65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, agosto 23, 2011
Jornais de Campos avaliados há 85 anos
Relendo, neste domingo, o livro “Subsídios para História do Jornalismo em Campos” de Theophilo Guimarães, publicado em 1927, eu encontrei interessantes informações que trago para este espaço.
O primeiro jornal impresso do município Campos foi o Correio Constitucional Campista. Sua primeira edição é de 1 de janeiro de 1831. Antes, segundo o autor, existiam apenas publicações escritas à mão, como o Espelho Campista, de 1826, de Prudêncio Joaquim de Bessa, que o autor não considera como o marco da imprensa em Campos.
O autor diz que para o historiador Julio Feydit era apenas o Correio Constitucional, embora no catálogo da Biblioteca Nacional a referência seja para o Correio Constitucional Campista, cujo proprietário era Antônio José da Silva Arcos. Guimarães também questiona Feydit que se refere à data de 1830 e não 1831, há 170 anos.
Também pelo livro se seguiram, também em 1831, no mês de maio, o Pharol Campista e o Goytacaz. Em 23 de junho, em 1834, em 4 de janeiro, o Campista e outros como, A Miscellanea; O Popular; O Diabo Coxo; O Mentiroso; O Mosquito, e em 1835, em 1 de janeiro, o Reconciliador Campista.
Em seu livro, Theophilo Guimarães, fez uma análise do período de um século, entre 1826 e 1926 e resumiu assim o período:
“Particularmente, poderemos dizer que os jornaes de Campos se subdividiram em criticos, políticos e literários. Quase ignorada foi a existência da imprensa imparcial, sujeita, naquele tempo, a duas tyrannias: a do atrazo do povo e á das injuções do meio, enredado pelos parentes, pelos compadres, pelos amigos do jornalistas”.
Guimarães acreditava na imparcialidade e defendia no início do século XX (1900) a criação na região de uma Escola de Jornalismo na “presupposição de que os diplomados por aquella Escola procurariam manter, por todos os meios e modos, a honra e a moral dos seus títulos. Sempre nos pareceu que a Imprensa devera ser um verdadeiro sacerdócio, alheia a tudo que não estivesse pautado na razão e pela verdade, cega aos interesses e indemne de paixões”.
O blog mais adiante trará, se for do interesse dos leitores-colaboradores, mais dados do livro do Theophilo Guimarães, inclusive sobre publicações anônimas.
O mais antigo cabeço – que é como identificam o cabeçalho do jornal – publicado neste livro é de Teophilo Guimarães é o do "O Caixeiro", lançado em 17 de fevereiro de 1873, formato de 26 x 16, um “semanario poetico e noticioso, especialmente dedicado à classe caizeiral de Campos; impresso em papel de cor; redactores: Costa Sobrinho e H. Aguiar; sahia da typ. Da O Ordem”.
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