65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, setembro 06, 2010
Declaração de despesas de campanha
Pelas informações do Portal do TSE neste 6 de setembro. Os que desejarem fazer outras consultas é só clicar aqui.
Para deputado federal:
Garotinho - Receita de R$ 1,015 milhão. Sendo R$ 915 mil originários de outros candidatos ou comitês e R$ 100 mil de Fundo partidário. Despesas de R$ 879,1 mil, sendo R$ 453 mil de impressos e R$ 399 mil de placas e faixas.
Chico Dangelo - Receita de R$ 316 mil originário de fundo partidário e R$ 313 mil de despesas, sendo R$ 107 mil doações a outro candidatos, R$ 66 mil de placas e faixas, R$ 61 mil de reembolso e R$ 27,8 mil de pgto. de pessoal.
Sérgio Diniz declarou receita própria de R$ 42,5 mil com despesas de R$ 30,1 mil.
Arnaldo Vianna - Receita de R$ 14,7 mil, originário de doações de pessoa física. Como despesas R$ 11,2 mil de impressos e R$ 3,5 mil de impressos.
Paulo Feijó - Receita de R$ 14,3 mil; Despesas de R$ 43,4 mil;
Para Deputado Estadual:
Pudim - Receita de R$ 897,2 mil; Despesas de R$ 522,4 mil;
Roberto Henriques - Receita de R$ 88,5 mil; Despesas de R$ 76,5 mil;
Marcos Bacellar - Receita de R$ 67 mil; Despesas de R$ 124 mil;
Clarissa - Receita de R$ 20 mil; Despesas de R$ 15,6 mil
João Peixoto - Receita de R$ 16,3 mil; Despesas de R$ 17,6 mil;
Odete - Receita R$ 10,9 mil; Despesas de R$ 9,1 mil;
Wilson Cabral - Receita de R$ 10 mil; Despesas de R$ 4,4 mil.
Andral: Receita de R$ 4 mil e despesas de R$ 2,6 mil;
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12 comentários:
se preparem, vem mais por ai
LUIS NASSIF
Qual a bala de prata, a reportagem que será apresentada no Jornal Nacional na quinta-feira que antecederá as eleições, visando virar o jogo eleitoral, sem tempo para a verdade ser restabelecida e divulgada?
Ontem, no Sarau, conversei muito com um dos nossos convivas. Para decifrar o enigma, ele seguiu o seguinte roteiro:
1. Há tempos a velha mídia aboliu qualquer escrúpulo, qualquer limite. Então tem que ser o episódio mais ignóbil possível, aquele campeão, capaz de envergonhar a velha mídia por décadas mas fazê-la acreditar ser possível virar o jogo. Esse episódio terá que abordar fatos apenas tangenciados até agora, mas que tenham potencial de afetar a opinião pública.
2. Nas pesquisas qualitativas junto ao eleitor médio, tem sobressaído a questão da militância de Dilma Rousseff na guerrilha. Aliás, por coincidência, conversei com a Bibi que me disse, algo escandalizada, que coleguinhas tinham falado que Dilma era “bandida” e “assassina”. Aqui em BH, a Sofia, neta do meu primo Oscar, disse que em sua escola – em Curitiba – as coleguinhas repetem a mesma história.
As diversas pesquisas de Ibope e Datafolha devem ter chegado a essa conclusão, de que o grande tema de impacto poderá ser a militância de Dilma na guerrilha. A insistência da Folha com a ficha falsa de Dilma e, agora, com a ficha real, no Supremo Tribunal Militar, é demonstração clara desse seu objetivo. Assim como a insistência de Serra de atropelar qualquer lógica de marketing, para ficar martelando a suposta falta de limites da campanha de Dilma – em cima de um episódio que não convenceu sequer a Lúcia Hipólito.
Aliás, o ataque perpetrado por Serra contra Lúcia – através do seu blogueiro – é demonstração cabal da importância que ele está dando à versão da falta de limites, mesmo em cima de um episódio que qualquer avaliação comezinha indicaria como esgotado.
A quebra de sigilo é apenas uma peça do jogo, preparando a jogada final.
A partir daí, meu interlocutor passou a imaginar como seria montada a cena.
Provavelmente alguém seria apresentado como ex-companheiro de guerrilha, arrependido, que, em pleno Jornal Nacional, diria que Dilma participou da morte de fulano ou beltrano. Choraria na frente da câmera, como o José Serra chora. Aí a reportagem mostraria fotos da suposta vítima, entrevistaria seus pais e se criaria o impacto.
