65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, março 13, 2011
A praça e os espaços urbanos plurais
Pode parecer provocação, mas é uma coincidência. Pode acreditar, ou não. Depois de postar a charge do Waltinho abaixo, é que o blogueiro leu o artigo, deste sábado, do arquiteto Sérgio Magalhães, em O Globo.
Mais uma vez, Magalhães fala da importância dos espaços urbanos na vida de uma cidade e começa falando do papel das praças, citando sobre a velha Praça Tahrir, epicentro dos conflitos políticos no Cairo, e da Cinelândia, espaço de uma das muitas convivências carnavalescas durante esta semana no Rio de Janeiro.
O blog separou três parágrafos contínuos que exploram a questão da convivência nos espaços urbanos, cujas praças podem e devem continuar a ser, por excelência, as ágoras do presente, como foram no passado. Os grifos são nossos:
“Uma praça, todos sabemos, é uma área livre, pública, cercada de construções. Mas, se fosse apenas edifícios + área livre, seria uma imensa maquete. É o uso que a qualifica. Isto é, o espaço urbano é o material e o espiritual somados na história, construindo a memória e a identidades coletivas.
Os cidadãos se reconhecem como parceiros ao compartilharem imagens e memórias. A identidade coletiva cimenta valores e permite que o embate quotidiano se estabeleça em bases mutuamente aceitas. É um verdadeiro acordo social promovido pelo usufruto dos bens culturais, dos espaços e dos signos coletivos.
Embora, hoje, essa construção social seja também formada por outros meios da cultura, desde o rádio e a TV até os tuíteres e internets, o espaço urbano mantém prerrogativa de lócus da interação social mais livre, a que se dá entre os diferentes. Na efervescência do imprevisto nos espaços da vida real – esta é a cidade. É o que faz a diferença entre as verdadeiras e emocionantes cidades e as idealizadas e racionais aglomerações fundamentalistas.”
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