sábado, junho 18, 2011

Descriminalização do uso da maconha tem pouco efeito na luta contra as drogas

O assunto é polêmico e não deveria ser tratado apenas como “quebra de tabus” como fala FHC, em seu filme-documentário, mas não pode deixar de fazê-lo.

Porém, o que eu ainda não entendi, mesmo não sendo alguém com visão aprofundada do assunto, é que pelos que alguns especialistas dizem, a maconha vem deixando de ser, pelo menos no Brasil, a droga, mais usada na grande cadeia de ofertas das substâncias, até então, chamadas de ilícitas.

O crack, na baixa renda e a cocaína na média e alta classe, entre outras, pelo que falam, vem de forma acelerada, ocupando o espaço que antes seria da maconha.

Daí que o debate sobre a descriminalização do uso desta droga, como combate ao tráfico de uma maneira geral, parece ter um efeito menor, do que o que parece evidenciar, numa aparente pretensão de elevar alguns, a um novo patamar de discurso que se deseje moderno e sem tabus.

A eficácia da intenção, menor que o debate do aumento do uso das drogas, que até o STF foi chamado a falar, parece baixa. Ou não? O blog repassa o debate para seus leitores e colaboradores.

30 comentários:

Anônimo disse...

Caro professor,

Se vc não tem visão aprofundada sobre o assunto não critique a quebra de tabus de "FH", ja que o mesmo tem visão aprofundada sobre este e outros inumeros assuntos, diferente do seu presidente, haja vista ter feito um documentário farto de ideias e dados técnicos, acho que vc não deve ter visto.

Sds.

douglas da mata disse...

Caro Roberto,

Esse tema, como todos os demais que envolvem criminalidade associada ao uso de substâncias psicoativas ilíticas, é multifacetado, e assim deve ser enfrentado, embora mídia e outros setores apresentem a tendência corrente à simplificação.

Primeiro, um parêntese: ffhhcc, parece que elegeu o tema para se acertar com sua consciência, e se disse antes: "esqueçam o que escrevi", parece agora fadado a falar: "esqueçam o que fiz".

Foi no seu governo que a "war on drugs", importada dos EEUU vigorou com força, e se mostrou um desastres, menos para fábricas de armas, helicópteros e outros insumos logísticos que adquirimos, e que pagamos com dinheiro e vidas.

É estranho que os EEUU sejam os maiores consumidores de drogas, e as importem(ilegalmente), mas detenham um número baixo de homicídios por cada cem mil habitantes(algo em torno de 5 a 6/100 mil), enquanto nós fiquemos com as armas, a violências e as mortes, embora sejamos apenas um entreposto. Se consumo de droga incitasse violência, de forma direta, os EEUU e a Europa deveriam ser campeões em mortes, ou não?

Foi em seu governo (de ffhhcc) que entrou em vigor a Lei do Abate, na verdade, um tipo de pena de morte, que permite um piloto do FAB derrubar um avião que não responda ao rádio, e sobre o qual pesem suspeitas de carregar drogas.

Bom, dito isso voltemos ao debate principal:

1. A descriminalização da maconha não implicará em descriminalização da venda de entorpecentes, ou seja, só aprofundaremos nossa "esquizofrenia penal", como se permitíssemos a venda de carros e tornássemos a venda de gasolina proibida. Pretender a liberação da posse para uso(que já quase uma realidade nos dias de hoje, no artigo 28 da lei 10826)sem a respectiva liberação do comércio é favorecer uma certa camada da sociedade, em detrimento de outra que vende o que se pode usar, e nesse caso, se trata dos mesmos de sempre: pretos e pobres das favelas.

2. A sociedade brasileira, quiçá a munidal, terá que enfrentar alguns fatos: a) o homem usa drogas (legais ou não)desde os primórdios de sua existência, quer seja para fins terapêuticos, religiosos(vinho, santo daime, etc) e prinicpalmente, para fins LÚDICOS.

O uso traz efeitos a sociedade.

O uso LÚDICO acarreta aumentos de conflitos e violência, bem como danos a saúde pelo abuso/uso continuado, mas esse efeito não é exclusivo das drogas ilícitas, muito ao contrário.

Basta olhar as estatísticas sobre álcool, álcool e condução de veículos, e nicotina.
A proibição do comércio de drogas legais não diminuiria os efeitos prejudiciais a sociedade, mas aumenta, na medida que a ilegalidade enseja uma cadeia "produtiva" baseada em violência e pior: corrupção das forças estatais. Assim como acontece com a probição da venda de maconha e cocaína.

Outro parêntese: o crack é um subproduto da proibição, na medida que o aumento da repressão sobre a cocaína, faz com que os insumos (éter, codeína, amônia, bicabornato de sódio, etc)se tornem caros, logo, há uma concentração da produção para consumo externo, com a piora do produto destinado ao consumo interno(como acontecia com o café, e outros produtos, por exemplo).
Desse jeito, a procura por insumos mais baratos é a saída do mercado ilegal para acomodar a demanda.
O "oxi" é uma derivação desse processo.

continua...

douglas da mata disse...

continuação...

3. O que o Estado e as sociedade deverão analisar é que não se pode impedir que um indivíduo assuma os riscos de consumir uma substância "x" ou "y". Nenhuma proibição deu conta disso. O que o Estado pode e DEVE exigir é que aqueles que cometerm crimes ou infrações sob efeito dessas substâncias sejam rigorasamente punidos.

Diferente do que acontece hoje, com o álcool e direção. No início, a bem sucedida repressão diminuiu os índices de mortalidade no trânsito, mas a dificuldade em aplicar a lei aos que se "acham gente de bem", que cometem crimes, mas "não querem ser chamados de criminosos", fez com que houvesse um afrouxamento da punição, e logo, depois de todas as chicanas jurídicas garantistas, os números de mortes recrudesceram.

É um debate extenso, que raramte escapa aos preconceitos, hipocrisias e mistificações, mas que deve ser enfrentado, porque os custos são enormes e os efeitos das soluções que adotamos até agora são pífios.

Um abraço

Marysila de Oliveira disse...

