sexta-feira, outubro 15, 2010

Portais divulgam santinho de exploração da fé

Este blog e muitos outros mostraram desde quarta-feira, o santinho de campanha do candidato tucano, que os principais portais da mídia comercial (O Globo, UOL, G1, etc.) apresentaram hoje em primeira página. Veja aqui a postagem deste blog, aqui a do O Globo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Pastores e padres abrem comício de Dilma em São Paulo
Líderes de igrejas evangélicas e católicas ocuparam o palco antes da petista.
Presença é para 'afastar o demônio da calúnia e da difamação', disse padre.
Do G1, em Brasília
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Pastores evangélicos e padres católicos abriram o comício da candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, na noite desta sexta-feira (15), em São Paulo. O comício, marcado para à 19h, começou com a participação de religiosos, que discursaram, fizeram orações e cantaram músicas religiosas pela candidata.
O padre Júlio Lancelotti, representante dos católicos, foi responsável por um dos discursos mais fortes em defesa da candidata. Ele afirmou que a presença de padres e bispos evangélicos no comício era para “afastar o demônio da calúnia e da difamação”.
“São vários padres, várias igrejas com seus padres missionários. A palavra que eu quero compartilhar é a palavra de Deus, é a palavra de vida. Não se pode usar palavra de Deus para condenar, muito menos para mentir. A palavra de Deus não pode ser usada embutida em boatos, em calúnias, em difamação. A presença dos padres e bispos é para afastar o demônio da calúnia e da difamação, o demônio que não constrói. O povo precisa ter liberdade de escolha. Deus no fez livres, não com cabrestos", declarou.
Representante das igrejas evangélicas, o pastor Melo pediu que as pessoas mais necessitadas fossem beneficiadas pelo governo da petista, caso ela vença a eleição. O pastor se apresentou como representante dos Gideões Missionários, grupo que reúne integrantes de igrejas evangélicas.
Ele também fez um apelo pela criação de uma universidade federal na região do comício da candidata petista. “Que o novo governo instale a universidade federal na Zona Leste”, disse o pastor.
“Nós queremos escolher um caminho que continue, um caminho que defenda os pobres, que tenha compaixão pelos sofredores, que livre e liberte as pessoas da escravidão, das injustiças. Todos nós, pastores e religiosos, estamos aqui para dizer que não temos medo de mostrar nossos rostos, e nós, nas nossas igrejas, não usamos a palavra de Deus para fazer mentira e difamações. A palavra de Deus nos chama para defender os mais fracos", afirmou.

Anônimo disse...

por Ulisses Campbell, no “Correio Braziliense”

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, decidiu apostar todas as fichas no debate religioso para tentar vencer o segundo turno das eleições. Ontem, em São Paulo, ele disse ser a favor da união civil de casais gays e ressaltou que “casamento” é questão ligada à religião. “A união em torno dos direitos civis já existe, inclusive, na prática, no Judiciário. Outra coisa é o casamento, que tem o componente religioso. Cabe à Igreja decidir sua posição”, ressaltou.

Enquanto fala de religião em todos os eventos que faz nessa etapa da campanha, o telemarketing de Serra opera freneticamente. Em São Paulo e em outros estados, centenas de militantes estão ligando para a casa dos eleitores. A maioria é mulher. Elas ligam em horário comercial no telefone fixo e procuram saber se há eleitor de Marina Silva (PV) na residência. Caso haja, as atendentes insistem na tecla de que a petista é a favor do aborto e que ela hoje se diz contrária apenas para ludibriar o eleitor.

Anônimo disse...

Blog Tijolaço
Temos que contar, apenas, com o nível inacreditável de desfaçatez que tomou a exploração religiosa na campanha de José Serra. Reproduzo aí ao lado, sem trocadilho, um “santinho” que, francamente, é a utilização mais abjeta do nome de Cristo em favor de um candidatura. Não é possível que qualquer líder religioso sério não veja nisso um episódio, em tudo, farisaico.

Anônimo disse...

No dia em que a candidata à presidência da República Dilma Rousseff (PT) divulgou mensagem em que se declara contra o aborto, lideranças de diferentes igrejas cristãs evangélicos e católicos, intelectuais e militantes sociais também divulgaram um texto a favor da candidata.
A mensagem, que deverá ser entregue a candidata em evento no Rio de Janeiro, na próxima segunda-feira (18), combate as manifestações de alguns setores religiosos contra a candidatura da petista, alegando, entre outras coisas, que Dilma seria favorável ao aborto.
"Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff", diz o texto.
A mensagem afirma que "a própria candidata negou a veracidade" das afirmações de que seria a favor do aborto. "Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: 'se nos calarmos, até as pedras gritarão!'"
O texto afirma que "para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra". Segundo o manifesto, uma eventual vitória do tucano José Serra faria o País "recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira".