65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, outubro 14, 2010
Dois textos que merecem ser lidos na atual conjuntura
Sei que os textos não são curtos como prefere a maioria que circula rapidamente por este espaço, mas eles são densos e nem tão longos assim. Se não tiver tempo agora, deixe para mais adiante, ou imprima-os para ler devagar no ônibus.
O momento atual exige uma reflexão mais apurada do quadro e uma intervenção pró-ativa. É natural que a disputa aconteça, o que seria absurdo é não enxergar o quadro atual. O primeiro artigo é do jornalista Luiz Nassif e o segundo de outro jornalista, o Alberto Dines:
"A psicologia de massa do fascismo à brasileira"
Luis Nassif, qua, 13/10/2010 - 23:15
"Há tempos alerto para a campanha de ódio que o pacto mídia-FHC estava plantando no jogo político brasileiro.
O momento é dos mais delicados. O país passa por profundos processos de transformação, com a entrada de milhões de pessoas no mercado de consumo e político. Pela primeira vez na história, abre-se espaço para um mercado de consumo de massa capaz de lançar o país na primeira divisão da economia mundial
Esses movimentos foram essenciais na construção de outras nações, mas sempre vieram acompanhados de tensões, conflitos, entre os que emergem buscando espaço, e os já estabelecidos impondo resistências.
Em outros países, essas tensões descambaram para guerras, como a da Secessão norte-americana, ou para movimentos totalitários, como o fascismo nos anos 20 na Europa.
Nos últimos anos, parecia que Lula completaria a travessia para o novo modelo reduzindo substancialmente os atritos. O reconhecimento do exterior ajudou a aplainar o pesado preconceito da classe média acuada. A estratégia política de juntar todas as peças – de multinacionais a pequenas empresas, do agronegócio à agricultura familiar, do mercado aos movimentos sociais – permitiu uma síntese admirável do novo país. O terrorismo midiático, levantando fantasmas com o MST, Bolívia, Venezuela, Cuba e outras bobagens, não passava de jogo de cena, no qual nem a própria mídia acreditava.
À falta de um projeto de país, esgotado o modelo no qual se escudou, FHC – seguido por seu discípulo José Serra – passou a apostar tudo na radicalização. Ajudou a referendar a idéia da república sindicalista, a espalhar rumores sobre tendências totalitárias de Lula, mesmo sabendo que tais temores eram infundados.
Em ambientes mais sérios do que nas entrevistas políticas aos jornais, o sociólogo FHC não endossava as afirmações irresponsáveis do político FHC.
Mas as sementes do ódio frutificaram. E agora explodem em sua plenitude, misturando a exploração dos preconceitos da classe média com o da religiosidade das classes mais simples de um candidato que, por muitos anos, parecia ser a encarnação do Brasil moderno e hoje representa o oportunismo mais deslavado da moderna história política brasileira.
O fascismo à brasileira
Se alguém pretende desenvolver alguma tese nova sobre a psicologia de massa do fascismo, no Brasil, aproveite. Nessas eleições, o clima que envolve algumas camadas da sociedade é o laboratório mais completo – e com acompanhamento online - de como é possível inculcar ódio, superstição e intolerância em classes sociais das mais variadas no Brasil urbano – supostamente o lado moderno da sociedade.
Dia desses, um pai relatou um caso de bullying com a filha, quando se declarou a favor de Dilma.
Em São Paulo esse clima está generalizado. Nos contatos com familiares, nesses feriados, recebi relatos de um sentimento difuso de ódio no ar como há muito tempo não se via, provavelmente nem na campanha do impeachment de Collor, talvez apenas em 1964, período em que amigos dedavam amigos e os piores sentimentos vinham à tona, da pequena cidade do interior à grande metrópole.
Agora, esse ódio não está poupando nenhum setor. É figadal, ostensivo, irracional, não se curvando a argumentos ou ponderações.
Minhas filhas menores freqüentam uma escola liberal, que estimula a tolerância em todos os níveis. Os relatos que me trazem é que qualquer opinião que não seja contra Dilma provoca o isolamento da colega. Outro pai de aluna do Vera Cruz me diz que as coleguinhas afirmam no recreio que Dilma é assassina.