No dia seguinte, sem horário gratuito não haveria maneiras de explicar a armação em meios de comunicação de massa.
Será um desafio do jornalismo brasileiro saber quem serão os colunistas que endossarão essa ignomínia – se realmente vier a ocorrer -, quem serão aqueles que colocarão seu nome e reputação a serviço esse lixo.
Essa loucura – que, tenho certeza, ocorrerá – será a pá de cal nesse tipo de militância de Serra e de falta de limites da mídia. Marcará a ferro e fogo todos os personagens que se envolverem nessa história. Incendiará a blogosfera. Todos os jornalistas que participarem desse jogo serão estigmatizados para sempre.
Todas essas possibilidades são meras hipóteses que parte do pressuposto da falta de limites total da velha mídia.
Mas a hipótese fecha plenamente.
Carlos Manhães.
No fim de julho, quando as pesquisas (menos as do DataFolha) mostraram que Dilma já ultrapassara Serra, escrevi aqui sobre o erro de se cantar vitória antes da hora, e falei sobre o papel da mídia:
“na reta final, se a Globo sentir que há espaço para empurrar Serra ao segundo turno, não tenham dúvidas: vai repetir 2006! O método Ratzinger vai se revelar de novo implacável. Por isso, os lulistas devem evitar o erro de menosprezar adversários que lutam pela sobrevivência – política, ou econômica – e que vão usar todas as armas numa guerra suja. Essa não será uma eleição para quem tem estômago frágil.”
Voltando ao início de setembro, e ao escândalo da Receita, é possível afirmar que a mídia impressa avança com toda a força contra Dilma. A TV Globo ainda está cautelosa. A direção da empresa deve estar avaliando as pesquisas que, até agora, indicam: o escândalo não teve impacto nenhum.
Mas, desconfiado que sou, volto a lançar o alerta: em 2006, bastaram duas semanas de bombardeio para levar a eleição ao segundo turno. Ainda não está encerrado o jogo. É preciso esperar mais um pouco.
Além do mais, nos bastidores do jornalismo circulam boatos de que Serra tem mais uma bala na agulha: depoimentos que poderiam lançar dúvidas sobre a atuação de Dilma na época em que ela combatia a ditadura no Brasil. Isso explicaria a folha falsa em primeira página, e o bombardeio de e-mails sobre o tema (a que todos internautas estamos sujeitos nos últimos meses).
Serra pode usar isso também na reta final? A rigor, pode. Podemos esperar qualquer coisa nas próximas semanas. Sobre isso, há um texto muito interessante no Blog do Nassif
A pergunta é: a mídia anti-Lula vai embarcar nessa também? Depende… Se o candidato seguir patinando, com menos da metade dos votos de Lula, a última bala de Serra (ainda a ser lançada) deve ecoar apenas nos parceiros tucanos de sempre (“Folha”, Estadão”, “Veja” e “O Globo”). A TV Globo deve ser mais cautelosa. Seria pouco inteligente colocar o pescoço a prêmio numa guerra perdida. Mas se Serra tiver algum chance, ai vocês verão Ratzinger em ação.
Toda a força de Serra,agora, é para se mostrar competitivo. Precisa convencer os aliados midiáticos (a Globo, principalmente) de que valerá a pena caminhar com ele.
Terá sucesso? Acredito que não. Mas é só um palpite.
Tenho certeza de uma outra coisa: teremos mais baixaria até o dia 3 de outubro.
Alguns leitores me perguntam sobre novidades do caso “Dossiê veio de Minas”. Reafirmo que os indícios são de que a operação toda foi feita a partir das Alterosas. Mas mantenho a prerrogativa de não brigar com os fatos. E eles indicam (falo da história de que o contador Atella seria filiado ao PT) que não se pode descartar que os emissários de Minas tenham usado gente ligada ao submundo petista na tal operação.
De toda forma, não há sentido em falar que a “máquina” do governo federal foi usada no episódio. Para tanto, seria necessário acionar um contador fajuto? Bastava quebrar o sigilo com super-senhas em Brasília. Pra que deixar todo esse rastro?
Acho precipitado, também, descartar outra hipóteses: a de que, sabendo da investigação contra Serra (essa, de fato existiu, e foi encomendada por rivais tucanos), setores da inteligência do PSDB tenham plantado provas que levem ao PT.
