65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, abril 30, 2011
Brisa
Quer dizer que a Skol sem ser 360º estufa e empapuça?
O blogueiro não é publicitário, nem passa perto dos conhecimentos desta área, para questionar ou condenar profissionais premiados e reconhecidos, mas ainda assim, vai dar seu palpite, aproveitando o propício dia de sábado.
Não parece inteligente a propaganda da cerveja Skol para um de seus novos produtos que foi chamado de cerveja 360º. Segundo a Ambev, seu fabricante, esta nova cerveja é possuidora de atributos de inovação, pesquisados por mais de três anos, tendo como resultado “uma cerveja que não estufa”.
Uma grande campanha foi para as ruas, desde a última quarta-feira, em TV, spots de rádio, anúncios em revistas, além de ações promocionais como degustação e materiais de pontos de venda divulgando o conceito do "homem baiacu", que define segundo seus idealizadores, de modo divertido, quem se sente estufado quando bebe cerveja.
Como a fabricante continuará com a venda da sua cerveja tradicional que durante anos comercializou, imagino que, pelo menos indiretamente (ou diretamente), o consumidor poderá fazer uma relação diferente da imaginada pelo publicitário, até porque, mesmo, com bom humor você pode ser um baiacu, mas a partir daí, ter a lembrança, que uma destas causas foi a cerveja daquele fabricante, não me parece uma sacada inteligente.
Acho (por isto é palpite) que a publicidade flertou aí com uma fronteira, digamos que perigosa, na relação com o consumidor de um produto, que se sabe que é altamente influenciado, exatamente, pela propaganda.
Veja abaixo a propaganda de lançamento da campanha feita para a TV, tire suas conclusões e tin-tin BAIACU!
Italva, o município fluminense com maior percentual de idosos
“A democracia em Macaé tem que ser aprimorada, a cidade vai dizer isso a partir de agora”
sexta-feira, abril 29, 2011
Mais água potável para SFI
A PMSFI e a Cedae assinaram no ano passado um convênio para a realização de uma obra orçada em R$ 2,5 milhões que prevê a perfuração de mais dois poços em Gargaú além de um 18 quilômetros da rede que deve beneficiar cerca de 15 mil habitantes.
Atualmente, São Francisco é abastecida por 4 poços que estão instalados em Gargaú. A distribuição alcança um raio de aproximadamente 80 mil metros, passando por Gargaú, Santa Clara, Guaxindiba e o centro de São Francisco.
As obras prevêem a perfuração em rocha de dois poços, com profundidade aproximada de 170 metros e a instalação do conjunto motor-bomba e painel de comando.
Para interligar os dois novos poços ao reservatório, em Gargaú, serão assentadas duas adutoras de água bruta de 150 milímetros de diâmetro, com 1.500 metros de extensão cada uma.
Estão previstas também a recuperação dos equipamentos eletromecânicos das duas elevatórias de água tratada com a substituição de peças compatíveis com a nova vazão. As obras estão previstas para começar na próxima semana.O município de São Francisco do Itabapoana precisa de uma atenção maior dos governos estadual e federal. É um dos municípios com os mais baixos indicadores de saúde, educação e condições sociais. Em nosso estado, que nos resultados do IBGE divulgados hoje, apresentou o maior índice de urbanização entre todos da federação, com 96,7% da população morando nas cidades, SFI tem ainda, cerca de 50% de sua população morando nas áreas rurais e sendo um dos grandes produtores de alimentos para a população de nosso estado e do vizinho Espírito Santo.
Oportuno ainda não esquecer, que o município de São Francisco do Itabapoana, com 1.111 Km² é o segundo maior em extensão territorial do estado, só ficando atrás de Campos, o que torna os problemas e suas soluções mais complexas e caras, sendo que possui um orçamento muito inferior, quando comparado, aos dos municípios vizinhos, ao norte e ao sul, que recebem royalties como produtores de petróleo.
Reintegração de posse de terra no Açu
Leitora reclama de atenção da PMCG
Abaixo a Censura!
