É oportuno relembrar que aqui não está o grosso do que é pago com pessoal terceirizado nas diversas secretarias. Campos tem um custo de pessoal por habitante (fora as terceirizações) de R$ 1.233,81.
A média de gastos entre todos os municípios de mesmo porte que Campos dos Goytacazes no país com pessoal é de R$ 663,92. Comparando com os municípios da região Sudeste a média é de R$ 771,25.
Em valores per capita, o município de Quissamã aparece em quarto lugar no país, com um custo de pessoal por habitante equivalente a R$ 3.469,00. Outro município da chamada região produtora de petróleo que aparece na lista de maiores gastos com pessoal por habitante é Carapebus em décimo lugar com R$ 2.549,00. Armação de Búzios em vigésimo lugar com o R$ 2.256,00. Macaé vem em 22º lugar com um gasto de pessoal por habitante com R$ 2.250,00.
Nº de servidores em Campos
O número de servidores públicos ativos em Campos é extraordinariamente maior do que em outros municípios. A tabela abaixo permite uma rápida comparação com alguns municípios de médio porte do país. Campos tem 48,1 servidores para cada mil habitantes, contra, 38 em Volta Redonda, 32 em Governador Valadares, MG, 12 em Sorocaba, SP, etc.
Interessante ainda observar quem em 2006 o município tinha um total de 26. 842 servidores. Em 2008, ano da eleição, o município teve uma redução para 13.414 servidores, voltando a crescer 55%, no primeiro ano da administração Rosinha, para o número de 20.878 servidores. Veja estes e outros detalhes no quadro abaixo:
Estes números foram sempre buscados e nunca efetivamente divulgados, só agora usando os dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e do Tribunal de Contas e apurados pela Frente Nacional de Prefeitos eles passam a ser de conhecimento público.
PS.: Para ver as imagens em tamanho maior clique sobre elas.
13 comentários:
Ilustre Professor
A segunda análise do nº de serv. em Campos inclui os terceirizados (Gov. Rosinha)?
Qual o nº de servidores concursados ou efetivos?
Desde já agradeço.
Servidor que prefere não se identificar.
Professor, não entendi uma coisa: como pode em apenas um ano o numero cair de 26. 842 para 13.414 servidores? É meio bizarro isso, uma vez que nestes numeros não estão incluidos os terceirizados, que poderiam ser simplesmente demitidos...
Aos comentaristas:
Observações:
1) Neste número obtido da pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros realizada pelo IBGE a maioria está contratada sob o regime estatutário, enquanto que outros são regidos pela CLT. Neles também estão incluídos os servidores comissionados, e os servidores “sem vínculo permanente”, categoria que segundo o IBGE, abriga todos os servidores cedidos por outros órgãos públicos federais ou estaduais, os prestadores de serviços que atuam como profissionais liberais - por exemplo, um contador contratado pela prefeitura para fazer o balanço, um advogado contratado para uma consultoria jurídica, um publicitário para uma campanha de marketing, etc. -, os voluntários, os contratados administrativamente, dentre outros. Neles só não estão os contratos para um determinado serviço de uma empresa. Ou seja, alguns terceirizados entram nesta conta, outros não.
2) No Anuário 2010 da Frente de Prefeitos há um detalhamento com o gasto com pessoal do quadro ativo que de Campos foi de R$ 382 milhões em 2008 e R$ 374 milhões em 2009. Nos valores de 2009, os últimos analisados o valor no pessoal do quadro do município de Macaé é praticamente igual ao de Campos de R$ 380 milhões em 2009.
Campos fica na 22ª posição do ranking nacional e Macaé na 32ª com um total de R$ 437 milhões, cerca de R$ 100 milhões a menos que Campos que gastou um total de R$ 535 milhões.
Sds.
Você fez cursinho aonde para falar mal da Rosinha? Comparar Macaé com Campos só pode ser maldade. Campos tem mais de 250.000 mil habitantes que Macaé, ou seja mais de duas vezes o número de habitantes, nessa comparação Campos está muito melhor. E os números de 2.007 você não tem? Em 2.006, do seus amigos Mocayber/Arnaldo e cia, eram 26 mil servidores e só caiu para 13.000 mil por ordem da justiça, porque a prefeitura estava sendo usada como cabide de emprego, e funcionários fantasmas por seus amigos. Em 2.009 Rosinha baixou para 20.000 mil. Com certeza se continuasse o governo com Arnaldo no lugar de Mocayber 2.009 chegaria a trinta mil servidores e você nem ia ligar, ia achar normal, não ia dar uma palavrinha nesse seu blog.Sua cara não fica vermelha não?
Meu caro W. Luis,
Se você ler as informações e as análises vai observar que os questionamentos feitos se referem aos dois municípios.
Em ambos é possível ver gastos enormes com pessoal e com custeio que não se sustentarão na era pós-royalties tanto em um quanto em outro município.
Um não ameniza a situação do outro quando se faz comparação com outros municípios de mesmo porte no país.
O que se desejaria era o aumento do investimento e não pessoal e custeio nestes municípios recebedores de royalties, em grande volume, na condição de produtores.
Estas observações já eram feitas e criticadas quando do governo Mocaiber, antes de ele estar agora aliado, junto com todo o seu grupo com o governo instalado em 2009.
Se desejar conhecer estes questionamentos é só verificar os arquivos do blog dos anos 2007 e 2008, quando o blog já fazia análises semelhantes a estas inclusive publicadas em diversos veículos não apenas de Campos.
O debate sobre a boa e eficiente governança é desejável.
O que não cabe aqui é coisa de torcida e muito menos ser menos pior do que o anterior.
Os bilhões dos royalties do petróleo que agora estão sendo observados por todo o país não se reproduzirão no futuro e todos serão cobrados pelo uso que se faz dele no presente.
O estudo a que o blog se refere saiu da Frente Nacional de Prefeitos e foi feito com dados da Secretaria do Tesouro Nacional e dos Tribunais de Conta, a partir dos dados que as prefeituras são obrigadas por lei a declarar em suas prestações de contas.
É evidente que cabe discussão sobre eles, especialmente nas comparações, mas elas não podem ser feitas com Macaé, Quissamã ou outro município recebedor de royalties da região, mas como outros de mesmo porte espalhado pelo país.
Por exemplo: por que os gastos ocm educação por habitante nossos são tão mais baixos que outros d mesmo porte que não têm a receita dos royalties.
Por que os gastos com pessoal de nossos municípios (Campos e Macaé) são tão mais altos que os demais municípios?
É evidente que uma coisa está ligado a outra. Se eu gasto mais com pessoal, não posto investir em educação e vice-versa, mesmo que eu tenha bilhões dos royalties.
Diante disto, mais que ficar vermelho ou rosa, o caso é de ficar roxo de irritação pela ilusão vendida ao nosso povo.
Sds.
Professor faça uma análise sobre os trabalhos executados pela PMCG. Tudo é tercerizado. Daí vão aos poucos uo de vez, sucatiando o que é público, inclusive os funcionários e aos longo dos anos os funcionários públicos ficam obsoletos...Veja em Ururarí: O certo era que a Sec. de Obras tivesse as máquinas para de forma sistemática fazer a limpeza dos canais e rio...Mas não é o que aconteceu...E assim vai...Bolsas para o privado em Educação Infantil e Ens. Fundamental em detrimento de construção e manutenção d eescolas públicas...Isso é o fim! Espero uma boa análise sua. Fica a dica!
O gasto está alto só se for pela quantidade de servidores mesmo, porque eu sou servidor, ganho menos do que os profissionais da mesma careira em empresas privadas e ainda por cima não tempos plano de cargos e salários.
A conclusão é: a prefeitura de Campos tem funcionários demais! Ainda tem fantasmas e funcionários q só trabalham um dia por semana. Pessoas q trabalhan até as 11 horas e vão embora, e ainda trabalham com má vontade. Tem q dá uma moralizada nessa prefeitura. Bota esse pessoal pra trabalhar na iniciativa privada pra eles verem o q é trabalhar realmente.
Acabo de me lembrar da época em que Maluf governou o município de São Paulo, quando o "rouba, mas faz" ficou em alta.
Aqui em Campos não é diferente, andando pelo interior vejo as pessoas com saudades de Arnaldo Vianna, porque "roubava, mas asfaltava, dava emprego, cesta básica, etc.", de Mocaiber, pouco ouço, mas de Rosinha prevalece as reclamações de buracos nas estradas e de que não constrói nada, nem um metro de asfalto, "quem fez foi Arnaldo, ela nem cuida".
Até quando teremos que conviver com esses políticos em Campos?
Me recordo de Arnaldo Vianna ter feito um governo de podridão, corrupção exagerada, mas asfaltou sim. Mocaiber foi mais tímido e não sabia administrar nem um condomínio de apartamentos. O resultado foi uma roubalheira embaixo do nariz dele e ele "não via". Com Rosinha, os superfaturamentos continuaram em alta, as terceirizações dispararam. Concurso público não é com a família Garotinho. Diga-se: todos três sempre amaram um cabidinho de emprego, principalmente em época eleitoral, só que Rosinha está exagerando, mesmo longe das eleições a coisa está gigantesca. Todos sabem que cada empreguinho-cabide, rende pelo menos quatro votos, portanto: 10 mil empregos, significam pelo menos 40 mil votos, e político nenhum quer perder isso, muito menos a família Garotinho, que faz uma péssima administração e só conseguirá ganhar se tiver muitos votos de terceirizados, dos hipossuficientes, dependentes das cestas básicas, ou "vale leitinho", sei lá o nome que eles dão agora, com seus familiares. Lembrando que esses, além de votar, ainda viram cabos eleitorais, multiplicando os votos.
Quando será que os eleitores de Campos tomarão vergonha e escolherão candidato sem vínculo com esse grupo podre que há anos se reveza no comando da cidade?
Nascimento Jr
nascimento.jr@bol.com.br
Esses dados demonstram que devem existir mais de 7000 funcionários contratados. Basta lembrar que Rosinha não fez concurso, nem contratou nenhum concursado.
Esta conta deve estar incluindo os terceirizados.
Essa queda de 2006 para 2008 deve ter coincidido com o TAC.
E o que dizer do funcionalismo público federal? Quanto o governo federal investe em custeio desse pessoal? Quanto o funcionalismo do IFFluminense custa aos cofres federais? IFF este que ainda se dá ao luxo de contratar uma empresa de comunicação para divulgar seus atos, apesar de ter realizado um concurso - duvidoso, diga-se de passagem -para contratação de jornalista.
Funcionalismo público é tudo igual.
Ilustre Professor.
Entendi que os números não são claros para a resposta inicialmente que fiz, pois gostaria de saber e nem mesmo a PMCG declara a quantidade de concursados e os antigos na ativa antes da CF de 88, que são legítimos ao serviço municipal.
Mais uma vez grato, deste assíduo leitor.
A população que critica e a mesma se houver oportunidade para entrar no serviço público não rejeita o favor político ou conhecido. Tem gente esmerando estudando para entrar pela porta da frente, infelizmente se criou um vício, pois servidor (aquele que serve), público (a população).
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