Eike negocia parte de suas empresas

A hipótese que foi divulgada esta semana, de que o empresário Eike Batista, estaria negociando o percentual de 43,55%, que ainda detém na mineradora MMX e de que também pretenderia vender o Porto Sudeste vincluado, à sua empresa de logística, a LLX, que ainda está em construção em Itaguaí, reforça cada vez mais, a impressão de que o megaempresário poderia estar concentrando seus negócios na empresa de exploração de petróleo, OGX, e nas atividades da região do Açu.

Na semana passada foi realizada uma audiência pública que apresentou detalhes da Unidade de Tratamento de Petróleo (UTP), que tem previsão de ser montada na região. A UTP tem capacidade projetada de processar até 800 mil barris diários de petróleo, depois de ser transportado em navios que trariam o óleo direto da boca dos poços, que podem ser de campos na Bacia do Espírito Santo, ou de Santos, além da Bacia de Campos para este terminal do Açu.

A desistência da EBX, através da OSX, na instalação de um estaleiro, em Santa Catarina e a possibilidade de construí-lo no distrito industrial do Açu, onde poderia construir as plataformas e os navios para a prospecção do petróleo descoberto na área que adquiriu em licitação da ANP pode ser um indicativo de que o empresário estaria migrando seus negócios do ramo de mineração para o de petróleo.

Bom lembrar que, desde que a EBX começou o projeto do mineroduto e da unidade de beneficiamento para exportação de minério que depois se transformou no projeto do Complexo Logístico-Industrial do Açu, a holding do grupo a EBX vendeu, inicialmente uma parte das ações para a Anglo American, e depois outros 21,52% para a chinesa Wuhan Iron & Stell (Wisco) para que com este insumo ela monte sua siderúrgica no Açu. O mineroduto que liga a cidade de Conceição do Mato Dentro ao Açu já é de administração da Anglo American. Veja as participações societárias no gráfico ao lado.

PS1.: Sobre a negociação com a Anglo American e a suapeita da gigante inglesa de que haveira comprado gato por lebre leia aqui, uma matéria, que o blog republicou da edição do mês de abril revista Época Negócios, cujo título é: "Terreno minado".

PS2.:Já aqui você pode reler uma matéria da edição de setembro de 2009, da revista IstoÉ Dinheiro, sobre uma possível troca (que teria sido descartada), da MMX junto da LLX pela Vale. Enfim, acompanhemos os desdobramentos!