sexta-feira, julho 08, 2011

As faixas, estacionamento e a falta de exemplo

O blog recebeu por e-mail do Fernando Aguiar. Texto e fotos já prontos: "Prezado Professor, se o senhor achar conveniente pode publicar no seu blog.

O trecho mais novo da Av. Arthur Bernardes, entre a Rua Visconde de Itaboraí e a Av. 24 de Outubro (28 de Março), possui três faixas de rolamento e nenhum estacionamento ao longo destes aproximados 3 Km. A pista foi aparentemente projetada para duas faixas e estacionamento ao longo da avenida. A marcação no asfalto ainda está lá para quem quiser ver, e parecia ser este o projeto inicial. Nas vésperas da inauguração, decidiu-se que seriam três faixas de rolamento abandonando a marcação provisória do asfalto. Produziram-se três pistas, provavelmente sob raciocínio de que “três é melhor que duas”. Contudo, na prática, somente duas faixas são utilizadas pelo tráfego. Mesmo proibido, utiliza-se a pista da direita para estacionamento como podemos ver na imagem abaixo.

Ora, existe comercio e residências ao longo da avenida. As pessoas vão ter que parar os seus carros, isto é inevitável. Se a cidade não apresenta alternativa razoável a desordem encarrega-se de solucionar. Como fica uma festa de aniversário de alguém que mora no meio do quarteirão? Todos vão de táxi ou estacionam nas ruas transversais? A resposta é óbvia e basta passar lá para ver: estaciona-se na faixa da direita, ou, pior, sobre a calçada como é visto na outra imagem.

Se as três faixas (bem estreitas por sinal) são necessárias para o tráfego, porque no trecho entre o trevo da BR 101 e a Visconde de Itaboraí existem duas faixas e acostamento? Se o fluxo aumentar, na confluência de três para duas faixas existirá um ponto de retenção inevitável no futuro.

Como disse, se não há opção razoável parte-se para desobediência. E foi esta a solução da própria EMUT, encarregada de disciplinar o trânsito na cidade. Dando sua contribuição ao mau exemplo, estaciona seu veículo placa KNS-0935 metade sobre a calçada e metade na faixa de rolamento da direita. Lição salomônica.

A foto foi tirada no último dia 29/06 às 13 h e 50 min.

Precisamos preparar a cidade para o futuro, que é logo ali. Infelizmente, o que temos visto do ponto de vista urbanístico ao longo dos últimos anos é muito pouco. Temos recursos financeiros e é só isso.

Fernando C. Aguiar."

12 comentários:

Anônimo disse...

É pensando no futuro que a Arhut Bernades tem 3 faixas, é muito pouco.. MAS NUNCA NA ANTES NA HISTÓRIA DESSA CIDADE,FORAM REALIZADOS,TANTAS OBRAS,INVESMENTOS EM TODAS A ÁREAS... E ISSO NÃO É VISÍVEL,PROFESSOR ROBERTO?

Roberto Moraes disse...

Com R$ 2 bilhões de orçamento é possível fazer muito mais.

É também visível os custos das obras no município, sem igual pelo país.

Apenas uma pergunta, por que as letras maiúsculas? Na internet elas identificam que, se você estivesse falando estaria gritando.

Os bons argumentos não necessitam disto.

O Fernando expôs um problema que tem sido debatido por muitos. Ele não é o primeiro a tratar do assunto. A solução pode, e algumas vezes, é difícil ser encontrada em consenso, ou por maioria, daí que quem está no poder, tem o poder por representação para arbitrar e decidir, porém, pelo que estou entendendo você não aceita nem que o problema seja exposto?

Talvez, faça parte daqueles que assim desejam intimidar e calar os blogs?

Campos merece mais!

Anônimo disse...

E porque só em parte dela tem 3 faixas? No trecho inicial partindo do trevo da BR só tem duas faixas de rolamento. Seria esta parte da avenida um "atraso"? Parece óbvio dizer isto, mas a largura das vias está limitadas pela ocupação da cidade...

Anônimo disse...

A sinalização dessa avenida é péssima. Os Engenheiros que projetoram se esqueceram que veículo pode querer mudar de trajeto, mas lá não tem retorno.

