65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, fevereiro 12, 2011
Grupo da concessionária da BR-101 conseguiu R$ 331 milhões de financiamento do BNDES
O anúncio foi feito ontem, porém, antes que pensem, que seria para bancar as melhorias da BR-101, saibam que este montante obtido pela OHL foi contratado pela irmã-subsidiária Autopista Planalto Sul, que administra 412,7 quilômetros da BR-116 entre Paraná e Santa Catarina.
Segundo o grupo, os recursos serão destinados à execução de serviços iniciais, recuperação, melhoramentos e infraestrutura para operação da rodovia, entre outros investimentos. O crédito é dividido em três categorias, com prazos de amortização que variam de 120 a 144 meses. O custo nas três tranches é de 2,58% ao ano mais a taxa de juros de longo prazo (TJLP).
No total a OHL receberá financiamento de cerca de R$ 1 bilhão para os serviços nas 5 concessões de rodovias que obteve em leilão no país.
Em junho de 2009 a OHL recebeu um total de R$ 476,7 milhões com desembolsos referentes aos contratos:
- Autopista Régis Bittencourt S.A = R$ 190,8 milhões;
- Autopista Fernão Dias S.A = R$ 139,7 milhões;
- Autopista Litoral Sul S.A = R$ 146,2 milhões.
R$ 144 milhões para início das obras na BR-101
Em agosto também de 2009, a OHL recebeu para sua subsidiária A Autopista Fluminense S.A. o montante de R$ 144 milhões. Recursos compostos, dentre outras fontes, pelos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, pelos recursos originários do FAT - Depósitos Especiais e do Fundo de Participação PIS/PASEP, destinados à execução de serviços iniciais, de recuperação, conservação (corretiva rotineira, preventiva periódica e de emergência), monitoramento contínuo, manutenção, melhoramentos, ampliação, operação da rodovia, além de aquisição de equipamentos e materiais e instalações.
Comentário do blog:
Juntando os R$ 144 milhões do empréstimo do BNDES com a receita das 5 praças de pedágio, não é difícil estimar que já há muito dinheiro em caixa, para se fazer as duplicações e os contornos de Campos e Niterói da concessão da BR-101 em nosso estado.
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10 comentários:
Outro assunto...
Tenho passado no Prédio da Estação...e tenho ficado incomodada com a PERMANÊNCIA DAS LUZES LIGADAS!!!!! Tem dia que é TODO O PRÉDIO.... [todas as SALAS que dão pra rua]!!!! Já faz tanto tempo que a Secretaria está lá...Já deu tempo pra resolver qualquer problema que tenha justificado tal situação durante um certo período!!!!
DESPERDÍCIO DE DINHEIRO PÚBLICO!
Já está mais do que na hora das LUZES SEREM APAGADAS durante a noite! E não venham me dizer que a equipe trabalha todas as noites, inclusive, FINAL DE SEMANA!!! Moro perto...e isso tem me deixado bastante incomodada!
Espero providência!
Abraços, Cris
Vivemos num país de total inversão de valores. Fiz um empréstimo imobiliário com jurosm de 8,9 ao ano mais tr por 20 anos. Sou funcionário público e para conseguir aumento do salário é uma dificuldade. Pode ser que até ao final ou memsmo no meio do empréstimo eu não consiga ter dinheiro suficiente para pagar minha moradia e viver dignamente, ao contrário da mamata que rola solta para estas privatizaçoes. Colocam dinheiro público para compra, para reforma, para duplicaçao, etc. Subdisiam juros. Cobram o que querem e fazem o que querem e nós continuamos como antes, pior, pois pagamos pedágio. Um descalabro total.
Acho melhor eles, a OHL e sua subsidiária AutoPista Fluminense, botarem as barbas de molho...
Caro professor e Engenheiro Roberto Moraes,
Reproduzo , abaixo, nota do Engenheiro Marcos Quintela especialista em Transportes publicada no JB de hoje.