Vereador Danilo Funke ameaçado de cassação por transmitir pelo twitcam a sessão da Câmara de Macaé
Por e-mail o blog recebeu pedidos de apoio ao vereador, encaminhado pelo Marcelo Silvano, secretário geral do PT em Macaé:
“Estão querendo punir um mandato digno, de um vereador jovem, eleito pelo povo apenas por lutar pela transparência e pela verdade. Será um grande escândalo, tantas coisas temos acompanhado na cidade e ninguém é cassado, ninguém sofre nada. Mas um camarada que tem enfrentado o péssimo sistema de transporte, defende os trabalhadores e estudantes, caminha junto aos movimentos sociais e faz críticas a administração municipal pode perder seu mandato porque fez o que deveria ser feito. Danilo dignifica a política macaense, ganhou as eleições em 2008 sem comprar um voto, encampando o sentimento de mudança para dentro da Câmara e num projeto voluntário, de juventude e de amigos está marcando a história de Macaé por sua trajetória que serve de exemplo para tantos e tantos homens públicos. Quisesse Deus que uma pequena parte de todos os parlamentares do Brasil tivessem a bravura e a dignidade de Danilo Funke, de Macaé. Galera, estão tentando um golpe sem precedentes na história de Macaé. Um afronte a democracia e ao controle social do parlamento. Vamos divulgar e fazer desse golpe uma vergonha por todo o mundo.”
Diretor de biblioteca responde reclamação
Em respeito a você e aos leitores do blog venho elucidar algumas dúvidas da professora Maria Amélia Pinto Boynard, da qual reputo ter boas relações no passado, em matérias feitas para o Monitor Campista. De acordo com funcionários antigos, havia ordem de não deixar ninguém consultar os próprios livros na sala do acervo - climatizada. Aliás, a climatização é uma conquista deste governo, uma vez que antes, os consulentes tinham de enfrentar o calorão. Porém, ao assumir a Biblioteca Municipal Nilo Peçanha, revoguei o absurdo da norma que proíbe que livros sejam lidos numa biblioteca. Gostaria que a professora informasse qual foi o funcionário que contrariou a ordem e a lógica, para que ele seja reorientado, a bem do público. Talvez a professora, saudosa do descaso administrativo do passado, ao invés de procurar a administração da biblioteca para dirimir dúvidas, tenha ido ao blog na tentativa de depreciar o excelente trabalho que esta administração vem realizando. Paulatinamente e de maneira correta."
Campus Itaperuna do IFF segue mobilizando
As catadoras do Lixão de Campos ficarão abandonadas?
O professor e assistente social, Renato Gonçalves, lendo a nota abaixo sobre a Vital Engenharia, enviou ao blog um e-mail com a seguinte informação/ponderação:
“Roberto, boa noite, a respeito da postagem do contrato da PMCG com a Vital feita no blog, gostaria de lhe informar que hoje os representantes da sociedade no CMAS impetraram com uma representação no MP questionando a situação das centenas de catadoras que ficarão "desempregadas" com o fim da atividade do lixão e o pouco aproveitamento desta mão de obra na futura usina de reciclagem. Lendo a representação é possível compreender melhor a questão.
Leia e divulgue se achar interessante. Um abraço,
Renato Gonçalves.”
Do documento o blog retirou esta informação:
“No diagnóstico realizado em março de 2008, foram cadastrados 258 catadores, sendo 58% de mulheres. A renda da catação foi apresentada como a principal renda da família, mesmo para aqueles que são beneficiados por algum programa de transferência de renda (Bolsa Família ou Cheque-Cidadão). Dos trabalhadores entrevistados, 38% são catadores há mais de 10 anos, 21% têm entre 6 e 10 anos no lixão, 29% entre 1 e 5 anos e 11% até 1 ano.
A Terra Prometida concentra 39% dos catadores, seguido do Parque Eldorado (11%), Parque Santa Rosa (9%), Vila Industrial (7%) e Codin (6%). A maior preocupação dos catadores, como já adiantamos, é com a desativação do aterro controlado ou “lixão”, nas suas palavras, em decorrência da nova política de resíduos sólidos aprovada em agosto/2010. Segundo os mesmos, eles perderão a sua principal atividade de renda. De acordo com os técnicos da Empresa Vital Engenharia Ambiental responsável pela COLETA E DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNÍCÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES, apenas 90 trabalhadores serão aproveitados na nova Usina de Reciclagem, um número bastante inferior àquele apresentado pelo diagnóstico (258) e pelos relatos dos próprios trabalhadores (mais de 300 catadores). As demais dúvidas são quanto ao início das atividades, aos critérios para a contratação, à situação de exclusão daqueles que não serão aproveitados, geralmente, aqueles que estão na catação há mais de 20 anos.”