Também não tenho uma visão aprofundada do assunto, professor, e, mesmo concordando que a maconha não seja, hoje, o maior problema que temos no narcotráfico, já que o consumo e tráfico do crack e cocaína, por exemplo, vêm aumentando exponencialmente nos últimos anos, acho que a descriminalização da maconha trará muitos benefícios ao país como um todo. Pra começar, irá enfraquecer de forma considerada o tráfico, pois a maconha, de tão comum que ficou, acabou virando um "clássico" e, assim, saindo dos holofotes. Mas as pessoas esquecem que a produção da erva no semi-árido nordestino e a importação do Paraguai são grandes e geram custos e dor de cabeça aos governos. Depois tem os benefícios no âmbito médico/terapêutico; no sistema judicial/carcerário... imaginem o tempo e espaço perdidos com processos e prisões de usuários que são considerados traficantes, pois a diferença entre um e outro é determinada pelo juíz, e não pela lei... Enfim, eu penso que temos muito mais a ganhar do que perder com a descriminalização da maconha.

Roberto Moraes disse...

Caro comentarista,

Veja como é fácil a gente identificar os arrogantes.

Não pretendem discutir é isto e ponto final. As opiniões são emitidas pelas pelas pessoas que gostam e não sobre os assuntos.

"Ele tem visão aprofundada sobre este e inúmeros assuntos".

Mais não necessitaria.

Mais interessante é que o FH aceita e deseja o debate, pelo menos diz, isto, mas, gente deste tipo aí não.
É isto e ponto final.

Valeu a nota. Mais não precisa.
Sds.

Blog Católico do Leniéverson disse...

Caro professor Roberto Moraes Pessanha,

É muito interessante, você colocar em debate essa questão, mas me permita-me transcrever algumas falas por ordem de comentário e depois vou discuti-las.

Comentário 1.
"Se vc não tem visão aprofundada sobre o assunto não critique a quebra de tabus de "FH", ja que o mesmo tem visão aprofundada sobre este e outros inumeros assuntos, diferente do seu presidente, haja vista ter feito um documentário farto de ideias e dados técnicos, acho que vc não deve ter visto".

Comentario 2 e 3.
"É um debate extenso, que raramte escapa aos preconceitos, hipocrisias e mistificações, mas que deve ser enfrentado, porque os custos são enormes e os efeitos das soluções que adotamos até agora são pífios".

Comentário 4.

"Enfim, eu penso que temos muito mais a ganhar do que perder com a descriminalização da maconha."

Professor, eu falo na qualidade de quem tem parentes que usam drogas e um deles está se recuperando de um tiro após dever uma soma de dinheiro ao traficante "mor".Por isso, é muito interessante o que diz o primeiro comentarista, pois ele reproduz a fala de FHC, ex-presidente da nossa Terra de Santa Cruz que diz que está ajudando a quebrar tabus.
Mas Roberto, mas que quebras de tabus são estes?Sugere a idéia de que antes a discussão ou a não-discussão passava sob o manto do "obscurantismo" moral-ético-religioso e pretensamente arcaico?
Como se a discussão ficasse sob a idéia de que as famílias não discutem isso em suas casas?Ora, meu caro anonimo do primeiro comentário, no final do ano passado foi feita uma pesquisa pelo Vox Populi onde praticamente nove em cada dez brasileiros (87%) são contra a descriminalização do uso de drogas. O índice chega a 93% no Nordeste.Vejam a pesquisa completa em http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/populacao+rejeita+mudancas+na+lei+sobre+aborto+gays+e+drogas/n1237848797384.html

Ao que me parece, há uma nitida "forçação de barra" nessa questão da descrimanlização.E essa forçação está ligada a idéia de que todos os descritos na pesquisa cuja opinião é contrária a descriminalização são tapados.
Tapados pois vira e mexe, vejo, leio e escuto termos como pessoas conservadoras, tradicionais, atrasados, utrapassados, fundamentalistas, obsoletas, vivem sob o regimes de aiatolá, entre outras coisas.
São termos agressivos, porque essas pessoas pagam impostos, são pessoas trabalhadoras, que pensam, que desejam um conjunto de valores sociais/religiosos para suas familias.
Isso é proibido?Porque empurrar goela abaixo essa questão a essas pessoas?Não seria mais fácil consultar publicamente essas pessoas via "processo eleitoral" como na Itália, onde recentemente a população, dentre outras coisas, decidiu pelo fim da imunidade do Berlusconi....

Blog Católico do Leniéverson disse...

(cont)
Será que essas pessoas que decidiram isso na itália, são atrasadas?As pessoas podem dizer a temática é outra, mas não é, é a democracia.Professor Roberto, O deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR), segundo reportagem do portal R7, pretende começar na próxima semana, pela Câmara dos Deputados, a coleta de assinaturas para que seja realizado um plebiscito sobre a legalização da maconha no Brasil.Esse deputado, até onde eu sei é contra e tomou essa decisão num evento chamado de "Louco pela Vida! Drogas Tô Fora", o evento contou com a presença de servidores municipais, policiais militares, policiais do Exército, Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política, além de organismos não-governamentais e representantes de clínicas para dependentes químicos.Ao todo estiveram nesse evento, pelo menos, 1500 pessoas, e, pelo que me parece professor ser o mais razoável.
Vejamos, quando um governador, presidente, deputado, senador,vereador é eleito no Brasil, consegue isso com o voto da MAIORIA, em geral é assim.Vota-se naquele onde a população verificou ter a melhor proposta, apesar da criticada lei eleitoral brasileira.
Porque em temáticas como a descriminalização da maconha, direitos dos gays, a questão do aborto é uma minoria que deseja ser vitóriosa num debate?É algo muito estranho?
Conseguem influência no STF; espaços na mídia (onde só quem é favorável a maconha tem voz e vez, mostram dados e arguementos favoráveis, mostram que paises europeus como a Holanda, a política de liberação foi um sucesso, mas não é o que diz uma reportagem reverberado pelo site do respeitado Doutor Ronaldo Laranjeiras, e que não está no vídeo "Quebrando Tabus".
Leiam em http://www.uniad.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4624:cidade-holandesa-busca-acabar-com-o-turismo-das-drogas&catid=29:dependencia-quimica-noticias&Itemid=94 e http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=2222

Mostra que em cidades holandesas, o tráfico não diminuiu, o crime aumentou e que a maioria dos usuários não são da holanda, mas sim são formada por estrangeiros.Isso revela que os comentários do Douglas da Mata e da Marysila estão baseadas em estudos e dados técnicos viciados e tendenciosos, porque leva-se a crer que " se não podemos com eles, junte-se a eles"Errado, essa questão requer que os que são contra e a favor debatam em iguais condições.
Mas a pergunta que me vem a cabeça, se numa eventual consulta pública ou plebiscito, mantiver a postura contraria a descriminalização, os ditos liberais vão parar de insistir no assunto?Fica no ar.

