"Alteração do nome do Parque" Dar nome correto para um parque pode fazer a diferença no futuro. A denominação aventada de Lagoa do Açu, não é adequada ou atrativa pois: Nunca existiu lagoa do Açu, mas sim rio Açu, por onde fluiam as águas da Lagoa Feia para o mar. Tornou-se lagoa devido ao impacto ambiental de obras muito antigas. Basta ver o forma do corpo d’água; A maior parte da área protegida não é da lagoa do Açu. O banhado a oeste dela não tem este nome; O que de mais valioso existirá no parque são pantanais rasos (alagados, banhados ou brejos), uma amostra de como era a planície dos Goitacazes antes de ser significativamente drenada;
Tendo em vista estes aspectos sugiro que o nome seja alterado para Parque Estadual do Pantanal dos Goitacazes, ao mesmo tempo homenageia os índios que viviam em toda a planície e os ecossistemas. O termo pantanal, além de ser tecnicamente legítimo para o ecossistema predominante no futuro parque, tem apelo popular muito maior que “lagoa do Açu”, brejo, alagado ou banhado, este último mais empregado no sul do Brasil. O parque nasceria com um nome muito forte, uma marca para atrair simpatias e visitantes para conhecer e valorizar os ecossistema e a região. Abrangência Espacial Recomenda-se a não-inclusão da Lagoa Salgada e de parte do rio do Açu a jusante da ponte de Maria Rosa ao Parque. Em contrapartida, sugere-se a inclusão de áreas de alagados a oeste da lagoa Lagamar e do trecho da praia do Açu situada a partir da barra do rio do Açu para o sul até a estrada de Maria Rosa, pois a praia deserta é um enorme atrativo, além de abrigar vegetação de restinga e livrar a região de loteamentos de baixa qualidade sem qualquer infra-estrtutura. A medida em nada afetará o mercado imobiliário, já que existe um estoque gigantesco de lote vazios. Ao contrário, a existência do parque irá valorizar os lotes. Por fim, uma estrada litorânea ali é bastante arriscada devido a instabilidade do litoral. O Rio Açu Simultaneamente a criação do Parque, é recomendado que seja estabelecido o Refúgio da Vida Silvestre (RVS) do Rio Açu, abarcando o trecho do rio a jusante da ponte de Maria Rosa até a barra, pois a medida não implica em desapropriação ou impedimentos à pesca, mas freia a tendência de ocupação das margens, materializa a faixa marginal de proteção, ordena a pesca e protege o rio e seu manguezal da foz. O rio Açu tem grande potencial turístico e recreativo e se encontra em bom estado, mas ameaçado pelo avanço da área urbana de Barra do Açu. Cabe assinalar que RVS não impede a pesca nem o uso público. O Refúgio pode ser também gerenciado pela equipe do Parque. Proibir a em pesca em todo rio Açu não é prudente. Lagoa Salgada No entorno da Lagoa Salgada vive uma população bastante pobre, que tira seu sustento plantando em solos de baixíssima produtividade agrícola devido a consistência arenosa. No primeiro momento, talvez seja melhor declarar a lagoa e seu entorno como Monumento Natural, e trabalhar a gestão com a comunidade de modo a melhorar o padrão de vida dela com o turismo e ao mesmo tempo melhorar a lagoa e suas margens. A inclusão da lagoa no Parque crirá conflitos e inseguranças sociais desnecessárias que consumirão tempo e energia. O Monumento Natural pode ser perfeitamente administrado pela equipe do Parque Estadual.
Alagados a oeste da Lagoa Lagamar A oeste e bem próximo da lagoa Lagamar esta uma área de alagados fundamental para a proteção da Vila de Farol de São Tomé contra enchentes, que merece ser avaliado para inclusão no parque."
PS.: As fotos da Lagoa do Açu nesta postagem foram feitas pelo blogueiro em 01-04.2011. Clique sobre elas para ver em tamanho maior.
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