Quem desejar ler na íntegra a representação que os membros da sociedade civil no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) de Campos é só clicar aqui.
Concurso para a Transpetro terá 206 vagas
As vagas de nível médio são para técnico ambiental; técnico de administração; técnico de contabilidade; técnico de enfermagem do trabalho; técnico de faixa de dutos; técnico de inspeção de equipamentos e instalações; técnico de manutenção para as áreas de automação, elétrica, instrumentação e mecânica; técnico de operação; técnico de segurança; e técnico químico.
Para o nível superior, os cargos disponíveis são: administrador; analista de sistemas; contador; economista; médico do trabalho; profissional de meio ambiente; químico de petróleo; e engenheiros para as áreas de análise e projetos de investimento, automação, civil, elétrica, geotécnica, mecânica, naval, processamento, produção e segurança."
10 Anos do Arquivo Público de Campos
quinta-feira, abril 28, 2011
Otimismo ou especulação?
“Campos é a bola da vez, devido aos investimentos da área de petróleo da Petrobras, da OSX e de outras empresas. Vai crescer muito nos próximos anos.”
Pagamento à empresa de Limpeza Pública é mais do que o dobro de todas as demais concessionárias
Reunião do Conselho Municipal de Habitação
Lei municipal reúne as fundações municipais da área de Saúde em Campos
Adiada reunião do Conselho Municipal de Saúde de Campos
Ainda sobre as desapropriações no Açu
Três pontos ainda devem ser observados na questão das desapropriações de terras, na região do 5º distrito de São João da Barra:
1) Considerado o tamanho da área a ser desapropriada e os valores que estão sendo definidos pelos avaliadores contratados pelo estado, entre terras e benfeitorias (curral, cercas, plantações, etc.) é possível estimar um valor total entre R$ 150 e R$ 200 milhões;
2) O acordo firmado pela Associação dos Produtores e a Codin, na última terça-feira, para por fim às manifestações e interrupção dos acessos à área em que o porto do Açu está sendo construído, prevê o pagamento do que está sendo chamado de ressarcimento de lucros cessantes (valor produzido nas propriedades) mensalmente até o recebimento da indenização definitiva, que tem a função de compensar os proprietários que vão perder o dinheiro hoje gerado com a produção do uso de suas terras, que agora estão sendo alvo de desapropriação por parte do governo estadual. A medida parece justa, mas a pergunta é: quem vai pagar por isto? Qual a garantia que os produtores terão da continuidade deste pagamento depois que efetivamente sair das terras até o recebimento das indenizações?
3) Por último, mas não menos importante, é identificar, que mesmo os proprietários que aceitam receber os valores definidos pela desapropriação, sem questionamentos jurídicos, eles terão (a maioria) muita dificuldade para ter acesso a este dinheiro, porque, são poucos que têm a sua documentação completa e em dia, em termos de registro em cartório. Sendo assim, mais do que abrir um escritório da Codin no Açu, o que caberia ser empreendido é a montagem de uma boa estrutura, para numa espécie de mutirão, legalizar as propriedades em questão.
É evidente que há gente interessada em interferir nas questões entre o estado, o grupo empresarial e os produtores, com objetivos de auferir vantagens financeiras e/ou políticas.
Porém, não há como fugir deste processo. Numa sociedade complexa como a que vivemos com interesses de toda a sorte, não há como imaginar algo diferente disto. Portanto, há que se enfrentar a questão.
Neste ponto, é desejável que as partes envolvidas sejam transparentes, joguem de forma clara expondo suas necessidades e pontos de vista e que haja espaço para o dialogo e a busca de soluções negociadas.