Congratulações.

Anônimo disse...

A única verdade nessas marchas (maconha, vadias, gays e etc.) é que tudo no Brasil é politizado. Todo mundo quer protestar, marchar e ninguém quer estudar ou trabalhar para melhorar as coisas. Além disso todo mundo já se julga sacrificado o bastante para se revoltar e fazer manifestações públicas e revoluções.

Essa atual geração de jovens é parafrênica e agora quer ficar anestesiada também para poder virar esquizofrênica também. É a minha geração e também carrego muitas sequelas disso, dessa educação esquerdista e laicizante que colocam nas nossas cabeças desde criança no Brasil.

Contra o caso Battisti ninguém protesta, o protesto contra o PLC 122 em Brasília ninguém comenta. Sobre as falcatruas do Palocci o Roberto Moraes não dá a mínima atenção...

é isso.

douglas da mata disse...

Caro Leniéverson,

Permita-me discordar de você em alguns pontos:

1. A política de descriminalização não é uma panacéia, e não pode ser colocada como solução absoluta, a desconhecer contextos históricos, e o capital cultural de diversas sociedades pelo mundo, e da heterogeneidade que permeiam essas sociedades internamente. Nisso temos acordo.
Ainda assim, sua informação sobre a política de drogas na Holanda é falsa. Na verdade, houve um aumento de uso, no início, mas logo depois, um forte declínio do número de usuários. A criminalidade diminuiu e aumentou o número de atendimentos a pessoas que buscaram ajuda, pela possibilidade de ajuda oficial, sem o medo de serem presas.
O exemplo de "sucesso" foi seguido por Portugal.
No entanto, a análise de resultados está muito relacionada ao fato de que na Europa, os países vizinhos não tratam o problema da mesma forma, o que pode acarretar algumas distorções, como você disse, como: migração de usuários, e aumento de pequenos crimes patrimoniais e relacionados ao abuso do uso de drogas. Eu disse, PODE, mas nem eu, nem você temos os dados exatos da Holanda(Amsterdã), nem de Portugal.

2. É importante que a sociedade reconheça e legitime a influência de todos os setores na política, e na ação do Estado e nos estamentos normativo-jurídicos desse Estado, mas um Estado LAICO prevê que haja um equilíbrio, e o viés religioso(quaisquer que sejam as orientações: evangélicas, católicas, afro-brasileiras, espíritas, judias, etc)embora possa orientar a busca de soluções, não podem ser o fundamento único das Leis, até porque há contribuintes que rejeitam tais orientações, e merecem ter um tratamento que não imponha uma escolha privada (religião)como ordenamento de conduta pública (lei).

3. O Estado se movimenta(ou deve)pela noção do bem estar público, independente da existência de uma orientação religiosa. O Estado deve ESTAR ACIMA das religiões, e não o CONTRÁRIO.
Nesse caso, o debate na sociedade deve se pautar pelas seguintes perguntas, dentre outras:
A proibição deu certo?
Impediu que pessoas usassem drogas, ou acumulassem problemas pelo uso?
A proibição tornou nossas ruas mais seguras?
O Estado, a religião, escolas, a família, enfim, todas as instâncias da sociedade conseguiram seu intuito ao pregar a probição/repressão ao uso e venda de drogas?
Por que há drogas liberadas e outras proibidas, não são todas perigosas e não fazem o mesmo mal a saúde(algumas legais fazem até mais, como o fumo)?
Quais são os interesses que ganham com a proibição? Quem mais lucra com o tráfico é quem está preso?
Se o uso de drogas causa violência, por que os países que mais consomem(EEUU e Europa) têm índices de violência tão baixos, se comparados com os nosso?
É possível uma sociedade onde não haja uso de drogas (para uso lúdico)?
Qual o critério(como dissemos)para liberar umas e proibir outras?

Na verdade, debater esse tema, antes de pretendermos respostas, é fazer as perguntas certas.

Não há dados "viciados" nas minhas opiniões: Há dados reconhecidos e legitimados por quem se dispõe a estudar o assunto com um viés diferente do seu(não-religioso), e um pouco de observação empírica, a partir de minhas experiências em meu trabalho, outras poucas como pai, e como pessoa que já teve problemas com abuso de substâncias psicoativas.

Eu não pretendo, embora respeite os dramas pessoais de cada família, e as vivências do nosso povo, debater uma política de combate aos efeitos do uso, calcadas nessas particularidade, até porque, desconfio, como já disse, que, justamente, a proibição/tráfico/criminalização é que contribui para que mais e mais pessoas se afastem de procurar ajuda quando podem: por medo da reação da família, do preconceito dos amigos e da sociedade, e enfim, por medo das sanções penais.

Um abraço.

douglas da mata disse...

Só mais um detalhe que não ficou claro no outro comentário:

Democracia, meu caro, não é só imposição da vontade da maioria.

Veja que a maioria dos alemães em 33 apoiou Hitler e deu-lhe carta branca em relação às minorias judias, homossexuais, ciganos, negros, etc.

Será que foi uma decisão democrática?

Fazer plebiscito sem um debate CLARO e transparente, onde TODA a sociedade tenha acesso aos dados, e ao simples fato de que TODOS os países têm um consenso de que a atual política de combate ao uso de drogas FALHOU (quem fala isso não sou eu, é a ONU, o DEA dos EEUU, a EUROPA, enfim, TODOS), é impor uma lógica perversa a noção de maioria na democracia. É esmagar a opinião da minoria.

Até porque, o que é maioria hoje, pode não ser amanhã, e essa transição só de dá pelo permanente debate. Isso é democrático. Engessar opiniões pelo argumento do peso da vontade de uma maioria, sem chance de que a situção possa mudar, isso não tem nada a ver com democracia.

Se a sociedade continuar a entender que os resultados da poítica de drogas brasileira estão no caminho certo, e que deve ser aprofundada, só nos cabe lamentar e cumprir a lei. Mas deixar de debater e propor alternativas, só quando eu deixar de pensar, ou seja, depois de morrer.