Na empresa em que trabalha outra filha, toda a média gerência é furiosamente anti-Dilma. No primeiro turno, ela anunciou seu voto em Marina e foi cercada por colegas indignados. O mesmo ocorre no ambiente de trabalho de outra filha.
No domingo fui visitar uma tia na Vila Maria. O mesmo sentimento dos antidilmistas, virulento, agressivo, intimidador. Um amigo banqueiro ficou surpreso ao entrar no seu banco, na segunda, é captar as reações dos funcionários ao debate da Band.
A construção do ódio
Na base do ódio um trabalho da mídia de massa de martelar diariamente a história das duas caras, a guerrilha, o terrorismo, a ameaça de que sem Lula ela entregaria o país ao demonizado José Dirceu. Depois, o episódio da Erenice abrindo as comportas do que foi plantado.
Os desdobramentos são imprevisíveis e transcendem o processo eleitoral. A irresponsabilidade da mídia de massa e de um candidato de uma ambição sem limites conseguiu introjetar na sociedade brasileira uma intolerância que, em outros tempos, se resolvia com golpes de Estado. Agora, não, mas será um veneno violento que afetará o jogo político posterior, seja quem for o vencedor.
Que país sairá dessas eleições?, até desanima imaginar.
Mas demonstra cabalmente as dificuldades embutidas em qualquer espasmo de modernização brasileira, explica as raízes do subdesenvolvimento, a resistência história a qualquer processo de modernização. Não é a herança portuguesa. É a escassez de homens públicos de fôlego com responsabilidade institucional sobre o país. É a comprovação de porque o país sempre ficou para trás, abortou seus melhores momentos de modernização, apequenou-se nos momentos cruciais, cedendo a um vale-tudo sem projeto, uma guerra sem honra.
Seria interessante que o maior especialista da era da Internet, o espanhol Manuel Castells, em uma próxima vinda ao Brasil, convidado por seu amigo Fernando Henrique Cardoso, possa escapar da programação do Instituto FHC para entender um pouco melhor a irresponsabilidade, o egocentrismo absurdo que levou um ex-presidente a abrir mão da biografia por um último espasmo de poder. Sem se importar com o preço que o país poderia pagar."
"O debate fora de lugar"
"Alberto Dines, do site Observatório de Imprensa"
"Atenção aborteiros, abortistas, antiabortistas, dilmistas e serristas: retirem o assunto dos palanques. Vocês estão brincando com fogo – literalmente.
Os editais dos Autos da Fé já estão afixados nos templos e nas quermesses, as fogueiras estão preparadas. Guerras santas começam por ninharias (a questão do aborto jamais foi premente) e acabam em banhos de sangue.
Este debate ensandecido e despropositado sobre a descriminalização da interrupção da gravidez está empurrando o país para um modelo de república clerocrata, antirrepublicana, semidemocrática.
E a mídia tem grande responsabilidade neste arranca-rabo infantilóide. Nossa imprensa é, por tradição, sacristã: os grandes jornais sempre correram atrás das batinas e disputaram arcebispos e cardeais para lustrar suas páginas. Jamais chamaram um pastor luterano ou um intelectual agnóstico.
Quando se tratou de lembrar os 200 anos de fundação da imprensa brasileira, a presença de Hipólito da Costa como patrono do jornalismo foi determinante para que as comemorações fossem suspensas: além de maçom, denunciou ao mundo as barbaridades da Inquisição portuguesa.
Quando em 2008 o presidente Lula foi ao Vaticano acompanhado por seus entes queridos para assinar uma Concordata com o papa Bento 16, a grande imprensa – toda ela, sem exceção – manteve o assunto sob rigoroso sigilo, na clandestinidade. A pedido do governo. Uma imprensa altiva, libertária, não se importou em autocensurar-se ostensivamente [ver emissões abaixo]. Em nome da fé, vale tudo.
