É interessante como a propaganda pode até você julgar melhor o que não é. Com o marketing pesado e repetido você pode até mudar de opinião. Não sou especialista em telefonia, mas não posso entender que alguém possa julgar a tecnologia via rádio, melhor do que o tradicional telefonia celular na comunicação sem fio.
Por conta da propaganda, do merchandising nas novelas, mostrando as pessoas falando no equipamento como se estivesse num microfone, já que na tecnologia de rádio, ora você fala, ora escuta, já que no celular e no fixo a comunicação é bidirecional e não unidirecional como via rádio. Chega ser engraçado ver as pessoas falando alto e com o aparelho apitando e julgando estar com algo melhor do que o tradicional celular.
Na questão das tarifas pode até ser compreensível, mas, o uso mais elitizado e ampliado dos rádios, como instrumento de comunicação mudaram a visão que as pessoas tinham do rádio Nextel, antes, visto com pouco caso, já que eles começaram no Brasil com o uso nas periferias e com as pessoas de menor poder aquisitivo. Agora, isto se inverteu.
Dizem que a Vivo prepara sua entrada nesta área, de olho neste mercado, num acordo comercial para usar linhas de comunicação da Petrobras que seriam alugadas pela operadora. Enfim, o mercado propicia coisas que às vezes é difícil de imaginar. É como diz meu amigo Marquinho Maciel: “eu aprendi telecomunicações numa época em que telefone era com fio e televisão era com antena e sem fio, agora as coisas mudaram”.
Bom que o cliente esteja mais informado, porque assim, observando a tarifação, paga mais por menos, quem quiser e julgar que pela moda vale à pena.
3 comentários:
No caso do rádio, professor, a horizontalização do uso pelas empresas se deu por demanda econômica.
Havia outra especificação: No início, era pouco comum que as inteceptações quebrasse o sigilo das conversas, por restrições tecnológicas.
Aí, as empresas como a nextel enxergaram o nicho: vender exclusividade, segurança de dados, e associar o uso a algo ou alguma função importante, que merecesse tal investimento, uma vez que era mais comum o uso corporativo.
Pronto, está aí uma moda que não atende muito bem o fim ao qual ela se destina, mas dá "status".
Um abraço.
PS: os rádios tem um dispositivo para conversas privativas(sem alto-falant/viva-voz), mas é mais "chique" ser sem-educação, nesse caso(e quem sabem em outros?).
Professor,
Bom mesmo é dar opinião sobre o que se conhece. Depois wue vc tiver um radio, não voltará para o celular. E outra, a vivo já tem radio e é uma grande porcaria, nem se compara ao nextel.
Pois é professor, a gente pode até imaginar que apenas possamos opinar se compramos ou consumirmos(esse, afinal, é o interesse de todo o marketing: só opine e comprar).
Eu não creio que os melhores oncologistas tenham que adoecer de câncer, ou os melhores urbanistas morem em favelas.
Mesmo assim, ainda que não conheça o produto(pois ele de nada me serve)sabemos bem distinguir a falta de educação e respeito com o espaço público gritados aos rádios, e a presunção de alguma forma de distinção que os adeptos da "moda" cultuam.
Um abraço, professor.
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