Então é o caso de aderir a maioria sempre, quando tenho uma tese derrotada? Ou silenciar? Que Democracia é essa, meu caro?

Mas eu pergunto: será que a sociedade que apóia a manutenção da situação como está teve acesso a outros argumentos, ou só formou seu juízo pelas manipulações de imprensa marrom, e por todo caldo de cultura que faz com que a maioria use drogas (álcool e cigarro), mas queira proibir o uso de outras?

Um abraço.

Anônimo disse...

Católico, a maioria é burra! Os contra não viram o documentario e se recusariam a ver, pois com seus preconceitos já se acham sabedores de tudo em razão de terem a opinião "correta" sobre o assunto então não rpecisam explicar muito, já os a favor já estão mais ambasados. O pior que os contra jogam nas costas dos a favor o contrário, que eles que não querem discutir, quando na verdade o que ocorre é o inverso.

Anônimo disse...

Se a maioria fosse inteligente Lula nunca teria sido eleito. E nunca vi ninguém tomar tiro por dever maconha, e muito menos ninguém roubar por causa dela. E os oitenta e sete porcento foi em relação a todas as drogas.

Alex,Comedor de Bacalhau disse...

Este post está cheio de comentário de gente que se acha "INTELECTUAL" e que na verdade são os maiores consumidores do pau podre.Saiam de trás do armário oh caras pálidas!!!Alex,Comedor de Bacalhau!Saudações rubro-negras.

Anônimo disse...

O tema é muito complexo e requer muita reflexão por parte da sociedade.

Percebe-se claramente que nas ponderações anteriores, existem os contra e não contra.

Penso que os contra e também os, a favor tem que respeitar a decisão da sociedade brasileira, quando for chamada a deliberar sobre o assunto.

Certo ou errado o modelo atual, numa Democracia é assim mesmo, a maioria decide por uma escolha. Para a minoria perdedora caberá usar bastante argumento para convencer a sociedade a mudar tal situação. Enquanto isso é cumprir as normas que regularem tal fato.

De resto uma coisa fica evidente, numa sociedade onde pequena parte da sociedade é usuária da droga ilícia dificilmente nossa sociedade conservadora , assim como em outras tantas aprovará a descriminalização, inicialmente da maconha e depois cocaína, etc .

Finalmente fazer comparações entre usuarios de drogas lícitas(cigarros comuns e bebidas alcoólicas) e as drogas ilícitas é um tanto complexo. Pois alguém já ouviu dizer ou presenciou um indivíduo viciado em cigarros, ou um bebum, assaltar ou até, chegar a matar alguém por que não tem dinheiro pra comprar uma carteira de cigarros, ou um litro de cachaça, ou uma cerveja? Eu particularmente nunca ouviu nenhum caso desse tipo.

Todavia com boa parte dos viciados em maconha, cocaína, crack e outros tipos de drogas similares,quando falta dinheiro para comprar tais produtos "eles saem para o tudo ou nada", isto é : Sem a menor piedade assaltam idosos, esudantes, mulheres e em casos extremos matam seus próprios familiares para ficar com a herança, ou para conseguirem dinheiro para manter seus vícios. Muitos desses viciados são extremamente violento e imprevisíveis. E pior, ainda há uma parcela deles que não estudam, não trabalham, são improdutivos em função do vício, que os dominou.

Blog Católico do Leniéverson disse...

Meu caro douglas,

Acho que você não leu os sites que disponibilizei pois os sites são claros, a medida liberativa não está funcionando.Se eu não me engano, um dos sites tem uma matéria postada pelo Doutor Saulo Laranjeira, uma das referências no combate as drogas, onde um especialista holandês fala que seu pais está revendo a política de liberação das drogas, sobretudo a maconha.Tu e outras pessoas podem até achar falsa (por conveniência intelectual), mas muitos blogs repercutiram a questão.Agora, se você achou os sites insuficientes para te convencer, e era esperado que você não se convencesse).
Para ficar mais claro, eu postei no meu blog dados sob a Holanda, publicado pela Veja.A Veja, é uma revista que não é "conceituada", né?
Olhe lá em http://lennyjornalistacatolico.blogspot.com/2011/06/dados-estatisticos-sobre-maconha.html

Lá você verá que sua tese de que a crimininalidade diminuiu é, sim, Fake.

È verdade, que há pessoas que não querem se convencer que a liberalidade não trouxe resultados esperados na Holanda. Tú me mostra argumentos e eu os contra argumentos.
Agora você, diz:
"mas um Estado LAICO prevê que haja um equilíbrio, e o viés religioso(quaisquer que sejam as orientações: evangélicas, católicas, afro-brasileiras, espíritas, judias, etc)embora possa orientar a busca de soluções, não podem ser o fundamento único das Leis, até porque há contribuintes que rejeitam tais orientações, e merecem ter um tratamento que não imponha uma escolha privada (religião)como ordenamento de conduta pública (lei)".

Douglas, você deve ser mais um que cultiva a ideia equivocada de estado laico.O Brasil não tem uma religião oficial, mas não é ateu.

De acordo, com o censo do IBGE (aqui imito o Professor Roberto kkk), cerca de 90% da população brasileira diz ter alguma religião cristã, fora outros tipos de credo.
Quando, você diz que contribuintes rejeitam tais orientações, diante do número de pessoas devem ser bem poucos
E outra coisa, no último trimestre do ano passado, a Fundação Getúlio Vargas, publicou um Indice de Confiança na Justiça que está relatada na íntegra neste site http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/7727/RelICJBrasil3tri2010%27%27.pdf?sequence=3.
Vou transcrever a parte que servirá para me fundamentar.

Instituições Confiáveis por ordem Forças Armadas (66%);Igreja Católica (54%); Grandes Empresas (44%); Emissoras de TV (44%); Governo Federal (41%); Imprensa escrita (41%), Polícia (33%); Congresso Nacional (20%) e os partidos políticos (8%).

A pesquisa foi feita pela professora da Direito da Getúlio Vargas e coordenadora do ICJ Brasil Luciana Gross Cunha.