Começava naquele exato momento o ensaio geral para a atual caça às bruxas que fatalmente nos conduzirá ao total desrespeito e esquecimento pelos direitos humanos.
Convém lembrar que o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, apresentado pelo governo com toda a pompa e circunstância no final de 2009, foi abortado – a palavra é esta, não existe outra – para acalmar as lideranças católicas e evangélicas (ineditamente irmanadas) que orquestravam a oposição ruralista e da mídia.
Os chefes militares adoraram, lavaram as mãos. Os civis também sabem fazer suas guerrinhas sujas.
A igreja católica rasgou naquele momento uma corajosa história escrita ao longo de três décadas contra a tortura e o desaparecimento dos presos políticos, só para evitar que a nação brasileira começasse a encarar a possibilidade de debater a questão dos símbolos religiosos em prédios públicos, do casamento gay e... do aborto.
O infalível retorno dos bumerangues traz de volta a questão do aborto – vociferada, enraivecida, envilecida, brutalmente simplificada.
E condenada a ser erradicada da nossa agenda política pela radicalização eleitoral que a mídia açula e assopra."
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11 comentários:
Peço que não censure.
"Segundo o Diário Oficial, como divulgado por Folha e O Globo, a empresa de Nassif foi contratada sem licitação pela estatal federal que controla a TV Brasil, por cerca de R$ 1,2 milhões de reais."
Falta de auto-crítica, obsessão por conspirações, e ataques pessoais constantes são rotina no dia-a-dia de Nassif.
O aborto é apenas um assunto mais gritante. Ninguém se arrisca a discutir esse assunto com um católico preparado. Os cristãos estão apelando pelo debate e não tentando prorrogar, assim como fazem os petistas.
Fracos! Falar de agnósticos e luteranos... Luteranos pensam a mesma coisa que católicos nesse assunto, e agnóstico não têm opinião formada e nunca terá por definição...
Escreva você o que pensa sobre o assunto Roberto. Ou não tem opinião ou argumentos?
fala séro que vc quer que a gente leia isso tudo... rs
O casal José e Mônica Serra está criando um ambiente medievo nas eleições brasileiras. Dona Mônica, revelando-se uma grande impostora, se apoderou do martelo de Deus, e agora acha-se no direito de regular a moral de nosso tempo. Só mostra um cinismo sem limites e um desespero abismal.
EU TENHO MEDO DO SERRA!!!
Em 31 de outubro, derrote a direita, derrote o velho obscurantismo de roupa nova (de grife), a mídia das oligarquias e a ameaça regressista no Brasil: vote 13, vote Dilma.
A pergunta que eu te me feito é: terá algum limite a ambicao de José Serra?
Em algum momento ele rejeitará se unir a algo muito reprovável?
Por mais passíveis de duras críticas que sejam as aliancas do PT com parte do PMDB, e do PSDB com o DEM e por aí vai, elas sao partes de um universo político minimamente aceitável (o que nao quer dizer que concordo com elas). Mas se unir e endossar o que há de mais nojento na extrema-direita já é demais.
O PSDB que surgiu com a pompa de ser o que havia de mais moderno e intelectualizado no país anda de bracos dados com o que há de mais conservador na vida nacional.
Alguém pode explicar?
Os desdobramentos serão esses:
epública Fundamentalista Cristã
Fundada em 31 de outubro de 2010 após a expulsão dos infiéis do poder, a República Fundamentalista Cristã do Brasil apareceu em substituição à República Federativa do Brasil. Dela, ela herdou quase tudo, acrescentando uma importante novidade institucional: um poder moderador, pairando acima dos outros Três Poderes e composto pela ala conservadora do catolicismo em aliança com certos setores protestantes. Os mesmos setores que, nos EUA, deram suporte canino a George W. Bush. A função deste poder moderador consiste em vigiar o debate político e social, impedindo que pautas de modernização social já efetivadas em todos os países desenvolvidos cheguem ao Brasil.