O PERIGO DA BR-101 NA RIO-VITÓRIA
11/02/2011 - 11:18 | Enviado por: Marcus Quintella
Há muito tempo eu não passava pela BR-101, rodovia federal, no trecho entre Rio de Janeiro e Vitória. Na semana passada, realizei essa viagem, pois fui ao sul do Espírito Santo, numa cidade chamada Anchieta, a cerca de 350 km do centro do Rio. Fiquei muito preocupado com estado desse trecho da BR-101. Foram dezenas de quilômetros rodados sob risco constante, pois a estrada é praticamente todo em pista simples, asfalto irregular e cheio de emendas, com longos trechos com acostamento precário ou muito pequeno, tráfego pesado e em muitos trechos, principalmente no Espírito Santo, sem sinalização horiozntal, como pode ser visto na foto abaixo. Passei vários momentos de sufoco, quando caminhões e carretas faziam ultrapassagens imprudentes e pouco se importando com os automóveis que trafegavem corretamente em sua pista. Presenciei ultrapassagens pelo acostamento. Em raríssimos momentos avistei a polícia rodoviária ao longo do trecho, somente em alguns postos, mesmo assim dentro da cabine. Além disso, o viajante que se dirije a Vitória é obrigado a passar dentro de Campos, ou seja, conviver com o tráfego local, semáforos, lombadas e engarrafamentos. Essa travessia leva quase 20 minutos.
Para minha surpresa, diante de todas essas dificuldades, a rodovia é absurdamente pedagiada, com vários postos de cobrança.
Essa rodovia, que liga duas grandes regiões metropolitanas do sudeste, Rio e Vitória, jamais poderia estar na codição atual. Não é por acaso que as pesquisas da CNT classificam as rodovias nacionais, em sua grande maioria, como regulares, ruins ou péssimas. Exisem raríssimas excessões, com as rodovias estaduais de São Paulo e algumas rodovias federais.
esse é o governo do PT ! o verdadeiro Padrinho dos banqueiros e corporacoes exploradoras... com certeza uma parte deste dinheiro voltará como doacao de campanha de algum companheiro
Realmente, sinalização horizontal da divisa pra lá é luxo!
Na chuva e a noite ou nas 2 situações ocorrendo junto, então a situação fica ainda mais complicada, você tem que adivinhar de que lado está e rezar pra estar do lado certo.
Existem trechos, pouquissimos, que estão bem sinalizados com umas demarcações horizontais na cor verde (sentido correto) e vermelho (contra-mão). No resto, o que se vê são aquelas placas dizendo "Rodovia sem sinalização horizontal nos próximos 5 km". Uma piada...
Da descida da ponte até a divisa a rodovia está bem cuidada. Moderadamente bem cuidada, é verdade. Poderia estar melhor.
Acredito que isso se deve ao fato de que a estrada está privatizada desde 2008 apenas (em fevereiro agora a privatização faz 3 anos). Os investimentos estejam apenas no começo e muita coisa ainda está por vir.
Assim ocorreu aqui em SP também. Até o sistema Bandeirantes/Anhanguera ser considerado a melhor estrada do Brasil demandou algum tempo, não foi imediato.
Entretanto, o preço disso é cobrado: o pedágio mais barato nessa rodovia que eu citei custa R$ 4,25 e uma viagem ida e volta de São Paulo a Campinas (são uns 195 km) custa R$ 25,40, pagando R$ 6,35 em cada um dos 2 pedágios, tanto na ida como na volta.
O investimento revertido em efetiva melhora vem com o tempo, óbvio. Mas algumas melhorias já deveriam ser mais nítidas, inclusive com a implantação de câmaras reunindo a concessionária, entes públicos e sociedade civil onde se pudessem ser discutidas as questões referentes a duplicação, por exemplo.
Enquanto isso, conforme reportagem o jornal O Globo de hoje, no Nordeste o Exército, com mujito menos recursos e de forma constante, tem realizado obras de duplicação da BR 101.
Até agora, a concessão do treçho Ponte Rio Niteroi à divisa com o Espírito Santo foi uma armadilha para os usuários da BR 101.
Paga-se pedágios, e as obras de duplicação não se iniciam. Enquanto isso, no Nordeste, as obras de duplicação da mesma BR 101prosseguem
Realmente.
A concessão do trecho da BR 101 no Rio de janeiro "engessou" o processo de duplicação.
Nem querendo o Governo Federal conseguiria reverter a situação. Para fazer qualquer alteração a
concessionária alega "desequilíbrio financeiro do contrato de concessão", e fica tudo como está. PARADO! E os acidentes e mortes prosseguem diariamente.
Os usuários foram enganados.
Prezado Roberto: Em postagem anterior, referi-me a respeito de CIDADANIA, dinheiro público etc. Não adianta ficar-mos com quimeras, sem uma evetiva mobilização popular, para tentar mudar este estágio de degradação moral que nosso País vive. Fazem o que querem e bem entendem do dinheiro público (de todos nós) e continuamos nas entrelinhas postadas. Se o POVO, não se mobilizar com firmeza e determinação, como fizeram ainda agora os Egipcios, tudo continuará como dantes, no quartel de abrantes. Até a próxima.
tem que para a rodovia toda a semana...
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