O ICJ Brasil foi criado pela Escola de Direito da FGV para verificar o grau de confiança no Judiciário e como a população utiliza o poder para a reivindicação de direitos e busca por soluções. Nesta pesquisa o Judiciário aparece em 8º lugar com 33%.

Blog Católico do Leniéverson disse...

(cont...)No site está a explicação para o indice, mas não é estranho que os políticos, meios de comunicação, judiciário, enfim, instituições que não tem crédito na praça queira alijar as Igrejas da discussão e considerá-las arcaicas, conservadoras, ultrapassadas se elas são confiáveis para a população?
Agora tu diz:
"A proibição tornou nossas ruas mais seguras?
O Estado, a religião, escolas, a família, enfim, todas as instâncias da sociedade conseguiram seu intuito ao pregar a probição/repressão ao uso e venda de drogas?"
É muito interessante porque aí está implicito a tese habitual de que se "não podemos com a questão, devemos nos juntar a eles".
Vivemos uma época onde para problemas complexos, adotamos soluções simples, como o do "temos que liberar, porque é mais fácil".
Nos noticiarios vemos situações como:
- Mulheres que apanham ou são assassinadas por companheiros ou ex-companheiros por ciumes ou não saberem superar o fim do relacionamento:

Blog Católico do Leniéverson disse...

Todos os dias vemos casos desse tipo na TV, então pensamos, se isso existe em profusão, porque não deixar os machos em paz para continuar batendo nas mulheres e matando-as?Seria uma simples solução, não é?
Segue o mesmo racicionio com as crianças, idosos, animais, etc.
Douglas, eu sou um jornalista que, por formação aprendi a existência do espirito do contraditório e que nem sempre dados técnicos ou pretensamente confiáveis como os que você defende devem ser levados a sério, pois demostram ser montados para serem confiáveis, sedutores, persuasivos, cativantes, atraentes.
O profissional de jornalismo está sempre (ou deveria estar)ao lado do bem, dos valores do que é justo, aqui não se fala de valores religiosos.É, é verdade, sou católico apostólico romano, sou integrante há quase 9 anos de uma pastoral da comunicação e seria natural que, em qualquer blog de que participo faça comentários com um certo teor entremeado de sentimentos cristãos.
Cristo, enquanto Filho de Deus, sempre falou em parabolas e nunca agradou a todos de sua época e das de hoje....
As igrejas, sobretudo a católica, não são só o templo, a doutrina e os fiéis, tem as obras sociais, fundamentas na doutrina social da igreja, muitas delas são casas de contexto terapêutico para viciados como a Fazenda Esperança, dirigida pelo Frei Hans.
Leia a tese sobre a mesma feita pela PUC
http://www.pucsp.br/icim/ingles/downloads/papers/TL%20005_REDESSOCIAIS_FAZENDA.pdf

E parcerias com esferas políticas

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joseluizportella/932064-esperanca-na-cracolandia-nova-luz.shtml
http://www.pc.mg.gov.br/internas/noticias/iNoticias.php?f=news&codigo=NOT00719MAR2008
http://www.roraimahoje.com.br/home/cidade/1125-codesaima-assinara-convenio-com-a-fazenda-esperanca-.html

Há outras comunidades terapeuticas como a Comunidade Bethania, com sede no Paraná e outras de origem protestante, espírita, etc.
Agora, a igreja e nenhuma instuição pode fazer sozinha, mas gente, se os 2,4 milhoes de reais usados para fazer o documentário "Quebrando Tabu" fosse usado para casas de recuperação, para criar hospitais, escolas...ia fazer uma baita diferença.
Para terminar, tu dizes:
"Fazer plebiscito sem um debate CLARO e transparente, onde TODA a sociedade tenha acesso aos dados, e ao simples fato de que TODOS os países têm um consenso de que a atual política de combate ao uso de drogas FALHOU (quem fala isso não sou eu, é a ONU, o DEA dos EEUU, a EUROPA, enfim, TODOS), é impor uma lógica perversa a noção de maioria na democracia. É esmagar a opinião da minoria".
O que você chama de debate CLARO é, na verdade um monólogo, onde só quem defende tem voz e vez (já disse isso em comentário anteriores), basta vocês verem nos meios de comunicação aberto e por assinatura, há uma nítida supremacia de marxistas liberais favoráveis que vão dizer coisas tendenciosas, mas tenho aqui noticias que contrariam seus argumentos...
http://www.conjur.com.br/2006-jan-02/dea_aumenta_82_estouro_carteis_drogas e http://www.cabecaativa.com.br/content/o-dea-e-o-interesse-politico-da-guerra-drogas

Sds.

douglas da mata disse...

Leniérveson,

Com todo respeito a sua opinião, não há como entrar em um debate sem referenciar as fontes. Isso é que situa a discussão. Eu tenho direito a não gostar da Veja, e enxergar nela o pior tipo de jornalismo.

Já em relação a dados, vamos ao debate:

Não há ciência NEUTRA, nem estatística, nem outra forma de aferição da realidade que deixe de usar os filtros de quem as usa.

Eu não disse que suas fontes não são confiáveis. Elas são confiáveis para seus argumentos.

Ao comentarista:

Os danos causados pelo cigarro são de ordem de saúde pública, justamente o argumento usado(bem juridicamente tutelado)na proibição de outras drogas.

Já em relação ao álcool, basta olhar as estatísticas sobre violência doméstica, no trânsito, etc.

No meu comentário está lá: o Estado deve punir com rigor os que causam danos a terceiros quando sob influência de drogas (legais ou não).

A questão central não é um olhar pessoal sobre o tema. Ninguém é a favor do abuso de drogas (eu não bebo, não fumo, nem uso drogas), mas ao contrário do que diz o comentarista, uma boa parte da sociedade usa drogas (legais e ilegais), eventos públicos são feitos para vender bebida alcóolica, inclusive com dinheiro público, e para surpresa nossa, até festas religiosas.

douglas da mata disse...

continuação:

Leniéverson,

Um Estado laico é aquele que não professa orientação de moral religiosa em suas leis, embora essas leis possam até reconhecer valores religiosos, como por exemplo: Não matar, respeitar direitos humanos, etc. Mas não dá, por exemplo, para promulgar uma lei que me proíba de comer carne na sexta-feira santa, ou que me proíba de ler os livros do Index Proibitorum(sim, a Igreja já proibiu a leitura de alguns hereges, rrsrs).