Na verdade, a fundação desta nova República começou após uma eleição impulsionada pelo problema do aborto. Procurando uma tábua de salvação para uma candidatura que nunca decolara e que passou ao segundo turno exclusivamente por obra e graça de Marina Silva, José Serra resolveu inovar na política brasileira ao instrumentalizar politicamente os dogmas mais arcaicos deste que é o maior país católico do mundo.
Assim, sua mulher foi despachada pelos quatro cantos para alertar a população contra o fato de Dilma Rousseff apoiar "matar criancinhas" (conforme noticiou um jornal que declarou apoio explícito a seu marido). As portas de seu comitê de campanha foram abertas para os voluntários da TFP, com seus folhetos contra a "ameaça vermelha" capaz de perverter a família brasileira através da legalização da prostituição e do casamento gay (conforme noticiou o blog do jornalista Fernando Rodrigues). A internet foi invadida por mensagens "espontâneas" contra a infiel Dilma e o PNDH-3.
José Serra já havia dado a senha quando afirmou, em um debate, que legalizar o aborto seria uma "carnificina". Que 15% das mulheres brasileiras entre 18 e 39 anos tenham abortado em condições indescritíveis, isto não era "carnificina". Carnificina, para Serra, seria o Brasil importar esta prática tão presente na vida dos "bárbaros selvagens" que são os ingleses, franceses, alemães, norte-americanos, espanhóis, italianos, ou seja, todos para quem o aborto é, pasmem, uma questão de saúde pública e planejamento familiar.
Confrontada com esta guinada, a "classe média esclarecida" não se indignou. As clínicas privadas que fazem abortos ilegais continuariam funcionando. O direito sagrado de salvar a filha de classe média de uma gravidez indesejada continuaria intacto. Para tal classe, o discurso sobre "valores cristãos" era apenas uma radicalização eleitoral.
Quando o poder moderador, confiante em sua nova força, começou a exigir que o criacionismo fosse ensinado nas escolas, que o Estado subvencionasse atividades de proselitismo religioso travestidas de filantropia, já era tarde. Então, alguns lembraram, com tristeza, dos pais fundadores da República Federativa do Brasil, decididos a criar uma república laica onde os dogmas religiosos não seriam balizas da vida social. Uma república onde seria possível dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Uma República que morreu no dia 31 de outubro de 2010.
Artigo de Vladimir Safatle, professor no departamento de filosofia da USP. Publicado na Folha, dia 11 de outubro de 2010.
Os desdobramentos serão esses:
República Fundamentalista Cristã
Fundada em 31 de outubro de 2010 após a expulsão dos infiéis do poder, a República Fundamentalista Cristã do Brasil apareceu em substituição à República Federativa do Brasil. Dela, ela herdou quase tudo, acrescentando uma importante novidade institucional: um poder moderador, pairando acima dos outros Três Poderes e composto pela ala conservadora do catolicismo em aliança com certos setores protestantes. Os mesmos setores que, nos EUA, deram suporte canino a George W. Bush. A função deste poder moderador consiste em vigiar o debate político e social, impedindo que pautas de modernização social já efetivadas em todos os países desenvolvidos cheguem ao Brasil.
Na verdade, a fundação desta nova República começou após uma eleição impulsionada pelo problema do aborto. Procurando uma tábua de salvação para uma candidatura que nunca decolara e que passou ao segundo turno exclusivamente por obra e graça de Marina Silva, José Serra resolveu inovar na política brasileira ao instrumentalizar politicamente os dogmas mais arcaicos deste que é o maior país católico do mundo.
Quando o poder moderador, confiante em sua nova força, começou a exigir que o criacionismo fosse ensinado nas escolas, que o Estado subvencionasse atividades de proselitismo religioso travestidas de filantropia, já era tarde. Então, alguns lembraram, com tristeza, dos pais fundadores da República Federativa do Brasil, decididos a criar uma república laica onde os dogmas religiosos não seriam balizas da vida social. Uma república onde seria possível dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Uma República que morreu no dia 31 de outubro de 2010.
Artigo de Vladimir Safatle, professor no departamento de filosofia da USP. Publicado na Folha, dia 11 de outubro de 2010.
