sábado, outubro 30, 2010

Do Clayton

Do jornal O Povo do Ceará e do A Charge On Line:

5 comentários:

Anônimo disse...

Essa virada não Trapaça e jogo sujo na carreata de Serra


José Serra fez carreata em São Bernardo do Campo hoje, cidade onde mora o presidente Lula, e Suzano. Suspeitaram que seria uma última tentativa de arrumar confusão, para tumultuar o quadro eleitoral.

O povo, esperto, não quis saber de provocação. E tudo correu tranquilo.

Eleitores de Dilma Rousseff (PT) se manifestaram junto às pessoas que seguravam bandeiras do tucano pelas calçadas, mas que não são necessariamente serristas. Um lojista, da porta de seu estabelecimento, gritou: “Só daqui a quatro anos. Desta vez não vão ganhar, não”. Uma outra eleitora, entre confusa e exaltada bradou: “é Dilma 45″, confundindo os números dos candidatos.

Mas a baixaria e o jogo sujo se fez presente, como sempre tem ocorrido no rastro por onde passa José Serra.

Alguns carros cometiam estelionato eleitoral e exibiam adesivos do presidente Lula associado ao número 45 (o nº do tucano).
No fim da carreata, um militante tucano pegou o microfone do carro de som e, imitando de maneira grosseira o presidente Lula, pediu votos para Serra. (Com informações do Terra e da Folha tucana)
vai chegar nunca!


Ele não tem limites pra baixarias!

Dilma13!

Anônimo disse...

por Cynthia Semíramis, em seu blog

Já era de conhecimento público o machismo de José Serra. Em 2009, FHC descreveu Serra para a revista Piauí:

“Antes de decidir, ele ouve bastante gente, mas leva mais a sério as mulheres. Como o Serra é muito competitivo, qualquer conversa dele com um homem tende a se tornar um embate. E com as mulheres ele acha que não tem competição”.

Essa visão de superioridade masculina sobre as mulheres marca os comentários de José Serra. Ele reproduz o cânone machista que inferioriza a mulher, retira dela a autonomia e a transforma em objeto de seus interesses políticos.

José Serra flerta com jornalista quando está sendo entrevistado. E mesmo se dizendo cristão devoto, afirma que na política pode-se ter amantes, desde que seja de forma discreta.

Ele não tem pudor em usar e descartar mulheres na campanha, mesmo que sejam parentes. Colocou a esposa para atacar Dilma falando de aborto. Confrontado sobre esses ataques durante debate televisivo, optou por se calar ao invés de explicar a situação ou defender o posicionamento da esposa. Quando veio a público que Monica e José Serra haviam feito um aborto, Monica foi afastada da campanha.

Ele também usou a filha Veronica: trouxe a público a quebra de sigilo fiscal de Veronica, ocorrida em 2009, acusando o PT de ser o responsável pela quebra de sigilo. No entanto, a quebra de sigilo resultou de disputa entre tucanos mineiros e paulistas. Assim que começaram a divulgar a responsabilidade dos tucanos, e irregularidades sobre Veronica a respeito de quebra de sigilo de brasileiros se tornaram matéria de capa na Carta Capital, Veronica foi convenientemente tirada de foco.

A última pérola machista aconteceu ontem. Em Uberlândia, José Serra afirmou:

“Se você é uma menina bonita, tem que conseguir 15 votos. Pegue a lista de pretendentes e mande um e-mail. Fale que quem votar em mim tem mais chance com você”.

Com isso, ele está sugerindo que função de mulher ser cabo eleitoral, manipulando “pretendentes” (vocabulário do século XIX!), trocando atenção masculina por votos. Em resumo: agir como prostituta, não para obter dinheiro e se sustentar, mas para obter votos para ele. No Twitter, Serra foi duramente criticado e recebeu a hashtag SerraCafetao, que está tendo grande repercussão.

Atenção para o “menina bonita“, que descarta, de uma vez só, as mulheres adultas e as mulheres feias (quem define “feiúra”, se beleza não é um padrão universal?) José Serra está reforçando a misoginia e deixando evidente o contexto machista de toda a campanha eleitoral tucana: papel de mulher é ser bonita, obediente e disposta a favores sexuais em nome de um candidato.

Anônimo disse...

por Cynthia Semíramis, em seu blog

Já era de conhecimento público o machismo de José Serra. Em 2009, FHC descreveu Serra para a revista Piauí:

“Antes de decidir, ele ouve bastante gente, mas leva mais a sério as mulheres. Como o Serra é muito competitivo, qualquer conversa dele com um homem tende a se tornar um embate. E com as mulheres ele acha que não tem competição”.