Mas nosso Estado LAICO não pune, por exemplo, a auto-lesão, se você quiser se matar e falhar, não será punido, se quiser amputar um braço, idem.

Consumir drogas é uma escolha que nenhuma proibição dará conta, e está na esfera da auto-lesão, pois não agride direitos de terceiros, logo, suas comparações com adesão a práticas criminosas por não conseguirmos combatê-las, parte de uma premissa errada.

O fato de Igrejas contarem com a confiança da população se dá porque ela se presta a objetivos distintos: Igrejas não governam, são instituições hierárquicas, baseadas em dogmas e não em debate político, e que se vinculam a pessoas por laços privados, e não públicos, meu caro.
Ainda assim, em um país com cultura religiosa que se confunde com a própria história de sua formação(nem sempre por meios pacíficos de "evangelização", que se impunha pela cruz ou pela espada), não é surpresa que haja esses números. Surpresa é 46% não confiem.

Voltando a questão da Holanda: A violência relacionada ao tráfico diminuiu (e isso é que interessa no debate aqui), e os fatos delituosos relacionados ao uso de drogas não são diferentes dos que acontecem em um final de semana aqui, ou em qualquer outro local, nas festas, exposições, shows, carnavais, etc, boa parte deles pagos com dinheiro público, já disse, e em algumas festas que misturam religião e a parte leiga.

Triste constatar que a Igreja Católica, por exemplo, mantém no interior de SP, clínicas para cuidar de padres alcóolatras, expostos a adicção pelo uso continuado do vinho. Eu nem vou usar a cumplicidade da Igreja com seus pedófilos.
Ou seja, os religiosos querem impor ao Estado uma agenda que não conseguem impor aos que dizem seguir suas orientações. Como a "carola" da mônica serra, segurando a imagem de nossa senhora aparecida, e vociferando contra a descriminalização do aborto, enquanto o praticou nos EEUU, onde era LEGAL. Legal, não?

continua

douglas da mata disse...

A Igreja pretende regular aquilo que não lhe diz respeito (pelo menos não publicamente,pois para isso deve existir o Estado)ao custo de vidas, recursos materiais e violência que REPITO: Não resolveram o problema do uso de drogas, nem aqui, nem em qualquer outro lugar. Aliás, como já fizeram em outros comportamentos com a Inquisição. Logo, a tradição dos religiosos para o debate não se fundamenta em valores democráticos, por isso relevo certos absurdos que leio aqui.

O que me orienta nesse debate, a respeito da Holanda, da Europa os dos EEUU, é o fato de que esses países consomem drogas às toneladas, mas não ostentam índices de violência (mortes) relacionados a esse uso em escala.

A violência fica com os países, como o nosso, que compram armas e a ideologia da "guerra ao tráfico".

A Holanda, meu caro, tem níveis de homicídio de 3 ou 4 a cada 100 mil. O Brasil tem média de 30 por cem mil.
Os EEUU idem, 2 a 4 por cem mil. São os países mais seguros do mundo, ou ao menos, onde os seus cidadãos assim se sentem, e os de fora também.

Então alguma coisa do que você fala é falso: se o uso de drogas gera violência, por que os maiores consumidores de drogas não são os países mais violentos?
Ou é o tráfico(proibição e repressão desmedida) que gera violência?

Vou repetir: Não sou eu que fala que a guerra às drogas foi perdida: Foram vários presidentes dos EEUU(bush, clinton, obama, etc), presidentes europeus, e órgãos internacionais, e agora até fhc.
E eu não vou duvidar deles pois enquanto estavam no poder, praticaram políticas de GUERRA às drogas, com muita repressão, ao seu gosto.

Eu nem vou mencionar que o tráfico é um ótimo negócio a quem lucra com ele: não paga imposto, não tem responsabilidade com o produto que vende, coloca o que quer, na proporção que deseja, etc.

Estou falando do grande traficante, não esse mequetrefe que enche as cadeias, geralmente, pobres, pretos, semi-analfabetos e favelados(ver dados do SIPEN, sistema penitenciário).

Então, meu caro, seus argumentos não se sustentam pela realidade(porque o tráfico continua forte, e o consumo aumentou), pelo lado filosófico(porque o Estado proíbe umas e libera outras, tão danosas e com efeitos tão violentos quanto as que proíbe), e pelo lado de classe, pois o combate e as punições só alcançam os da parte de baixo da pirâmide.

Enfim, você pode apresentar um sem fim de sites e notícias(engraçado você falar de manipulação de dados e fatos, ué, então os seus são imaculados?), mas eu os utilizarei para lhe dizer: todos os problemas estão relacionados a proibição e não ao uso e comércio em si.

Eu pergunto, enfim: Você já imaginou que o dono da mercearia e do botequim pode se transformar em traficante se hoje, da noite para o dia, a sociedade entender que a vendas de bebidas mata e traz violência e prejuízos para empresas (pelo alcoolismo), como de fato acontece?

Você usa dados para reforçar uma compreensão que eu concordo, mas que é pessoal: Usar ou não drogas(eu não uso, NENHUMA). Mas política pública é MUITO mais que isso, é RESULTADO: Deu certo? Diminuiu os usos e seus impactos? São essas as respostas que devemos buscar.
continuação

Sua opinião e rotulação ideológica da mídia ou de seus interlocutores nem merece réplica. É "cacoete" dos tempos de um papa nazista, ratzinger, o führer da Santa Congregação do Santo Ofício("novo" nome da santa inquisição, afinal marketing é tudo, não?)

Um abraço

Blog Católico do Leniéverson disse...

Douglas, meu caro, é natural que as pessoas tratem o cristianismo como saco de pancadas, mas ainda é confiavel para a maioria das pessoas.O cristianismo é encarado como tradicional, conservador, reacionário e cheio de amantes de aiatólás, mas nem assim conseguem derrubar a imagem de um dos homens mais cativantes da história.
Agora, é verdade, eu uso estatistica para referendar o que eu penso, afinal, tu me apresenta as suas e eu apresento as minhas.
Um jornalista, para fazer valer o mínimo de sua formação humanistica (me lembro agora das aulas do professor Orávio de Campos), precisa ouvir o contraditório, se não vira um monólogo discursivo.
Quem defende a discriminalização da maconha, por conseguinte deve defender a liberação dos bingos, do aborto e da união civil entre homens e mulheres, talvez por julgar um modernismo intelectual e porque num mundo globalizado, devemos seguir o "american way of the life" ou talvez o charme da cultura da zona do euro.
O mais curioso é que os estados unidos e a zona do euro são locais que em comum, o número de obesos, desempregados e um risco latente de recessão.É curioso paises de alto coturno pregarem exemplo de modernidade cultural, como a defesa da liberalidade da maconha, estando em frangalhos econômicos desde 2007.Talvez a super maconha irá salvar a economia desses paises.
Nos dias de hoje, as potências econômicas estão se deslocando para a ásia
Por outro lado, eu não estou aqui querendo pregar a tese de que a Mão de Deus está pesando nesses lugares, até mesmo porque quem sou eu para fazer tal julgamento, apesar de existir indícios de que seja isso.
Agora, quero reiterar que o Brasil precisa focar marchas na defesa da melhoria de salários, na qualidade da saúde, da educação, da diminuição da morte no campo, na defesa de brasileiros no exterior, na defesa do meio-ambiente, de melhor moradia.Quantos desses jovens que marcham pela maconha estão dispostos a lutar por causas coletivas?Acho que poucos, porque só querem lutar por um interesse individual, egoísta e pessoal, pelo direito de fumar uma em paz, livre de "obscurantistas" religiosos e atrasados.
A cultura marxista, princípios de Nietzsche e uma dose cavalar de iluminismo vem transformando o mundo, em algo centrado no homem, afinal para eles, a Religião é opio do povo e Deus está morto, não é por aí?
O problema numa socidade, individualista centrado no homem tem tornado as pessoas potenciais refens de depressão, suicidio, anorrexia, bulimia, entre outros males.Quem sabe essas pessoas recorra a maconha para relaxar?
Para terminar, eu creio que o dinheiro captado para o documentário deveria ser usado para fins mais importantes, afinal com 2,4 milhões da pra fazer coisas pra burro, como, por exemplo, mais parcerias com comunidades terapêuticas.

Eu volto a dizer, é muito fácil praticar o estelio

Blog Católico do Leniéverson disse...

Meu direito de resposta, não chegou, professor Roberto?

Roberto Moraes disse...

Que eu tenha lido ninguém pediu direito de respostas. O que há são diversos comentários sobre o assunto. Que eu saiba, todos estão publicados, vou checkar se algum deles sem intenção não foi liberado.
Sds.

douglas da mata disse...

Leniérverson,

Você misturou tudo, e não conseguiu enxergar(ou não quis)o cerne do debate.

Há uma distinção(que os manipuladores escondem)entre defender o USO e defender políticas que diminuam a violência decorrente desse USO e do TRÁFICO, até para poder o Estado de aproximar dessas pessoas, para tratá-las, quando elas quiserem, e não por imposição.

Essas estratégias se baseiam em resultados, dados, e não em aprovação ou desaprovação de ordem moral e religiosa.

Se, por exemplo, mulheres (uma grande parte católica, e crentes em deus, por exemplo)fazem abortos, mas só as pobres morrem pelos problemas de abortos mal-realizados, qual é o sentido de proibir? Só para matar mulheres pobres? Ou para redimí-las pela culpa, como prevê o cristianismo?

Digo e repito: podemos nos inspirar em valores religiosos, mas esses sempre deverão ser menores que os interesses de Estado, principalmente quando a manutenção de certas proibições acabam por causar mais danos que proteção aos bens jurídicos que pretendem tutelar.

Você me parece religioso, mas desconhece a natureza do que cultua.

O catolicismo é conservador em sua natureza, é tradição, dogma, autoridade e obediência. A Igreja de Pedro se baseia na obediência, de cima a baixo.
Quem se propõe a seguir, deve entender isso. Logo, não dá para se queixar dessa característica, porque ela é essencial na religião que você professa.
Daí a inadequação em misturar temas temporais(saúde pública, combate a criminalidade, política em geral, etc) com religiosidade.
Chamar um católico de conservador não deveria ser encarado como ofensa, e sim como elogio. Afinal, a idéia da existência de um "deus criador" não combina com dialética, meu caro.

Eu não sei se os problemas da Humanidade e o individualismo exacerbado têm relação com a ausência de religiosidade. Eu prefiro imaginar que esses problemas têm relação com as opções econômicas que dominam o mundo e transformaram a política em culto ao "deus-mercado".

Mas eu sei, e a História me diz que os maiores massacres da História foram executados em nome de deus e da religião, embora os verdadeiros interesses, eu sei, estivessem soterrados na cegueira da fé.

Você também parece não estar muito antenado com o que acontece no mundo.

O "american way of life", o iluminismo europeu que você ataca, deu lugar a intolerância racial e religiosa, fenômeno chamado neocon, que teve em bush(sarah palin, a FOX news, etc), sarkozy e berlusconi seus maiores expoentes, que mistura um certo chauvinismo moral com agenda liberal econômica e radicalismo religioso.

Ou seja, os valores que poderiam nos inspirar(liberdade, igualdade e fraternidade)estão ameaçados, e os EEUU e Europa hoje não são exemplo para ninguém.

É verdade que alguns jovens lutem por causas egoístas, mas eu enxergo que outros estejam ali por uma causa maior: Liberdade de expressão.
As diferenças e nuanças entre grupos de jovens, com alguns com senso de coletividade maior que outros é natural, até entre grupos religiosos.
Há os que participam de pastorais, eclesiais de base, e outras inciativas interessantes, e outros que só se reúnem para balançar ao som de algum padre-cantor, imitando com a renovação carismática os ritos evangélicos para os quais torciam o nariz, até bem pouco tempo. Tão individualistas como qualquer jovem.

Quanto ao que as pessoas fazem, eu lhe digo: não é da minha conta até que ameace direitos de terceiros. Se o padre enfia o pé na jaca com vinho (e vira alcóolatra, e depois tem que ir para "comunidade terapêutica em SP)por acreditar que ali tem sangue de alguém, quem sou eu para julgar?

O meu problema é com padre pedófilo acobertado por anos e anos pela Igreja, institucionalmente.


Um abraço, e me dou satisfeito com o debate até aqui.

douglas da mata disse...

