A crise colocada a nu com a reivindicação dos servidores das classes mais baixas dos Bombeiros do Rio, pela exposição do salário inferior, quando comparados aos seus semelhantes em outros estados, expõe muito mais coisa para além deste fato, que deveria estar preocupando, quem depende deste serviço, para lá de essencial na sociedade contemporânea:
1) O que é ou deveria ser a Defesa Civil?
2) Por que no estado ela é militar, no governo federal uma estrutura gerencial civil, alocada num ministério, que tem a pretensão de gerenciar as políticas macro para o setor, assim como no município?
3) Qual o melhor regime para os Bombeiros para nós cidadãos?
4) Por que uma estrutura há décadas tratada hibridamente, ora como civil, ora como militar, teve, pela primeira vez, um tratamento tão pesado na questão e na forma jurídica, como respostas aos descontroles das atuais e justas reivindicações salariais?
5) O que efetivamente interessa ao cidadão em termos de prevenção e proteção contra sinistros?
6) O que e como readequar as atribuições da Defesa Civil estadual e municipais?
Como se pode perceber, a parte mais simples da questão, que era um encaminhamento mais adequado e evolutivo da correção da distorção salarial, acabou por nos mostrar um imenso véu a ser descortinado e tratado pelas autoridades nos três planos de governo.
Talvez, não seja apenas uma coincidência, que junto do problema dos desmoronamentos ocorridos no início do ano na Região Serrana se tenha agora esta crise que deveria ser enfrentada de forma mais profunda e corajosa.
A ponta do iceberg, não permite mais esconder o que estes seis meses do ano mostrou já mostrou, não apenas à população do nosso, mas também a dos demais estados brasileiros.
É crítica a relação dentro da corporação, que se não for bem administrada, acabará exigindo uma UPB. Explico: Unidade Pacificadora dos Bombeiros.
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