Fui ao cemitério Campos da Paz e quando quis voltar percebi que não tem passagem para a pista no sentido BR 101.

Quase fui ao final da avenida sem encontrar um único retorno, fui obrigado a retornar num local proibido.

Se não tivesse feito isso, acho que teria chegado à Av. 28 de Março.

Uma avenida dentro da cidade que não permite estacionar, dobrar e nem retornar.
Onde será que esses engenheiros se formaram?

Nascimento Jr
nascimento.jr@bol.com.br

Alex disse...

O comentário do leitor é pertintente. Como sou morador do bairro IPS, tenho visto carros estacionados na banda de rolagem à direita e em horário de grande fluxo próx à esquina com r. maestro l. soares. Pelo jeito q está, vai haver muitas colisões pois os motoristas têm q desviar desses veículos. Complicado para quem é morador da rua e não tem espaço na garagem mas por outro lado tb é errado estacionar na banda de rolagem ou na calçada. No mais tenho observado altas velocidades nesta via sem falar dos ciclistas que não usam a ciclovia.

Renato C.A. Siqueira disse...

Prezado Fernando,

A questão das três ou duas faixas é a seguinte:

A Avenida Arthur Bernardes é uma via arterial e como tal, está definida de duas formas no Plano Diretor Participativo (Anexos da Lei de Parcelamento):
1- arterial com ciclovia lateral, que possui no leito de tráfego duas pistas para veículos motorizados, uma para estacionamento e uma para ciclovia. Este modelo tem o logradouro(testada à testada de lotes)com 40m de largura e o canteiro central é para paisagismo ou infra-estrutura;
2- arterial com ciclovia central, que possui no leito de tráfego duas pistas para veículos motorizados e uma para estacionamento, ficando no canteiro central a ciclovia e intra-estrutura. Este modelo tem o logradouro com 36,00m.
Considero, como urbanista, a necessidade de um terceiro corredor de tráfego, para veículos motorizados, diante do caos da 28 de março (obrigado a abrir trechos com três pistas de rolagem para desafogar o trânsito)e da expansão demográfica que a cidade irá sofrer em breve. Entretanto, o curioso é que as medidas das calçadas da Av. Arthur Bernardes não obedecem ao Plano Diretor Participativo: foram surrupiados 03m(três metros)da sua largura, no trecho novo (nos antigos mais). Ou seja, deveriam ter 06m(seis metros)mas tem apenas 03m. Desta forma, a solução que proponho (na lógica do Plano Diretor Participativo) seria ampliar de fato para três faixas de rolagem e em trechos estratégicos criar baias para os estacionamentos que poderiam ser paralelos ou perpendiculares à Av. Arthur Bernardes. A própria demanda e os usos identificariam estes trechos, que seriam compensados nos afastamentos frontais dos lotes, de modo a preservar as faixas dos passeios públicos com 06m, garantindo o aspecto urbanístico, especialmente a acessibilidade, e dinamizando a ocupação. Abraço.

Renato C.A. Siqueira disse...

Fernando,

também há de ser revisto as vias de retorno ao longo da Av. Arthur Bernardes (acabaram com elas), optaram por induzir o tráfego de uma via arterial (Arthur Bernardes) para vias de circulação (ruas adjacentes), sem infra-estrutura adequada e colocando em risco as vidas dos moradores destas. Uma irresponsabilidade. Isso sem falar na solução para o entroncamento com a Av. 28 de março. A passagem em nível será uma tragédia, há de se pensar em um viaduto ou rotatória para o trecho. Abraço.

jeremias disse...

Olha Roberto, sou aluno do cefet, por isso o chamei de professor...
2ºEu e minha família não temos nenhum vínculo com a prefeitura,graças a Deus..

