentos que ali se instalam. É óbvio que a LLX quer lucro (é pra isso que uma empresa é criada), mas também é óbvio que vai ajudar e muito a região que hoje depende muito das prefeituras e da Petrobras, mesmo assim em Macaé. É hora da população enchergar que empresas de grande porte virão junto, trarão bons profissionais, mas também empregarão a mão de obra qualificada local, e a dependencia do poder público vai diminuir.
Claro, os efeitos demorarão, a principio se a região não se preparar adequadamente sofrerá (ambiental e socialmente), mas a longo prazo, com tantas instituições de boa qualidade (UFF, UENF, IFF), Campos voltará a ser um polo, e não mais uma cidade dormitório de Macaé. Sim, porque grande parte da mão de obra qualificada que Campos produz sai da cidade, porque sabe que se ficar, será mais um debaixo de algum coronel ou apadrinhado de governo, que mesmo sem ter metade da sua qualificação, manda e desmanda. E digo isso com propriedade, pois me formei no Cefet e Uenf, e me vi obrigado a sair de Campos.
Outra coisa que deve-se perder, é a ideia da "obrigatoriedade" das empresas empregarem a mão de obra local. Ora, isso é ridiculo, se as pessoas não se prepararem é obvio que as empresas procurarão as pessoas mais qualificadas em qualquer lugar do mundo. Essa ideia de "proteção aos locais" é só mais uma das mentalidades locais de quem está acostumado aos coroneis e apadrinhamentos, e tem que mudar! Ou se qualifiquem, ou fiquem sem empregos! É simples assim!
Enfim, quem olha de longe está vendo a grande oportunidade de virada de toda essa região, e a chance de Campos, devido a toda infraestrutura ja pronta, virar novamente um centro regional.
Sds
Gustavo
Cabral está pensando sim nos agricultores, tanto que no acordo foi dito que só será feita as mudanças depois do acordo entre os agricultores, proprietários e moradores da região.
Gustavo, não dependo e nem nunca dependi de política e de políticos e o pouco que consegui na minha vida foi com trabalho e agora vem esses pilantras para tirar na mão grande. Infelizmente estão fazendo isso e não vamos aceitar isso pacificamente... Aguarde a guerra no 5º Distrito a terra é minha, comprada e suada e não foi roubada, negociada e paga pelo preço que achei justo na negociação de compra e venda e se um dia não for mais possível que seja minha deverá ser feito do mesmo jeito que foi feito quando comprei, atraves de negociação de preço... Não sou oportunista e sim um trabalhador mas acredito que você deve ser um interessado em ganhar dinheiro fácil, bem como os políticos da região. To pronto para a guerra pela minha terra.
Agropecuarista Sãojoanense.
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