Meu Deus, a que ponto o Serra chegou!
Isso é de dar nojo!
Mas Deus é justo e elegerá Dilma!
Pode sim sr. Arenari, estão de olho no Pré-sal, e para alcançar o objetivo, perderam os limites.
Engraçado que eu penso justamente o contrário.
Psicologia de massas foi a principal política do PT nesses 8 anos de governo.
Fazem acreditar que um país que cresceu 6,67% abaixo do crescimento médio mundial nestes últimos oito anos está maravilhoso. Enquanto todos os outros emergentes cresceram próximos de 10% ao ano, o Brasil cresceu em média 4%.
Usam do marketing e da psicologia de massas para fazer o povo acreditar que o Brasil foi inventado em 2003, quando um messias enviado por Deus passou a liderar o povo no deserto que foi deixado pelos 500 anos anteriores de historia.
Ora, todos sabem que a história é um processo, e vários tijolos foram deixados durante meio milênio para que a casa hoje estivesse mais construída, porém muito longe de estar acabada. Porque não reconhecer isto? Porque, ao olhar para o passado, o difamar?
Porque não reconhecer que em 1995 apenas 32% dos brasileiros com mais de 15 anos tinham 8 ou mais anos de escolaridade, sendo que em 2003 já eram 46% ( crescimento de 14%), e no governo Lula cresceu 5%; Porque negar que o analfabetismo atingia 15% da população em 1995 e em 2003 era de 11%, sendo que Lula reduziu para 10%; porque negar que o IDH dos brasileiros cresceu 8% ao ano no governo anterior, e no atual cresce a 3%; porque negar que a evasão escolar reduziu-se 47% no governo anterior, sendo que nesse aumentou 0,50%; porque negar que o acesso a rede de água cresceu 38% no governo anterior e 14% nesse; porque negar que o acesso a rede de esgoto cresceu 54% no governo anterior e 21% nesse; porque negar que o acesso a energia elétrica cresceu 5,60% no governo anterior e 1,50% nesse; porque negar que o número de domicílios com geladeira cresceu 16% no governo anterior e 4% nesse; porque negar que o número de domicílios com televisão cresceu 11% no governo anterior e 5% nesse?
Porque negar que o governo anterior cresceu em média 2,46% ao ano, mas que a média de crescimento da economia mundial foi de 3% ao ano, enquanto que nos últimos 8 anos foi de 10% ao ano frente aos 4% de crescimento médio conseguido no atual governo? Porque negar a popularização dos celulares e da internet, tão fundamentais no mundo globalizado pautado na comunicação que emergia na época e, que o Brasil estava totalmente despreparado para enfrentar? Porque negar a economia que o povo pode fazer na compra de remédios através dos genéricos?
Da mesma forma, ninguém pode negar os avanços do atual governo: criou-se muito mais empregos, houve ascensão social, mas será que isto está desconectado do processo histórico, e ainda do contexto da economia mundial?
Fazem uma comparação com o passado, quando sabem que a história do Brasil tem sido marcada sempre pelo presente ser melhor que o passado. É um processo natural. Em vez, de comparar o Brasil de agora com o Brasil do passado, porque não comparam o Brasil de agora com os outros emergentes de agora, que por sinal tinham uma situação de pobreza muito mais generalizada que no Brasil anterior a chegada do messias. Ou porque não comparam as médias de crescimento em cada área, e não os números totalizados, o que causa distorção na análise e não explicita com fidelidade os contextos em que os resultados obtidos estão inseridos. Seria mais justo não?
Outra: Viajando no mar de popularidade decorrente da sua psicologia de massas e de seu brutal investimento em marketing e geração de números pra toda ação de governo realizada, o presidente da república deixa constantemente de se comportar como tal, e passa a se comportar como um líder de facção, sempre debochando da lei e a infringindo.
Estamos todos cansados de tanta prepotência. O Brasil não é do PT, nem de seus companheiros. Muito menos foi descoberto por ele. Peço que publique, democraticamente, este post.
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