Um acordo com a empresa Taianesa Foxconn, durante viagem da delegação brasileira à China, liderado pela presidenta Dilma, abriu espaço para que seja criada em São Paulo, o que está sendo chamado de “Cidade inteligente”.
Nela viveriam cerca de 420 mil pessoas e a engenharia eletrônica seria o seu motor com objetivos de inovação que permitirá o intercambio de mil engenheiros brasileiros que iriam à China e atuariam depois em projetos futuros de produção de partes importantes de celulares, tablets e computadores e outros.
Ao contrário de antes que a produção se dirigia à Zona Franca de Manaus, aparentemente, todos estes projetos visualizam o interior do estado de São Paulo como área preferencial de instalação.
Hoje, Jundiaí, próximo à capital e Campinas já concentram a produção de alguns destes equipamentos. Este encaminhamento parece estar ligado à demanda de apoio e desenvolvimento tecnológico mais presente na região Sudeste.
Desta forma, é possível também começar a identificar a mudança gradual, mas parece que permanente, da base da produção industrial paulista, que perdeu muitas montadoras, uma parte da indústria metal-mecânica, de calçados e outras, por conta do seu maior custo de mão-de-obra entre outros fatores e agora parece se voltar para a área em que o valor agregado da produção ligado à alta tecnologia e à inteligência são maiores e os impactos tendem a ser menores.
Para, os demais estados, tenderão a ficar as estruturas de exportação de commodities ligadas à indústria extrativista e de indústria de base e produção de energia, de certa forma, mais intensiva em geração de empregos (mais na construção que na operação), mas também mais impactante, sob o ponto de vista ambiental e social.
É interessante observar a mudança que a economia brasileira vai vivenciando com a ampliação de suas relações comerciais pelo mundo. Pelos interesses regionais envolvidos e negociações já em andamento, parece pouco provável que a holding EBX consiga trazer para o Complexo do Açu este novo tipo de atividade que seria mais interessante na relação custo-benefício. A conferir!
3 comentários:
Caro Roberto, lembro de ter lido um artigo (tenho que procurar) do laureado Paul Krugman no qual questiona com cálculos objetivos esse potencial de "agragação de valor" do setor de TI em comparação com a indústria automobilística. É claro que tem como foco o contexto norte-americano, mas parece interessante e consistente contraponto.
Abç
Olá Gustavo,
Você me enviou este artigo e em resposta eu já questionava que embora ele tivesse razão, a meu juízo, isto era em parte, porque, fora dos EUA, esta diferença é maior, muito maior, depois do que eu vi em Resende (Volks/MAM) e Porto Real (Peugeot/Citroen) sustento esta diferença ainda mais veementemente.
Porém, concordo que é um bom debate. Mais interessante ainda é ver a geografia econômica do produção massificada/fordizada saindo de SP em direção a outros pólos.
Abs.
Caro Roberto
Quando sera que a Fenorte tera alguma utilidade que não seja pagar diarias para seus comissionados e eventuais agregados (puxa saco)? O festival de diarias por la é algo nunca visto. É só consultar o Siafem que os absurdos aparecem. em determinados meses o presidente "fatura" mais de R$ 10.000,00 a titulo de diarias. Pra onde? Tratar sobre o quê? Com quem? Certos diretores tem "viajado" tanto que parece que a instituição é coisa séria. Mas essa jente é tal e qual o poderoso chefão, ao qual devem cega obediencia, (Bacellar) isto é mutreteiros em pura essência.
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