O blog já comentou em nota aqui sobre a pesquisa feita com 150 moradores, que há pelo menos 20 anos, habitam a região do Açu, pela concludente do curso de Licenciatura em Geografia do IFF, Beatriz de Oliveira Pires, no seu trabalho de monografia, apresentado na semana passada.
Entre os diversos dados apresentados, por esta amostra representativa de aproximadamente 10% dos moradores do local, antes do início do empreendimento:
As perguntas abertas do questionário sobre o assunto versavam sobre as transformações que aconteceriam na região, em decorrência da construção do Complexo Portuário do Açu. As respostas que prevaleceram foram:
Só 23% identificam pontos positivos como a geração de emprego e renda. 10% não sabe identificar ou não respondeu como será o futuro. O restante, 44%, a maioria, prevê, desapropriações, desemprego e degradação ambiental e, 23% identicam a violência, a perda de tranquilidade e o aumento do custo de vida como as maiores consequências da instalação do Complexo Logístico Industrial do Porto do Açu.
Pelo que se identifica nas respostas, a percepção que a população local tem dos problemas ambientais (vide aqui nota anterior) não é isolada das preocupações com as demais questões.
Sendo assim, é possível identificar que os problemas com as desaropriações de terra e as alocações dos produtores, e alguns moradores da região em áreas (vilas) vizinhas, é apenas uma parte da grande questão, que os gestores públicos (prefeitura, estado e União) e os empreendednores terão que amenizar com ações e intervenções de qualidade, a serem planejadas e executadas com a participação da população desta e demais regiões, da chamada Área de Influência Direta (AID) do empreendimento.
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