Da revista Carta Capital:
“O XII Plano quinquenal chinês: adeus a “Chimérica”
Reorientação do modelo chinês de exportação
"O governo compreendeu as lições da crise e quer mudanças. Festejado como o “primeiro plano quinquenal verde da história da China”, o plano prevê, para 2015, um país mais verde e mais social, igualitário, urbano e educado.
O Partido Comunista Chinês fixou uma meta de crescimento econômico médio de 7% até 2015. Um crescimento pausado, uma clara redução do consumo de energia e matéria primas, salários reais mais altos, um aumento do consumo privado, uma expansão do setor de serviços, um estado social mais generoso e melhor equipado: tudo isso tem consequências para a economia mundial.
O que se propõe aqui é nada mais nada menos que a despedida da “Chimérica”, a assombrosa interdependência econômica entre a China e os Estados Unidos. Os chineses querem, em um futuro próximo, exportar melhores produtos, produtos de alta qualidade, e, para isso, estão investindo massivamente na pesquisa tecnológica em suas indústrias estratégicas e na importação de tecnologia. Em última instância, a China diminuirá seu peso na balança comercial com os EUA e também a quantidade de dívida estadunidense em dólares em suas mãos. Isso coloca a pergunta sobre quem refinanciará, no futuro próximo, o déficit estatal estadunidense, caso os chineses prefiram investir seu dinheiro em matérias primas e empresas estrangeiras ao invés dos títulos do tesouro dos EUA.
Investimento em educação
A China quer acelerar a mudança estrutural de olho nas novas indústrias estratégicas como são as tecnologias da informação, as biotecnologias, os combustíveis não fósseis, as tecnologias ambientais, as novas matérias primas, os meios de transporte alternativos (automóveis híbridos e elétricos) e a tecnologia de ponta (trens de alta velocidade, satélites, “fábricas inteligentes”). Seu volume no Produto Interno Bruto do país deve aumentar 3% até 2015. A expansão do moderno de setor de serviços seria encarregada de domar o tigre do desemprego – até o momento o principal argumento contra o freio à economia exportadora – e o tigre da inflação (atualmente em torno de 4%)."
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Um comentário:
Vítimas de abuso protestam contra beatificação de João Paulo 2º
Grupos de apoio a vítimas de abuso sexual por religiosos fizeram protestos nos EUA e Europa contra a beatificação de João Paulo 2º, sob cujo pontificado foram feitas as primeiras grandes revelações de escândalos na área.
"É um absurdo honrar aquele que essencialmente, por esconder e proteger os culpados, sancionou a malfeitoria", disse à Folha Barbara Blaine, presidente da Snap (acrônimo inglês para Rede de Sobreviventes de Abusos de Padres).
Maior grupo do gênero no mundo, com 10 mil membros, a Snap foi fundada em 1988 --bem antes de o grande escândalo americano de pedofilia de padres estourar, em 2001 nos EUA.
"Em mais de 25 anos, esse homem tão poderoso não fez quase nada para proteger nossas crianças", disse ela, que foi abusada em sua infância. O grupo fez protestos em 70 cidades americanas.
IGOR GIELOW
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