Todas essas hipóteses devem ser levadas em consideração. A bem da verdade factual, que ainda não está completamente decifrada.
Aliás, sobre isso escrevi também há poucos dias: “O vazamento de dados sigilosos precisa mesmo ser investigado, é fato grave, mostra a fragilidade do sistema da Receita. Negar esse dado da realidade, em nome da defesa da candidatura de Dilma, é negar-se a ver a realidade (…) Se houver gente do partido de Dilma envolvida, deve haver punição a quem praticou a ilegalidade – como a qualquer outro cidadão. É óbvio. Mas isso tudo não faz sentido: que vantagem teria Dilma em quebrar sigilo numa eleição praticamente ganha?”
Carlos Manhães.
No fim de julho, quando as pesquisas (menos as do DataFolha) mostraram que Dilma já ultrapassara Serra, escrevi aqui sobre o erro de se cantar vitória antes da hora, e falei sobre o papel da mídia:
“na reta final, se a Globo sentir que há espaço para empurrar Serra ao segundo turno, não tenham dúvidas: vai repetir 2006! O método Ratzinger vai se revelar de novo implacável. Por isso, os lulistas devem evitar o erro de menosprezar adversários que lutam pela sobrevivência – política, ou econômica – e que vão usar todas as armas numa guerra suja. Essa não será uma eleição para quem tem estômago frágil.”
Voltando ao início de setembro, e ao escândalo da Receita, é possível afirmar que a mídia impressa avança com toda a força contra Dilma. A TV Globo ainda está cautelosa. A direção da empresa deve estar avaliando as pesquisas que, até agora, indicam: o escândalo não teve impacto nenhum.
Mas, desconfiado que sou, volto a lançar o alerta: em 2006, bastaram duas semanas de bombardeio para levar a eleição ao segundo turno. Ainda não está encerrado o jogo. É preciso esperar mais um pouco.
Além do mais, nos bastidores do jornalismo circulam boatos de que Serra tem mais uma bala na agulha: depoimentos que poderiam lançar dúvidas sobre a atuação de Dilma na época em que ela combatia a ditadura no Brasil. Isso explicaria a folha falsa em primeira página, e o bombardeio de e-mails sobre o tema (a que todos internautas estamos sujeitos nos últimos meses).
Serra pode usar isso também na reta final? A rigor, pode. Podemos esperar qualquer coisa nas próximas semanas. Sobre isso, há um texto muito interessante no Blog do Nassif
A pergunta é: a mídia anti-Lula vai embarcar nessa também? Depende… Se o candidato seguir patinando, com menos da metade dos votos de Lula, a última bala de Serra (ainda a ser lançada) deve ecoar apenas nos parceiros tucanos de sempre (“Folha”, Estadão”, “Veja” e “O Globo”). A TV Globo deve ser mais cautelosa. Seria pouco inteligente colocar o pescoço a prêmio numa guerra perdida. Mas se Serra tiver algum chance, ai vocês verão Ratzinger em ação.
Toda a força de Serra,agora, é para se mostrar competitivo. Precisa convencer os aliados midiáticos (a Globo, principalmente) de que valerá a pena caminhar com ele.
Terá sucesso? Acredito que não. Mas é só um palpite.
Tenho certeza de uma outra coisa: teremos mais baixaria até o dia 3 de outubro.
Alguns leitores me perguntam sobre novidades do caso “Dossiê veio de Minas”. Reafirmo que os indícios são de que a operação toda foi feita a partir das Alterosas. Mas mantenho a prerrogativa de não brigar com os fatos. E eles indicam (falo da história de que o contador Atella seria filiado ao PT) que não se pode descartar que os emissários de Minas tenham usado gente ligada ao submundo petista na tal operação.
De toda forma, não há sentido em falar que a “máquina” do governo federal foi usada no episódio. Para tanto, seria necessário acionar um contador fajuto? Bastava quebrar o sigilo com super-senhas em Brasília. Pra que deixar todo esse rastro?
Acho precipitado, também, descartar outra hipóteses: a de que, sabendo da investigação contra Serra (essa, de fato existiu, e foi encomendada por rivais tucanos), setores da inteligência do PSDB tenham plantado provas que levem ao PT.
Todas essas hipóteses devem ser levadas em consideração. A bem da verdade factual, que ainda não está completamente decifrada.
