Serventuários da Justiça reclamam atenção e apoio da população do RJ

“Os servidores do Judiciário estão em greve há mais de 40 dias e o presidente do TJRJ, em vez de negociar, retirou o sustento dos grevistas e das famílias ao descontar, de forma arbitrária e ilegal, 40% de seus salários. Os servidores denunciam o descaso da direção do TJRJ e do governo do estado.” Abaixo um documento do Comendo de Greve do Servidores do Judiciário do RJ que apresentam a questão em busca de apoio da população fluminense: "Os serventuários da justiça foram excluídos de um reajuste (70,5%) que foi dado para todo o funcionalismo estadual na época do governo Moreira Franco. A parte da lei que excluía os serventuários foi declarada inconstitucional e depois de um tramite de 23 anos, a sentença foi transitada em julgado, não cabendo mais recurso e há uma determinação para cumprir o pagamento dos 24% que inda não foi feito. O presidente do Tribunal de Justiça alega que esse valor é só para os autores, mas mesmo antes da sentença transitar em julgado, o TJ administrativamente reconheceu que o valor era devido a todos os serventuários incorporando em 1998, 10% nos vencimentos de todos os servidores, que foi abatido dos 70.5% originais que deram origem a ação. Também queremos deixar claro que não estamos pedindo aumento de salário, somente que a decisão judicial seja cumprida. As remoções de diversos companheiros (cerca de 41 em todo o Estado) de suas Comarcas, para outras distantes configuram-se medidas arbitrárias, ao arrepio da Constituição Federal que reconhece o direito à greve, assim como a cassação das licenças sindicais de 13 coordenadores do sindicato. A população vai continuar tendo direito aos atendimentos emergenciais. Estamos cumprindo todos os requisitos impostos pelo STF em decisão recente proferida em Mandato de Injunção que regulou a greve no funcionalismo público. Nossa greve não é contra a população, mas sim na construção do judiciário mais democrático, que realmente promova a JUSTIÇA, que respeite as leis e a soberania das decisões judiciais. Essa paralisação só vai terminar com a incorporação dos 24% e com a certeza que nenhum servidor será punido com essa greve. Esperamos que a Administração Superior do TJ deixe de lado o porrete e sente-se na mesa para negociar."