65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Água do Paraíba para o Comperj
Entre as alternativas que estão sendo estudadas para se levar água para o Complexo Petroquímico, que está sendo instalado em Itaboraí, está a de se usar água do rio Paraíba do Sul.
A demanda de água para o empreendimento é absurdamente grande. São dois tipos de água: aquela para consumo humano, que será aumentada na região do entorno do empreendimento que inclui São Gonçalo e Niterói, que hoje já apresenta problemas, e a de água industrial para ser usada no processo.
Entre as outras alternativas há de uso de água de Cachoeira de Macacu e a do litoral a ser captada em Maricá e depois dessalinizada.
A Petrobras, na audiência pública na Alerj, na última semana, que discutiu os impactos do empreendimento do Comperj, informou que não pretende arbitrar sobre a alternativa, mas apenas dirá, o valor máximo que tem condições de bancar dentro da relação custo-benefício de todo o empreendimento.
O rio Paraíba do Sul no seu trajeto entre São Paulo e sua foz, em São João da Barra, continua a ser constantemente sangrado para resolver demandas, que vão desde o abastecimento de água na região metropolitana da capital, até a geração de energia elétrica em Itaocara. Nós que estamos aqui próximo à foz precisamos ser ouvidos.
Interessante observar que o problema da água foi um dos principais problemas alegados, quando da região ter sido descartada, como opção para sediar o megaemempreendimeto, que antes previa apenas uma refinaria de petróleo e agora, já tem planejado duas plantas na Unidade Básica de Produção.
Quando se analisou a hipótese da localização em Guriri (próximo à Dores de Macabu), o uso dos recursos hidrícos da Lagoa Feia era uma hipótese. Depois, quando a região de Travessão, mais propriamente Guandu, foi estudada como opção pela estatal, o rio Paraíba do Sul era a hipótese considerada de fonte de abastecimento, estimada à época em mais que o dobro do atual consumo de água de todo o município. Acompanhemos a decisão.
PS.: Atualizado: a Estação de Tratamento de Água (ETA) planejada parao Comperj terá capacidade de produção de 100 litros por segundo, sendo 50 destinados ao Comperj e a outra metade reservada à população do entorno, estimada em 25 mil pessoas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário