Cortador de cana com participação nos lucros e plano de saúde

Trabalhadores do corte de cana com direito à participação nos lucros da empresa, direito a planos de saúde e odontológico, seguro de vida, carretas no campo com banheiros, áreas para alimentação e descanso, água gelada, etc.

A inovação que parece miragem não é aqui. Ela estaria implantada em Minas, São Paulo, Mato Grosso e Tocantins pelo grupo americano Bunge que entrou nos negócios do setor sucroalcooleiro no Brasil, com sete usinas processando 13,4 milhões de toneladas de cana e com previsão de investir mais US$ 350 milhões só neste ano, para atingir a capacidade de moagem instalada que é de 21 milhões de toneladas de cana.

Tirando a diferença que muitas vezes acontece entre o que se noticia e o que fato se viabiliza no local, esta realidade é bem distinta do que se conhece, não apenas em Campos e região, mas, na maioria dos locais onde este tipo de produção extensiva é predominante.

No caso da Bunge, além dos benefícios diretos aos seus empregados, a empresa anuncia que em Tocantins, onde instala a sua oitava usina, estaria elaborando um plano de desenvolvimento regional no entorno do município-sede, de Pedro Áfono, articulado com os governos municipais e estadual, para a busca de soluções para questões básicas, desde formação profissional da população local até distribuição de água e coleta de lixo, com investimentos previstos para os próximos 5 anos, de cerca de R$ 6 milhões. Se verdadeira, uma baita diferença!

PS.: O grupo Bunge tem no Brasil cerca de 8 mil funcionários. Segundo a empresa, o salário mais baixo da empresa equivale a 106% do salário mínimo local. Veja aqui dados do relatório do grupo empresarial.