65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, outubro 31, 2010
"A imprensa brasileira é hoje, de forma generalizada, uma imprensa partidarizada"
"A explosão das redes sociais é inseparável de uma dupla crise de legitimidade porque passa o jornalismo brasileiro contemporâneo. Crise do modelo de jornalismo informativo, em primeiro lugar: a campanha de 2010 tem sido marcada por um nível inusitadamente alto de engajamento político por parte dos veículos jornalísticos brasileiros, não apenas no seu espaço editorial, mas ambém na cobertura da campanha e dos fenômenos associados a ela. A imprensa brasileira é hoje, de forma generealizada, uma impresna partidarizada.
A segunda crise dis respeito ao próprio papel de mediador que, histporicamente, os jornalistas e organizações jornalísticas brasileiras clamaram desempenhar: o papel de líder de opinião, de reprsetante por execelência dos interesses dos cidadãos, de Quarto Poder. O acesso gratuito a um cardápio diversificado de informações, e a possibilidade de se expressar ativamente acerca de temas de interesse público nas redes sociais enfraquece o tradicional vínculo que unia o leitor ao seu jornal...
... Mais do que golpismo da mídia ou contra ela, a campanha eleitoral de 2010 pode indicar uma reconfiguaração radical da comunicação política no Brasil, na direção de um maior engajamento político da mídia, tanto as sociais como a tradicional. Tal reconfiguração gera incertezas e tensões, mas pode indicar o fortalecimento de uma cultura cívica de participação política. E isto é saudável numa democracia."
Os parágrafos acima são partes do artigo "As consequências da campanha 2.0 - Eleições 2010, que movimentaram a rede, podem indicar reconfiguração radical da comunicação política no Brasil", de Afonso de Albuquerque, que é coordenador do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da UFF, e que foi publicado, neste sábado no caderno Prosa & Verso de O Globo que faz uma boa análise do que pode ser uma mudança de paradigma na relação mídia & poder.
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Um comentário:
Esse assunto é empolgante!!
Estou lendo um livro chamado "Web e Participação: a democracia no século XXI" que trata, entre outras coisas, das novas possibilidades de participação pública.
A partir da Internet, as possibilidades de participação efetiva são muitas e estão se ampliando cada vez mais.
Desde o primeiro turno das eleições, um grupo de jornalistas, estudiosos da cibercultura (um deles, o Sérgio Amadeu) e convidados (Moacir Gadotti, Nabil Bonduki,...) estão, a partir do prédio da revista Forum, em SP, debatendo sobre eleições, democracia, web 2.0 etc e tal. Fazem um "link" com o Twitter e centenas de pessoas participam. O endereço é http://48hdemocracia.com.br
No primeiro turno, eles fizeram uma enquete rápida sobre em que mídia as pessoas confiavam para saber notícias de suas cidades. Claro que citei seu blog!!
:)
Se você tiver tempo, dê uma olhada no debate lá. Hoje, domingo, começa às 10h.
Vale muito a pena!
Bjs!
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