65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, agosto 21, 2010
Então tá...
Acredite quem quiser... o Conselho de autorregulamentação dos jornais proposta pela diretoria da ANJ (Associação Nacional de Jornais) que tem apoio dos principais grupos de mídia impressa do país, está propondo ter por base código de ética do Estatuto da ANJ e entre os compromissos das empresas jornalísticas estariam:
- a defesa da liberdade de expressão, dos direitos humanos, da democracia e da livre iniciativa, o sigilo das fontes de informação, a pluralidade de opinião e a correção de erros cometidos nas edições.
Pois bem, e eu que pensei que isto já estava em vigor e era um compromisso básico que independia de conselhos, códigos e o que o valha... Quem pode acreditar que agora é para valer? Por que só agora lembraram disto? Seria porque a credibilidade deles foi ao fundo do poço? Dê a sua opinião.
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2 comentários:
A meu ver, a principal razão para a "repetição do óbvio" está muito mais ligada à tentativa de verticalização das normas e um eventual "drible" na justiça.
Explica-se: com a globalização (irmanada à Internet), os furos de reportagem tornaram-se escassos e, consequentemente, o jornalismo tornou-se "igual" dentre as mídias, fazendo com que a principal diferença entre o jornal "A" e o "B" sejam suas linhas editoriais (aqui, em nossa região, mais notadas como defensoras deste ou daquele grupo político).
Ainda dentro deste item, é bom salientar que, com a internet, abriu-se uma enorme brecha de comunicação, potencializando os blogs e sites menores de notícias como o "ururau" e o "campos24horas", (para citar apenas os de nossa cidade), como jornais dos tempos modernos, sem que todos sejam jornalistas formados propriamente ditos, oriundos até da Lei recente que permitiu que todos exerceam a função jornalistica, sem necessidade de sua comprovação acadêmica.
Não que tais mídias sejam ruins ou sem credibilidade, mas a ausência de formação de alguns de seus interlocutores, podem acarretar numa eventual falta de credibilidade por não obedecerem a certas normas jornalísticas, como o questionamento de uma denuncia ao denunciado antes da publicação. Por aqui, vê-se muito a acusação antes da consulta e posterior correção ou eventual conflito.
Enfim, resume-se o contexto todo na ultima parte: "a correção de erros cometidos". Com o corre-corre e o desespero pela venda do raro "furo" de reportagem, cometem-se inúmeros erros e estes são remetidos a processos judicais que acarretam grandes perdas às mídias.
Parecem estar pedindo desculpas antes de errar e soa como arrumar um jeito de poder ridicularizar alguem em primeira página e "consertar o erro" com uma "errata" no rodapé da página 6.
Tem de um tudo neste ensejo. Mas é bom lembrar que não temos mais apenas UM único grupo de comunicação vigente. E todos querem gritar. É preciso mesmo exercer a regulamentação.
Para mim é por causa da onda do bem.
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