65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, novembro 16, 2010
Considerações e mapa com a infraestrutura de acesso ferroviário ao Porto do Açu
PS.: Para ver a imagem em tamanho maior clique sobre ela.
Segundo o estudo de Viabilidade Técnica e Econômica o ramal ferroviário que ligará o Porto do Açu pela FCA à Cataguases/Ubá (Linha Mineira) foi considerada uma capacidade de fluxo de 30 milhões de toneladas anuais, ante uma demanda de movimentação de 29 milhões de toneladas ao fim do quinto ano de operação, prevista no acordo comercial entre LLX Açu e a FCA, prevendo o transporte de minério de ferro, carvão, produtos siderúrgicos, insumos para as siderúrgicas e carga geral. O estudo adotou o uso de composições de duas locomotivas e 168 vagões. A ferrovia operaria em bitola métrica, como toda a malha da FCA.
"Atualmente, a FCA - Linha Mineira possui trecho desativado que requer recapacitação. É um trecho longo, antigo e sinuoso, que recebeu poucos investimentos nas últimas décadas. São exemplos de problemas da ferrovia os trechos com raio de curvatura acentuada, com alta interferência urbana, ou com invasão de faixa de domínio.
A revitalização inclui obras de arte, redefinição de traçado e aquisição de material rodante. O tramo entre Miguel Burnier e Ubá seria preterido por um novo traçado e o trajeto original desativado (linha pontilhada de cor vermelha na figura acima). A Verax estima um investimento de R$ 3,5 bilhões, incluindo infraestrutura, superestrutura e material rodante.
Com o novo traçado, a distância entre Miguel Burnier-MG e Açu seria de 441 km e com frete estimado pela FCA equiparável à rota de escoamento de minério da MRS por Itaguaí.
O desenvolvimento do projeto poderá ser em formato de SPE (Sociedade de Propósito Específico), com a participação da LLX, da FCA e de dois grandes players que serão usuários da via e do porto. É provável que um modelo de contrato com os dois players seja do tipo take-or-pay para volumes mínimos, caso seja efetivado. Com o grande interesse do capital internacional no Brasil, particularmente em investimentos de infraestrutura, o projeto poderá atrair interessados com facilidade.
O início de operação estaria previsto para 2015 e é crítico para o fornecimento das usinas siderúrgicas a serem instaladas no Complexo Industrial do Superporto do Açu, já necessário a partir de 2014. Nesse período, as usinas serão atendidas por cabotagem no berço de carvão".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Caros amigos,
Boa tarde!
Este assunto é muito complexo. Devido a abandono da malha ferroviária e entrega à concessões, a ferrovia ficou entregue a bandidagem. Evidentemente que, com o abandono do patrimônio ´público federal as famílias de baixa renda e que não possuia um lugar para morar encontraram mais facilidades próximo ao corredor ferroviário pelo Brasil a fora. Para colocar um ponto neste problema está sendo estruturada a Polícia Ferroviária Federal, que atuará junto as concessionárias e o Ministério Público Federal. Desta forma, acabar com as invasões de faixa de domínio e penúria do patrimõnio público.
O SuperPorto do Açu poderá ter dois acessos ferroviários. Via Rio de Janeiro (Ambaí-São Bento-Arco Ferroviário-Itaborai/Comperj-Macaé-Campos dos Goytacazes-Porto do Açu) em trecho em bitola mista - 280 km, e/ou a construção da Nova Linha Mineira da FCA (Miguel Burnier, Ubá, Cataguases, Campos dos Goytacases, Porto do Açu) em bitola larga (sendo o trecho Campos - Porto em bitola mista e comum as duas opções) ao menos é o que indica as Apresentações do RI da LLX.
Postar um comentário