sexta-feira, outubro 01, 2010

Breve análise do debate

Pouco diferente dos anteriores. A estrutura diferente, mas ainda muito formal tornou o debate repetitivo em relação aos anteriores. Dilma tal qual nos anteriores evitou confrontos maiores expôs sua proposta de continuidade e até foi favorecida por um enfrentamento entre Serra e Marina. Foi "magnânima" em algumas passagens. Serra repetiu o que já fez nos outros debates de que está tudo ruim e que só ele pode melhorar, apesar de Plínio e Marina terem dito que o quê o tucano fez em São Paulo é insuficiente para este discurso. Marina um pouco mais solta do que nos debates anteriores, ficou ainda muito presa ao discurso ambientalista e, a meu juízo, em algumas passagens, acabou passando um certo ar de superioridade, em relação aos demais candidatos. Plínio, muito engraçado nos primeiros debates, agora com a repetição da estratégia acaba prejudicado, pelo pouco caso que o ar despreocupado passa, apesar da seriedade do que fala. Enfim, o debate deve ter solidificado a posição de quem já tinha escolhido seu candidato sem mudança, e talvez, nem mesmo ajudando, a quem ainda não havia se definido, a escolher sua opção. Enfim, o que vai ajudar nesta definição, como sempre acontece (segundo os marqueteiros), será a conversa nesta sexta no trabalho e no sábado no ambiente da família e entre os amigos mais chegados.

8 comentários:

Anônimo disse...

oda disputa eleitoral é uma luta entre propostas de desenvolvimento e formas de governar diferentes, opondo distintos setores da sociedade. Uns, como a direita tucana e seus aliados, governam para o capital especulativo, privatista e improdutivo, aliado ao imperialismo. Contra eles está a ampla coligação das forças democráticas, progressistas e patrióticas que, com Dilma Rousseff, vai continuar governando para avançar as mudanças, consolidar a soberania nacional, acelerar o desenvolvimento, valorizar o trabalho e distribuir renda.

São propostas antagônicas e a luta entre elas é intensa. Na reta de chegada da eleição presidencial, o confronto vai se acentuar, com a direita tentando levar a eleição para o segundo turno para tornar sua derrota menos humilhante e avassaladora.

Contra ela, o campo reunido em torno de Dilma Rousseff precisa derrotar a direita logo de cara, no dia 3 de outubro, para chegar à Presidência ainda mais fortalecido pela aprovação popular manifestada nas urnas.

Anônimo disse...

A campanha vai chegando ao fim e, salvo qualquer terremoto-midiático-partidário, Dilma tem favoritismo para vencer as eleições no primeiro turno, segundo todas as recentes pesquisas (exceto o Datafolha, claro).
O que se viu até este momento foi uma partidarização crescente e escandalosa dos grandes grupos de imprensa em favor de uma candidatura, Serra.
O que acabou provocando um fenômeno na comunicação social: a explosão de acessos aos blogs independentes, fortaleceu a blogosfera como opção viável para levantar o contraditório e analisar questões que a mídia tradicional e conservadora não se ocupa ou se desinteressa, por oportunidade política ou por posições historicamente contrárias.
No final das contas toda essa partidarização xiita praticada pela grande imprensa conservadora ajudou a erigir uma nova forma de buscar informação pelas pessoas, ajudou a construir uma nova maneira de discutir as questões nacionais e regionais, possibilitou a distinção de lados e práticas no processo de informar a sociedade ou desinformá-la, enfim, de todo mal que provocou até esse instante e ainda poderá provocar até domingo, a maior benesse foi trazer para o centro o novo protagonismo da blogosfera, livre, independente e progressista.

Anônimo disse...

s eleições cobertas parcialmente e sem profundidade pelos tradicionais veículos de comunicação, deslocou parte da audiência para a internet, migrada por pessoas que cansaram do velho modelo de informação vinculada tão somente ao cabresto eleitoral que interessa aos barões da mídia brasileiros.
Até domingo muitas coisas ainda poderão acontecer, muitas jogadas políticas serão executadas, assim como muitas movimentações contrárias acontecerão por parte de quem pretende enfrentar a desinformação sistemática e analisar fatos, trazendo a tona informações marginalizadas pelo noticiário da imprensa.

