65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, fevereiro 24, 2011
O pré-sal e a formação em engenharia de petróleo no Brasil
O Brasil forma cerca de 300 engenheiros de petróleo por ano. Este número não dá conta nem o que a Petrobras precisa e ainda por cima, muitos deles estão indo atuar em bancos e fundos de investimentos.
Hoje no Brasil há 31 cursos de graduação na área de óleo e gás, sendo 13, apenas no Rio de Janeiro. A Petrobras está investindo na PUC-RJ na construção de um prédio numa área de 10 mil metros quadrados, divididos em sete andares para acomodar 14 laboratórios. A Chevron também está colocando um R$ 1 milhão na PUC para laboratórios e bolsas de estudo.
A Ibmec-RJ está criando um curso de graduação em engenharia em energia com ênfase em petróleo, o que parece ser mais interessante, para ampliar o escopo da formação, mesmo sabendo da grande demanda gerada pelo setor com as descobertas do pré-sal.
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4 comentários:
Roberto, o Brasil tem uma mania de achar que todo trabalho técnico tem que ser exercido por engenheiros. Na Petrobras 99 por cento do trabalho desenvolvido por engenheiros podem perfeitamente ser desenvolvidos por técnicos, como na maioria das vezes são! Engenheiro na petrobras é sinônimo de gerente, quem executa todo o trabalho são os técnicos, e os engenheiros aprendem com os técnicos e depois viram gerentes e começam a mandar numa coisa que eles sabem menos do que quem executa. Eu escrevi tudo isso só pra dizer que o que o Brasil precisa é de técnicos com uma boa formação, e os técnicos precisam que sua remuneração seja compatível com o retorno que eles dão a empresa. Hoje na Petrobras a diferença de salário entre um técnico e um engenheiro é gritante.
O técnico faz tudo e o engenheiro nunca põem a mão na massa, só quer mandar.
Marcio
Márcio, canudo é o que vale, infelizmente, nesse Brasil.Concordo com você. Em todas as profissões acontecem fatos gritantes. É verídico o que passarei a relatar. Há uns 3 meses, uma determinada MÉDICA, de plantão, num desses hospitais que acobertam planos de saúde, teve que chamar a enfermeira para medir a pressão do paciente porque ela não sabia. Você acredita? Pois creia.Por plantão quanto essa médica não ganha? E a enfermeira( auxiliar) quando recebe no final do mês?Você acredita no profissionalismo dessa moça? Imagine os diagnósticos...
Porque a Petrobras não investe na universidade pública como por exemplo a UENF em Macaé (LENEP) para aumentar o números de vagas e atender as pessoas da região em vez de investir no ensino pago na zona sul do RIO
Investir na UENF não é sinônimo de possibilidade de aumento de vagas para atender a nossa região. Depois que a UENF passou a usar somente o ENEM como forma de ingresso, ela vai se distanciando ainda mais da nossa região. As universidades públicas do Estado do Rio reservaram um percentual de vagas para o vestibular elaborado por elas. A UENF não.
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