Essa visão de superioridade masculina sobre as mulheres marca os comentários de José Serra. Ele reproduz o cânone machista que inferioriza a mulher, retira dela a autonomia e a transforma em objeto de seus interesses políticos.

José Serra flerta com jornalista quando está sendo entrevistado. E mesmo se dizendo cristão devoto, afirma que na política pode-se ter amantes, desde que seja de forma discreta.

Ele não tem pudor em usar e descartar mulheres na campanha, mesmo que sejam parentes. Colocou a esposa para atacar Dilma falando de aborto. Confrontado sobre esses ataques durante debate televisivo, optou por se calar ao invés de explicar a situação ou defender o posicionamento da esposa. Quando veio a público que Monica e José Serra haviam feito um aborto, Monica foi afastada da campanha.

Ele também usou a filha Veronica: trouxe a público a quebra de sigilo fiscal de Veronica, ocorrida em 2009, acusando o PT de ser o responsável pela quebra de sigilo. No entanto, a quebra de sigilo resultou de disputa entre tucanos mineiros e paulistas. Assim que começaram a divulgar a responsabilidade dos tucanos, e irregularidades sobre Veronica a respeito de quebra de sigilo de brasileiros se tornaram matéria de capa na Carta Capital, Veronica foi convenientemente tirada de foco.

Anônimo disse...

A última pérola machista aconteceu ontem. Em Uberlândia, José Serra afirmou:

“Se você é uma menina bonita, tem que conseguir 15 votos. Pegue a lista de pretendentes e mande um e-mail. Fale que quem votar em mim tem mais chance com você”.

Com isso, ele está sugerindo que função de mulher ser cabo eleitoral, manipulando “pretendentes” (vocabulário do século XIX!), trocando atenção masculina por votos. Em resumo: agir como prostituta, não para obter dinheiro e se sustentar, mas para obter votos para ele. No Twitter, Serra foi duramente criticado e recebeu a hashtag SerraCafetao, que está tendo grande repercussão.

Atenção para o “menina bonita“, que descarta, de uma vez só, as mulheres adultas e as mulheres feias (quem define “feiúra”, se beleza não é um padrão universal?) José Serra está reforçando a misoginia e deixando evidente o contexto machista de toda a campanha eleitoral tucana: papel de mulher é ser bonita, obediente e disposta a favores sexuais em nome de um candidato.

Outros episódios serristas podem ser elencados, como a constante tentativa de desqualificar em termos machistas a candidata Dilma Rousseff.

Fica claro que, para José Serra, lugar de mulher é sob as ordens dele. Ele até ouve os conselhos (será que ouve críticas também?) das mulheres, e depois as deixa em segundo plano, retirando-as do limbo somente quando necessário para atingir fins políticos. Se não os atinge, elas são descartadas e ignoradas.

Fato: José Serra é machista. Ao expor seu machismo continuamente, acaba por perder o respeito das mulheres que têm autonomia, que não querem ser manipuladas, que se recusam a agir como prostitutas eleitorais.

NÓS MULHERES TEMOS OBRIGAÇÃO DE VOTAR EM dILMA

Anônimo disse...

Por que não podemos governar um país?

Minha geração levou duas décadas para poder votar para presidente da República. Vivenciamos o obscurantismo da negação da nossa cidadania por 21 anos. Esta reles escriba faria 29 anos quando votou para governador pela primeira vez, em 1982. Fomos para as ruas na campanha das diretas, muitas de nós empurrando carrinhos de bebê ou com filhos no colo e/ou pelas mãos. Só conquistamos o direito de escolha cinco anos depois, em 1989.

A nova geração de mulheres brasileiras vive outro tempo, outra realidade. Quem tem hoje 17 anos, como minha caçula, pôde dar seu primeiro voto para uma mulher, no primeiro turno destas eleições. Melhor, pôde optar entre duas mulheres. Não duas mulheres quaisquer, porque mulheres existem de diferentes matizes. Mas duas mulheres forjadas na luta, na defesa dos direitos democráticos e da cidadania plena. Uma delas se tornou a mulher mais votada de todos os tempos no Brasil, quiçá do Planeta – por livre expressão da vontade popular.

Estamos a dois passos de decidir os destinos da Nação, numa segunda oportunidade de escolha. Um gesto, aparentemente, simples, mas de profundo impacto no futuro de várias gerações. Há dois projetos, bem distintos, em disputa. E ainda há muito o que fazer para o Brasil se tornar um país mais justo e igualitário, um país com oportunidades reais para todos seus filhos e filhas. Podemos avançar ou retroceder.

Nós decidimos.

Sobretudo, as mulheres decidem. Não fujamos de nossa responsabilidade. Antes, dela nos orgulhemos.

* Sulamita Esteliam é jornalista e escritora.