65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, janeiro 24, 2011
Geração 4-2-1
O conceito está ligado a análise do crescimento da longevidade na sociedade brasileira. Os quatro são os avós, depois os pais e a seguir os filhos. Ou seja, cada filho tenderá a ter ao seu redor quatro avós. Além das análises que normalmente se faz do que isto representa em termos de impacto no sistema de previdência, Renato Bernhooeft, em artigo no Valor Econômico descreve questões que suscitam o debate:
"Temos que pensar não apenas na perspectiva profissional e das carreiras corporativas. Existem novas exigências que todo esse processo de mudança, tanto universal como local, provoca em nossas vidas.
Para aqueles que agora estão ultrapassando a meia-idade, e já começam a perceber um certo esgotamento do modelo que estruturaram, tanto para a vida profissional como pessoal, essas questões podem gerar uma certa angústia, ou até ansiedade. Pois, além do processo biológico, é muito natural que os dilemas, as perplexidades e os questionamentos se acentuem. Inclusive sobre o quanto valeu a pena o estilo de vida que construíram ao longo das etapas anteriores de sua existência. Com o agravante de que boa parte das pessoas nem ao menos pensou, ou teve algum preparo para essa nova fase da vida...
...Evidentemente, esse não é um processo simples para pessoas que foram educadas com base em um modelo de vida linear onde o desfrute fazia parte dos planos futuros. Uma geração que não tinha clareza do momento em que o presente e o futuro poderiam se fundir.
Por outro lado, quando analisamos o quadro atual na perspectiva de um elevado número de filhos únicos, é possível antever uma dificuldade dessa nova geração na hora de realizar suas escolhas de forma genuína. Isso porque precisam administrar um forte, e "carinhoso" conjunto de expectativas, influências e até facilidades que a nova estrutura familiar oferece.
Está comprovado, por uma série de estudos e pesquisas, que filhos excessivamente preocupados em atender as expectativas dos seus familiares - especialmente avós e pais- tendem a se tornar figuras frustradas e insatisfeitas. Isso porque não tiveram a oportunidade de lidar com seus dilemas e escolhas de forma independente e, muitas vezes, foram induzidos às carreiras ou aos estilos de vida de seus antepassados."
Se desejar ler o artigo na íntegra clique aqui.
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