Com este tema é que foi aberto nesta terça-feira à tarde, com uma palestra da antropóloga americana Jean Comaroff, o IIº Seminário “Cidades – Futuros Possíveis”.
Como convém a uma conferência de abertura o tema foi abrangente sobre os novos desafios da geopolítica mundial. A conferencista chama de Sul-global (baseado na Teoria do Sul) e diz que os países do Sul crescem de importância em relação à “Euro-América”.
Na opinião de Comaoff, o “Sul-global” está expondo modos de vida criativos com perspectivas de assumir uma nova vanguarda. Novos tipos de urbanismo estão sendo mostrados pelo Rio de Janeiro, Lagos na Nigéria, Mumbai na Índia entre outros.
No contexto político Comaroff faz uma distinção entre a modernidade e a modernização e para ela as pessoas do Sul não têm a promessa da modernidade e que no mundo contemporâneo a divisão entre o Sul e o Norte é mais tênue e que cada vez há muito do Sul no Norte e muito do Norte no Sul.
Mesmo que como exercício, a cientista social não descarta a hipótese de que a história de metrópole e colônia sejam invertidos, como que virando o mundo de contra-cabeça, embora, se deseje uma novo tipo de relação.
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