Aliás, sobre isso escrevi também há poucos dias: “O vazamento de dados sigilosos precisa mesmo ser investigado, é fato grave, mostra a fragilidade do sistema da Receita. Negar esse dado da realidade, em nome da defesa da candidatura de Dilma, é negar-se a ver a realidade (…) Se houver gente do partido de Dilma envolvida, deve haver punição a quem praticou a ilegalidade – como a qualquer outro cidadão. É óbvio. Mas isso tudo não faz sentido: que vantagem teria Dilma em quebrar sigilo numa eleição praticamente ganha?”
Curiosidades: Andando pela cidade, pode-se constatar, que, algumas campanhas, parecem não compatíveis com os gastos declarados até agora...O que será? Onde está lançado o gasto com pessoal que segura placas pelo Municipio? E os encargos sociais decorrentes dos mesmos? Vamos clarear o assunto? Mudou a legislação sobre a matéria?
Gostaria de saber o do Henrique Santana.
Caro Roberto:
Seguindo a linha de informação isenta que pauta seu blog, seria interessante que vc também publicasse a declaração de despesas dos candidatos à presidência.
Como acredito que por esquecimento vc não publicou, aí vai uma ajudinha:
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, arrecadou, até o momento, R$ 39,6 milhões, mais do que a arrecadação somada de todos os demais concorrentes ao Palácio do Planalto. Seu principal adversário, o tucano José Serra, conseguiu até o momento R$ 26 milhões. Marina Silva (PV), terceira colocada das pesquisas, arrecadou R$ 12 milhões. Os outros seis candidatos juntos arrecadaram apenas R$ 94 mil. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na prestação de contas parcial feita até o dia 3 de setembro.
De acordo com o TSE, Dilma foi também a candidata que mais gastou. Foram R$ 39 milhões, valor superior ao de todos os concorrentes juntos. Serra teve uma despesa de R$ 25,2 milhões, e Marina, de R$ 11,8 milhões. Os nanicos gastaram R$ 89 mil. Destaca-se ainda nesse grupo o candidato do PSTU, Zé Maria, que teve uma despesa de R$ 23.388,43, quase três vezes o que conseguiu arrecadar: R$ 8.064,98.
Um abraço deste leitor.
engano seu....
já mudaram muitos votos que eram pró dilma.
....plantar provas dentro do PT ????????? ....sem sentido !!!
na verdade, existem vários PT's dentro do PT. Existem os corruptos, os safados, alguns honestos, outros nem tanto. veja o próprio PT de Campos. Todos querem estar no banquete onde será distribuído "brindes e lembrancinhas".
Tenha em mente que os "santinhos não se encontram mais nesta Terra".
quanto as despesas declaradas, apenas uns dois ou três falam a verdade. O resto são "mágicos".
Caro Kezen,
Não divulguei esta informação porque ela já está disponível na maioria dos sites de notícias, enquanto as informações dos candidatos com base na região são desconhecidos.
Interessante observar que a receita da campnha de Dilma é proporcional a intenção de votos que hoje ela dispõe, equivalente, à soma dos demais candidatos.
Abs.
Caro Kezen,
Não divulguei esta informação porque ela já está disponível na maioria dos sites de notícias, enquanto as informações dos candidatos com base na região são desconhecidos.
Interessante observar que a receita da campnha de Dilma é proporcional a intenção de votos que hoje ela dispõe, equivalente, à soma dos demais candidatos.
Abs.
A bala de prata do Serra é uma investigação que comprova a verdadeira estória da perda do dedinho mindinho do Lula. Coisa de aloprado mesmo!!!
Só com mujita cachaça, mesmo!!!
Muito bem, Roberto:
O cinismo da sua resposta escancara a máscara manipuladora do seu discurso político e a precariedade do seu cabedal intelectual.
Tenha um bom feriado,
Claudio.
Caro Cláudio,
O seu julgamento é coerente com sua posição política e àqueles que julgam ter cabedal intelectual superior tal como o sua opção.
Isto explica a ojeriza aos resultados do governo do torneiro em termos de inclusão social, quando comparado à FHC.
Leia o artigo do Daniel Aarão postado abaixo e compreenda um pouco mais o quadro que defendemos, em meio aos equívocos que precisam ser corrigidos na política e no governo.
Náo há máscara porque o blogueiro não tem o que esconder, nem mesmo suas deficiências, escancaradas, em mais de 10 mil postagens ao longo de seis anos. Porém, há coragem e disposição de enfrentar o debate nas arenas em que se tornarem necessárias.
Bom feriado a você também.
Abs.
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