Num ambiente assim, mais arejado, os exageros e absurdos terão sempre menores espaços para avançar. Fora daí, os oportunistas de sempre estarão aí para criar as dificuldades e vender as facilidades, quase sempre em nome e benefícios próprios. Acompanhemos os desdobramentos!
Preciso estudar mais!
Esta é a conclusão que chego ao tomar conhecimento da pesquisa, divulgada ontem, pelo Ministério da Saúde, informando que quem tem menos estudo tem mais hipertensão. O meu caso não deve ser grave, pode ser que apenas um cursinho de atualização dê conta do problema, porque mesmo com remédio, a pressão não sai dos 15/10. Dizem os médicos que o humor também ajuda a reduzir o stress e a pressão... a conferir!
Comissão da Alerj ouve o TCE-RJ sobre o uso dos royalties
A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) criada para acompanhar o cumprimento da Lei de Transparência nos Gastos Públicos no estado, ouvirá, nesta quinta-feira (28/04), às 14h30, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Jonas Lopes de Carvalho Junior, sobre o direcionamento dado aos royalties do petróleo.
Aluna reclama contra violência na E.M. Maria Lúcia no Turfe
quarta-feira, abril 27, 2011
Mais reclamação contra a Águas do Paraíba
Secretaria de Educação de SJB faz reunião de planejamento com os 34 diretores das Escolas Municipais
Leitor do blog reclama de falta de área verdes e parque em Campos
Reclamação de professora do município de Campos
Recebida por e-mail:
"Bom dia Professor Roberto Moraes!Em primeiro lugar, peço que você não divulgue o meu nome. Pois essa insatisfação não é só minha, e sim de muitos professores da Rede Municipal de Campos dos Goytacazes.
TODO O TRABALHADOR DEVE TER O SEU DIREITO RESPEITADO.
Professora Insatisfeita."
Bolsas-esporte terão cotas de 30% para mulheres
A informação é da Ascom da Alerj:
“Programas de incentivo ao esporte no estado terão cotas para mulheres”
“Agora é lei: programas de incentivo ao esporte mantidos ou financiados pelo Governo do estado deverão reservar cota de 30% para mulheres. É o que estabelece a lei 5.958/11, publicada no Diário Oficial do Executivo desta quarta-feira (27/04). Assinada pela presidente da comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, deputada Inês Pandeló (PT), tem como objetivo fomentar a prática esportiva entre o público feminino e descobrir novos talentos."
Passagens para vôos Campos-Rio por R$ 99
terça-feira, abril 26, 2011
Entendendo o problema das desapropriações no Açu
Entendamos então a questão. Quando a EBX, a holding que congrega os diversos empreendimentos decidiu instalar no Açu uma unidade de beneficiamento de minério de ferro aqui adquiriu duas grandes propriedades: Saco Dantas e Caruara.
Bom relembrar que a própria EBX admitiu, que a instalação no Açu deveu-se, basicamente, ao fato desta ser a única grande área litorânea disponível e barata, em toda a região Sudeste.
Mais, as grandes áreas, destas duas propriedades facilitava o processo de aquisição, difícil de ser negociadas, se fossem pequenas glebas, como as que circundavam estas duas grandes fazendas, em áreas de restinga com pouca utilização agrícola ou pecuária.
Assim, foi dado o start para os projetos do mineroduto, da ampliação da lavra no estado de Minas Gerais, do projeto do porto, que com a valorização do minério de ferro no mercado internacional, ganhou outras possibilidades com a agregação da geração de energia elétrica com o carvão retornado dos navios que levarão o minério, com as atividades de exploração de petróleo no litoral da região, com a entrada da empresa inglesa, Anglo American como sócia (49% da MMX) e do BNDES (12% da LLX) como sócios dos primeiros negócios, etc..
Assim, o projeto se estendeu para a perspectiva da implantação do conceito de porto-indústria e do Complexo Logístico Industrial, hoje conhecido, com a definição da construção do estaleiro para construção de plataformas e dos navios para extração de petróleo no mar, das perspectivas de duas siderúrgicas, uma montadora de automóveis, etc.
