65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, fevereiro 16, 2011
Pesquisador do IFF inova com uso de bagaço de cana na composição do asfalto
Da Ascom do IF Fluminense:
"Bagaço de cana vira asfalto"
"Pesquisador comprova em projeto inovador que bagaço de cana pode substituir a fibra de celulose em mistura asfáltica promovendo economia e desenvolvimento sustentável.
Um projeto inovador poderá ser visto na prática, na manhã desta quinta-feira, 17 de fevereiro, às 11h30, na BR-356, chegada de São João da Barra. Trata-se de uma pavimentação asfáltica feita a partir de uma mistura com o bagaço da cana-de-açúcar.
O assunto é tese de Doutorado do professor do IF Fluminense, Cláudio Leal, e consiste em substituir a fibra de celulose pelo bagaço da cana-de-açúcar na mistura asfáltica, sendo um método mais barato e mais simples. Testado com sucesso em laboratório, o processo será utilizado em um trecho de 50 metros da BR 356, a ser monitorado pelos próximos seis meses.
Em sua tese, Cláudio Leal, engenheiro civil, comprovou a eficácia do bagaço como aditivo estabilizador para o asfalto, evitando que o cimento escorra durante as etapas de mistura ou aplicação do pavimento. Segundo ele, a aplicação do aditivo é muito eficiente no asfalto do tipo SMA, que por sua resistência é utilizado em rodovias com tráfego intenso.
Outra vantagem é que o bagaço da cana é um produto em abundância na região, e que irá substituir a fibra de celulose feita na Alemanha e importada pelo Brasil. Cláudio ainda explica que o processo é bem simples: basta secar e peneirar, ao contrário do processo químico complexo que envolve a fibra.
“Devemos destacar ainda o lado ambiental já que utilizando o bagaço da cana evitamos a poluição do ambiente, reaproveitando um resíduo como um recurso renovável. Embora as usinas utilizem boa parte do bagaço para produção de energia, cerca de 20% é lançado no meio ambiente”, destaca.
A economia é outro fator. Cláudio explica que a produção de uma tonelada de SMA absorve cerca de 3kg de aditivo, o gasto com a fibra de celulose é entre R$ 10 e R$12 por tonelada de asfalto, custo que seria insignificante com a utilização do bagaço. Ainda segundo o pesquisador, a produção de açúcar e álcool gera cerca de 270 kg de bagaço por tonelada de cana de açúcar moída.
Intitulada “Bagaço de cana-de-açúcar como aditivo em misturas asfálticas do tipo SMA”, a pesquisa envolve os professores Regina Coeli Martins Paes de Aquino (co-orientadora) e Cláudio Leal (pesquisador), do Instituto Federal Fluminense e o engenheiro Protásio Ferreira e Castro, da Universidade Federal Fluminense como orientador."
PS.: Atualizado às 12:04 para inserir imagem do professor-pesquisador.
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2 comentários:
Roberto , você já deu uma olhada no Diário Oficial de Campos dos Goytacazes de ontem ?
Mais de 100 milhões serão gastos em um ano com serviços gerais e vigilância de órgãos públicos do município. O que representa 7,5% do orçamento para 2011.
E ninguém fala nada ?
Eu li no Blog do Herval Junior e no .
Vou interceptar alguns e-mails e já volto .
Parabéns,Prof. Claudio Leal, pela pesquisa, pelo conhecimento avançado. Sua simplicidade tem o tom da inteligência quieta e sábia, com isso..., a mais perfeita de todas. Parabéns ao IFF por tê-lo no seu quadro de servidores.
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