E também penso como o senhor na questão que poderia ser feito muito, mas tudo o que se faz se comparado aos governos anteriores, os anteriores não fizeram nem a metade em muitos anos.E o tem mais 1 ano e meio de governo.
Quanto a questão da letra, na internet também se coloca a letra em maiúsculo para dar ênfase no que se está sendo dito,logo será o mais importante no que escrevi.
Só acho que o senhor deve repensar que quando defendemos ou criticamos o governo, não quer dizer que somos Garotistas ou que somos contra o Garotinho.SOMOS CAMPISTAS, QUE VIMOS NOSSA CIDADE IR NO FUNDO DO POÇO E AGORA PARECE ESTÁ SE REERGUENDO.. Poderia está se reerguendo com outro prefeito sim, mas está ai se reerguendo com a Rosinha,que apesasr de ter sido uma péssima governadora,sim está sendo uma boa prefeita.
Grande Abraço.

Anônimo disse...

Cade o resultado da contratação, de uma consultoria especializadíssima, por mais de dois milhões de reais, para fazer o Planejamento de Transito e de Transporte no municipio, na gestão interina do vereador Nelson Nahim.

Roberto Moraes disse...

Caro Jeremias,
O Cefet já não existe há dois anos, mas ainda assim é natural que os que lá estudam, ainda usem a sua antiga denominação.

Você precisa compreender que as notas e os comentários que são feitos aqui guardam interesse e preocupação para com a cidade, mais do que aqueles que apenas querem aplaudir e passar a visão de que as coisas estão ótimas.

O desejo do blog é e sempre foi que as coisas melhorem. Que os problemas sejam apresentados e discutidos. É evidente, que, a opinião divergente sobre estas ações do governo se apresentem, aliás, é salutar que assim seja, aqui neste espaço isto é possível, não nos espaços da PMCG ou no blog do ex-governador.

O que não é natural, mesmo para os mais bobos como eu, é que os que estão no poder, só aceitam os que lhe batem palmas, para isto pagam milhões à imprensa local, tal qual fazia Arnaldo e Mocaiber para elogiar o governo como você faz.

Esta nota, que você cometa é um exemplo claro, do que ela pode suscitar de opiniões, debates e aperfeiçoamento de uma ação que é de três governos. Ela foi projetada há mais de 50 anos, licitada, pelo valor absurdo pelo governo assado e ratificada por este, necessária, enquanto perimetral, para desafogar o trânsito das vias mais centrais. E, no entanto, o governo atual, quer atribuir como um feito exclusivo seu, e mais, não admite sequer, questionamentos, sobre o aperfeiçoamento do que está feito, observando as sugestões de quem usa a via, de técnicos no assunto, de moradores da região do entorno, etc.

Falar em reerguimento é um exagero, muito próprio, dos que defendem cegamente e não daqueles que efetivamente desejam o aperfeiçoamento.

As contratações fisiológicas vias as empresas terceirizadas e por indicação continuam continuam iguais ou maiores, consumindo mais de duas centenas de milhões de reais por ano, as licitações têm os preços mais caros do país. Veja o sambódromo.

Com valor igual, no interior de MG você teria a construção de dois a três ginásios de esportes completos, etc.

Portanto, esta visão que você tem e que tem todo o direito de passar é a mesma para os quais a mídia foi comprada por milhões que seriam do nosso povo para tentar sedimentar uma posição, de que atual gestão é melhor que anterior e isto basta.

Oh, Jeremias, Campos precisa de mais, muito mais!

Com R$ 2 bilhões em quatro anos, serão mais de R$ 8 bi, você há de convir, com ou sem paixão pelo casal, que é possível fazer muito mais.

Sds.

Fernando Aguiar disse...

Renato: Seus comentários são pertinentes e é evidente que uma terceira faixa contribui para o fluxo de trânsito. Pudessem ser quatro, cinco ou seis, melhor ainda, mas sabemos que não há espaço. O que é fato hoje e pode ser visto a olho nu, é que não se trafega na faixa da direita em boa parte da avenida, o que a reduz para duas faixas de rolamento, na prática. Existem soluções como a que você sugere, mas não vejo sinais de será feito algo. Enquanto isso a EMUT dá o exemplo de onde estacionar...

Anônimo disse...

QUÁ QUÁ QUÁ QUÁ !

Isso aqui professor, é um vale tudo generalizado. Gente civilizada e polida não pode morar aqui não !