Ps:

O uso de drogas lícitas (morfina, codeína) e outras ilegais aqui(tetrahidrocanabinol, ou maconha) já são usados na medicina(de lá e daqui) para tratar as dores e efeitos colaterais de pacientes em tratamento de câncer e outras doenças terminais, para dar conforto e qualidade de vida nesse estágio.

Como você pode ver, nem sempre o alivio espiritual supre todas as necessidades.

Anônimo disse...

Repito, na democracia o bom debate deve ser incentivado. Porém as opiniões individuais devem ser respeitadas.
Feliz aquele que tem a percepção de que somos tão insignificantes, tão frágeis, tão pequenino diante da natureza; Todavia, triste daquele que vê o mundo de maneira inversa. Pobre de nós, se usarmos da soberba para vivermos.

Somos tão fracos, mas às vezes nos achamos tão fortes. Entretanto basta uma simples gripe, para percebemos nosa fragilidade humana.

Na face da terra não existe n enhum perfeito. E tenho certeza que a igreja católica, nunca se pronunciou como tal. Existem erros em todo lugar, em todas instituições. Mas temos direito de nos posicionar sobre temas que achamos importante para a sociedade e a família.

douglas da mata disse...

ERRADO:

A Igreja Católica, como qualquer outra religião, reivindica a VERDADE, ou seja, a interlocução e o monopólio do entendimento da PALAVRA divina, que como tal, traz a mensagem PERFEITA de um ser INFALÍVEL, deus.

A IGREJA, portanto, embora não consiga exercer seus atos com perfeição (inclusive e porque é feita de homens)busca SIM a PERFEIÇÃO, mas se afasta cada vez mais dela quando se mistura a luta pelo poder TEMPORAL.

Daí a impropriedade de misturar tais concepções com debate político, contraditório, regramento de conduta e bem jurídicos.

Quem quiser acreditar em deus e religiões, ótimo, que siga as orientações dogmáticas que preconizam as denominações as quais se filiam.

No entanto, impor essa lógica ao conjunto da sociedade, através das leis estatais é RETROCESSO que há muito abandonamos, quando deixamos de nos orientar pela mistura entre religião e Estado, ou teocracia (muito parecida com os regimes islâmicos que adoramos criticar).Tem muito pouca diferença entre regimes que proíbem o aborto e os que apedrejam mulheres, ou mutilem o clitóris de adolescentes para impedir o "pecaminoso" prazer. A natureza dessas atitudes "reside" na mesma visão em relação a mulher pelas religiões, embora em cada cultura o ato do outro é que pareça mais agressivo e intolerável.

No tempo que a religião era LEI, queimávamos pessoas, proibiam a leitura de livros e filme (quem não se lembra da proibição de exibição Je Vous Salue Marie de Goudard?).

Não de trata repito(e quem diz o contrário manipula o que falo para esconder o que pretende) de impormos uma lógica atéia ao Estado(isso não deu certo, e o estalinismo prova isso), mas tampouco devemos aceitar que deus ou qualquer outra entidade metafísica oriente o estamento normativo.

Religião é opção individual de cada um, e deve ser respeitada.

Estado é organização de todos, através de conflitos/consenso político, disputas de interesses, classes sociais, dentre outros elementos, que se orienta por uma moral e ética pública (LAICA) e nunca privada ou particularizante(como as religiões).

Concepções sobre fragilidade ou não da vida, etc e tal só servem para compor um panorama de falsa humildade quando se perde o debate, conduta bem típica de fundamentalistas.

Um abraço Roberto.

Anônimo disse...

Nota-se claramente que a discussão vai ser longa e desgastante e talvez nunca cheguemos a um consenso

Porém comungo do seguinte raciocínio: Quando o assunto é RELIGIÃO, VÍCIO, futebol e política, as preferências são individuzalizadas e geralmente paradoais. Cada um tem seu interesse em seus prazeres e nas suas crenças.
É praticamente impossível mudar a opinião de pessoas, que já tem suas ideologias e convicções formadas há anos , sejam dogmáticas ou não.
Na realidade vivemos num mundo onde não sabemos ao certo o que é real e o que utópico.

Pensamos às vezes, por muito tempo, que algo era real. Contudo podemos ter uma surpresa desagradável e concluirmos que aquilo era apenas uma fantasia. O que é maravilhoso hoje; poderá ser péssimo amanhã, para nós e quem sabe para a humanidade.

douglas da mata disse...

Há, no entanto, que se separar as esferas públicas e privadas, que se destinam a instâncias diferentes para determinar escolhas.

Preferências sexuais, religiosas, esportivas, comida, programas de TV, etc, são escolhas individuais e mediadas por esferas privadas de escolhas, embora exista um panorama público que sirva de referência(cultura).

Já a política, leis, Estado, consensos normativos e de conduta, são escolhas públicas mediadas por esferas públicas, embora existam referências privadas, que devem ser respeitadas, mas que não prevalecem.

Misturar as coisas é que suscita confusão desnecessária.

Por exemplo: A igreja pode determinar aos seus fiéis que não comam carne na sexta-feira, mas não podem impor essa escolha ao conjunto da sociedade.

Pode a igreja exigir celibato de sues clérigos, mas não pode exigir essa conduta de quem não está ordenado por ela.

E por aí vai.

Quanto a mudança e percepção sobre valores(bem ou mal, o que é bom ou ruim, real ou fantasia, etc), é verdade que há mudanças, mas sempre, entre o período de transição entre uma mudança e outra, há o consenso que orienta o conjunto das pessoas.

Pois lembremo-nos que a pior de forma de autoritarismo é a relativização absoluta das coisas e valores.

É possível, SIM, mudar a opinião das pessoas, e o mundo e a História é essencialmente mudança, assim como você mesmo fala, paradoxalmente, que o que está bom hoje, pode ser o ruim de amanhã, e isso se dá pela mudança de opinião das pessoas sobre valores, ou não?

Veja que no Século XIV, A igreja era poder espiritual e temporal(Lei), e não deu muito certo para quem discordava dela. A fogueira era a opção para os discordantes(hereges).

Eu acho que não queremos de novo, nem como realidade, nem como um pesadelo(fantasia).

Um abraço.

Blog Católico do Leniéverson disse...

Douglas, vejo que vc é cabeça dura, fazer-se o quê? Não admite cair na real.