Ouvindo trabalhadores e gente da comunidade do Açu foi possível anotar comentários que rolam neste momento pós-greve:
1) A grande motivação para a greve é a diferença de salário recebida pelos funcionários da ARG Port Civil que trabalham no porto de Sepetiba e aqui no porto do Açu em São João da Barra;
2) A irritação é maior com o piso salarial da categoria dos trabalhadores da Construção Civil pagos atualmente em nossa região após dissídios ou acordos coletivos;
3) Na quinta-feira os gerentes da obra, depois que os dois acessos ao Porto pela Vila do Açu e o outro, por pela entrada da obra via a BR-356 foram ocupados pelos grevistas, preocupados com possíveis desentendimentos nestes pontos, usaram um helicóptero de 12 lugares, fretado de uma empresa que opera o transporte aéreo de trabalhadores off-shore. Com esta função, a aeronave fez três viagens entre a sede da LLX e o aeroporto de Campos;
4) Que os gestores das obras solicitaram as fitas das emissoras de TV locais para identificar os líderes do movimento;
5) Que uma lista dos líderes dos movimentos grevistas nas grandes obras em todo o Brasil estaria sendo compartilhada, entre as construtoras, para possíveis demissões e impedimento de futuras contratações;
6) Que a solução de pagar sob a forma de gratificação e não de correção do salário é para não impactar o salário mínimo da categoria em Campos e na região, já que uma das principais questões era a equiparação salarial com os trabalhadores da empresa em outras cidades. Assim, foi acordada a questão sobre o plano de saúde e o pagamento das horas itinerantes que são aquelas gastas pelos operários no deslocamento de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
O blog abre o espaço para possíveis posicionamentos por parte, tanto dos trabalhadores, do sindicato, quanto das empresas envolvidas no processo. As negociações foram feitas e o acordo firmado, porém, as conversas prosseguem e, espera-se que o diálogo prossiga.
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