Anônimo disse...

Vale a pena a leitura, concordando ou não.
Da Folha de São paulo:
FERNANDO DE BARROS E SILVA

Zé Mané & Beto Richa
SÃO PAULO - O fotógrafo Moacyr Lopes Junior e a repórter Catia Seabra fizeram aquilo de que o presidente Lula não gosta: bom jornalismo. Flagraram o momento em que José Serra pediu a ligação e falou ao celular com Gilmar Mendes, no início da tarde de anteontem.
Poucas horas depois, o ex-presidente do Supremo faria um exótico pedido de vista, interrompendo o julgamento do recurso do PT contra a exigência de apresentação de dois documentos para votar. O placar já era então de 7 a 0 pela desnecessidade da dupla documentação.
Retomado ontem o julgamento, a exigência caiu por 8 votos a 2, mas Mendes, mesmo derrotado, aproveitou a sessão para marcar posição e mandar seus recados.
Sintomático, no entanto, foi seu comentário na véspera, antes de saber que o telefonema de Serra viria a público: "Daqui a pouco, apenas um desenho a lápis será necessário para provar que o Zé Mané é o Zé Mané". O caso está resolvido, mas será preciso muito mais do que uma nova frase de efeito para desfazer a evidência de que um outro Zé, que nada tem de Mané, buscava no ministro, a quem chamou de "meu presidente", um aliado para reverter a tendência do julgamento.
Do episódio, fica reforçada a sensação de que os tucanos contavam com esse excesso legal para afastar uma parte dos mais pobres e menos instruídos das urnas.
E, por falar em Mané, o candidato tucano ao governo do Paraná, Beto Richa, vem contando com a mão da Justiça do Estado para barrar a divulgação de pesquisas eleitorais, entre elas duas feitas pelo Datafolha. O nome disso é censura.
Não se sabe se Richa será eleito. Mas, no decorrer da campanha, ele chegou a ser saudado como uma liderança emergente no país. De que tipo de líder estamos falando?
Com sua atitude obscurantista, o filho de José Richa está se revelando um político de província, uma figura tacanha e de pendores autoritários. Se o futuro do PSDB for esse, coitado do PSDB.

Anônimo disse...

O debate serviu para confirmar o meu voto em Marina 43.

Anônimo disse...

O debate da Globo foi afinal "muito barulho por nada".

Em se tratando de mudança de intenções de voto, creio ter ficado tudo como era antes, ou seja, Dilma vence no 1º turno.

O mais interessante foi saber pelo Twitter do Noblat que as palmas puxadas para Marina tinham origem no "poleiro" dos tucanos.

A que está se prestando a ex-companheira...

Isso é que é jogar uma história de lutas ao lado de Chico Mendes na lata de lixo...

Será que já adicionou o Gilmar Dantas no Orkut também???

Anônimo disse...

O Serra continuou afirmando que foi ele que criou o mundo e por isso tem o direito de dominá-lo.
A Marina justificou a alcunha de Bláblárina que o PHA colocou nela, é mais vazia que balão de festa.
O Plinio é o “Pôrra-louca”, triste fim para alguém que já teve uma grande importância no cenário político brasileiro, deixou claro que só quer ajudar os seus três amigos a se reelegerem.
A Dilma deu pro gasto, é muito melhor quando ataca, mas corretamente assumiu uma postura mais de defesa já que era ela contra os outros três, mas mesmo assim foi a que falou com mais propriedade sobre projetos, expos mais claramente as ideias, todas confirmadas por números e cifras.
Acho que o formato dos “debates” criado para evitar confrontos não favorece em nada o verdadeiro Debate que os eleitores merecem.

Anônimo disse...

Acho que foi o debate que Dilma se saiu melhor!
Serra agonizou!
Plínio se perdeu!
E Marina parecia uma professora rabugenta!