Antes do avanço destas perspectivas, o grupo EBX, diante da exigência do Inea (Instituto Estadual de Ambiente) de garantir uma grande área para instalação de uma unidade de conservação, na maior área de restinga do Brasil, exatamente em toda a extensão da Fazenda Caruara (aproximadamente 5.000 hectares) ameaçou desistir do negócio na região, por conta das dificuldades em viabilizar a área para todo o empreendimento.
A EBX havia projetado instalar em uma fazenda os seus empreendimentos e na outra um distrito-industrial particular, se tornando sócio de todos os empreendedores que ali se instalassem, pela garantia de fornecimento de área para sua instalação, mais o fornecimento de água, energia elétrica, tratamento de resíduos e ainda a logística para escoamento da produção.
A perda da Fazenda Carura para ser uma RPPN (Reserva de Proteção Natural) de proteção à restinga, exigia que o grupo adquirisse, individualmente, as glebas menores dos produtores rurais, que já sabedores do empreendimento, valorizaram seus valores de venda. A LLX chegou a adquirir algumas destas propriedades, mas, não para suprir o que tinha antes com a Caruara.
Aí entra a solução de que a Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro) viabilizasse, junto da PMSJB, a implantação um Distrito Industrial, articulado com o porto, numa concepção de um único Complexo Logístico-industrial.
Para viabilizar o Distrito Industrial o governo estadual entraria com o seu poder e com o (alegado) “interesse público desapropriando estas pequenas propriedades, segundo avaliações anteriores ao empreendimento a partir de avaliações de órgãos governamentais e da Justiça.
É evidente, que os proprietários, desde o início rejeitaram as ofertas feitas. As reações foram crescendo. Os valores aumentaram um pouco e o grupo EBX, se dispôs a dar uma contrapartida de viabilização de vilas com projetos articulados de geração alternativa de renda.
As áreas para o Corredor Logístico também e inseriram neste problema, na medida do seu tamanho e da hipótese de seu traçado cortar propriedades diminuindo, assim, os seus valores. Tudo isto, acabou por incrementar a reação que agora se percebe mais claramente.
É possível identificar uma relação pouco clara entre o interesse público e privado em todo este processo.
Se o grupo EBX pretende, realmente, se estabelecer na região com um diálogo frutífero com suas comunidades, numa concepção que se apregoa da Responsabilidade Ambiental e Social e daquilo que as empresas passaram a chamar de Sustentabilidade dos seus empreendimentos, há que se ter uma nova forma de se articular com as comunidades locais e regionais.
Simplesmente, dizer que o atual o problema é do governo do estado e da Codin, não condiz com tudo que se sabe do histórico da instalação do empreendimento no Açu, e da evidente compreensão de que todo este conflito, natural em situações de contraposição de interesses, não tiver um fórum de busca de soluções, para a instalação do empreendimento que projeta investir cerca de US$ 50 bilhões.
Assim, a Gestão Integrada do Território (GTI) defendida como instrumento de negociação, regulação e busca de uma nova governança, pelo grupo EBX, para as áreas de influência do empreendimento, tem um bom exemplo do que pode ser o marco do diálogo e da busca negociada de soluções.
Assim, o blog expõe as informações para que a nossa comunidade possa avaliar melhor o que está ocorrendo, desde as primeiras horas de ontem, nos acessos à localidade do Açu, no município de São João da Barra, e também permite que os investidores (que ontem alteraram os valores das ações do grupo na Bovespa) possam identificar com mais clareza as questões relacionadas aos interesses do grupo EBX nesta região.
Por fim, mas não por último, é importante identificar que cabe aos gestores públicos o papel de reguladores e de articuladores de soluções que satisfaçam aos interesses de todas as partes envolvidas na questão. Acompanhemos os desdobramentos!
PS.: Atualizado às 02:40 de 27-04-2011: Veja abaixo a cópia digitalizada dos decretos estaduais de desapropriação na região do Açu. O primeiro é para a implantação do Distrito Industrial e o segundo para o Corredor Logístico. Eles foram publicados no DOE em 29 de outubro de 2010. Para melhor visualização da imagem clique sobre ela.
A diferença
O PSDB não sabe fazer oposição. Ouve-se isto quase que diariamente. Da mesma forma, se escutam os comentários de que o PT fez bem este papel durante 22 anos, que o PSDB parece não saber fazer por um dia.
Porém, há que se perceber, uma ligeira, mas significativa diferença: a maioria dos petistas, e também adversários, imaginavam, mesmo que não verbalizassem, que iria fazer isto por muito tempo, ou até por toda a vida. Assim, facilmente, convenciam aliados e adversários. Enquanto isto, o PSDB faz oposição, já pensando que será, no dia seguinte, situação.
PCdoB prepara lançamento de pré-candidatura em Campos
A professora Odete conta com a vinda de dois nomes de peso do PCdoB à Campos, em data próxima que ainda está sendo fechada, para o lançamento de sua pré-candidatura pelo partido.
O Ministro dos Esportes Orlando Silva e o pré-candidato a Prefeito de São Paulo Netinho de Paula estão incluídos na agenda que está sendo montada e será divulgada nos próximos dias.
A professora Odete bem cotada, em pesquisas realizadas até aqui, espera ampliar o leque de apoio partidário e sonha com o apoio do governo estadual que, no entanto, gostaria de vê-la no PMDB, hipótese que ela rejeita.
segunda-feira, abril 25, 2011
Morador Ururaí continua reclamando da Águas do Paraíba
Evitemos no Açu o erro da CSA
O alemão Herbert Eichelkraut, presidente da grande siderúrgica (ThyssenKrupp CSA) que se instalou na zona oeste da capital, com investimentos de R$ 15 bilhões, na época, um recorde na América Latina, admitiu publicamente o erro de avaliação do seu empreendimento:
"Acreditamos que a criação daquela quantidade de empregos era suficiente para justificar a presença da empresa".
Agora, depois de questionado pelo prefeito do Rio e pela comunidade onde está instalada, a empresa quer mudar a sua imagem.
O exemplo é interessante de ser observado com atenção. Quem desejar leia aqui a íntegra de sua entrevista publicada no dia 21 de abril no jornal O Globo e tire as suas conclusões sem deixar de observar o que detalharemos abaixo:
Bom recordar que para o Complexo Logístico-industrial do Porto do Açu (CliPa) estão projetadas duas siderúrgicas. A que esta mais adianta, no projeto é a Ternium, que no momento está com o seu EIA/Rima em fase de análise. O empreendimento da chinesa Wisco, deverá ser apresentado mais adiante.
A siderúrgica Ternium tem uma área prevista para implantação de 1.389 ha. Ela tem quatro fases previstas. A fase 1 será construída e operada uma planta para produção de pelotas, com capacidade para produção de 7,0 milhões de toneladas por ano de pelotas.
Na fase 2 serão instaladas as demais unidades necessárias a produção do aço, constituindo um complexo siderúrgico integrado com capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas por ano de placas de aço destinadas em sua totalidade à exportação e produção excedente de 4,8 milhões de toneladas por ano de pelotas de ferro para venda.
Na fase 3 será duplicada a capacidade produtiva do complexo siderúrgico para 5,6 milhões de toneladas por ano de placas de aço, além da instalação de plantas de produção de aços laminados a quente destinados principalmente à exportação.
Na última fase de implantação, fase 4, haverá um novo aumento na capacidade produtiva do complexo siderúrgico para 8,2 milhões de toneladas por ano de placas de aço, além da instalação de uma planta de produção de laminados de aço a frio e nova planta pelotizadora.
A Ternium prevê um quantitativo de 18 mil pessoas trabalhando no pico da obra e 11 mil trabalhadores, entre diretos e terceirizados, quando estiver operando plenamente.
Por tudo, isto, é oportuno observar, aprender e avançar em relação aos outros. Independente da siderúrgica, todo o empreendimento do CliPa precisa ser observado como algo que vai gerar muitas outras coisas, além dos empregos
Receba um % do ICMS pago nas compras pela internet
Arrombamentos de lojas na área central de Campos
Por e-mail o blog foi informado:
“Roberto, mais de 7 lojas foram arrombadas e lesadas na área central entre a Oliveira Botelho e rua formosa neste feriadão e nenhum policiamento foi reforçado depois disso, os comerciantes da área estão em pânico e sem esperança.”