É evidente que há, no mínimo, um desconforto em relação à posse do cunhado Nahim, em seu lugar à frente da Prefeitura, após a decisão judicial.
Ninguém fala abertamente sobre o problema, mas, a verdade é que o fato do presidente da Câmara ter se recusado a presidir a sessão do Legislativo na mesma tarde do calor da cassação. Lá poderia promover um palanque de defesa do seu grupo político, mas a opção foi pela desmobilização dos demais membros das bancada de apoio ao governo Rosinha.
Nahim evitou ainda a imprensa. Não apareceu na sede da Prefeitura para se solidarizar com a prefeita, sua cunhada e uma das líderes do seu grupo político, e ainda, se viu obrigado a enxergar como natural, o fato desta decidir resistir, segundo as palavras dos próprios aliados, para fincar trincheiras de resistência, no próprio prédio da Prefeitura, onde poderá exercer a interinidade, apontando no mínimo um estranhamento.
Se são do mesmo grupo político, porque não fizeram questão de mostrar esta unidade? Os apoios na reta final das eleições de deputado, em outubro do ano passado, parecem não estarem esquecidos.
Aliás, por parte da prefeita, não pode ser considerado, uma coincidência a decisão de resistir no prédio da PMCG, o que, mais uma vez, no mínimo, cria constrangimento, àquele que por decisão judicial cumprirá mais uma interinidade.
É também fácil de se compreender que a situação agora, é bem diferente do momento anterior, em maio do ano passado. O presidente da Câmara já conhece os meandros do executivo, e sabe perfeitamente com quem pode ou não contar.
A prefeita e seu consorte (o deputado) avaliam a princípio de forma otimista que seu afastamento e a interinidade do cunhado (irmão) será pequena, por conta do que consideram fragilidades do rito processual, embora temam o mérito da questão.
A troca de posições, neste último período de troca possível de partidos, para a organização das nominatas e articulação das coligações partidárias, para a disputa pela vereança é mais um problema a ser administrado, ou uma solução a ser implantada para voos solos.
O blog não tem intenção aqui de ficar fazendo intrigas, porém, o presente caso se trata de relações políticas com repercussão para toda a sociedade, portanto, não de uma pequena uma simples rusga familiar.
O blog também não estica demais a análise, até àqueles que imaginam e projetam, a possibilidade de mudança de partido e um acordo com o governador e setores da oposição para um enfrentamento eleitoral.
Porém, não se tem dúvidas que há nuvens no céu. Se o vento será o nosso tradicional, calmo e acomodador nordeste, ou o vento sul das mudanças de clima, só o tempo dirá, mesmo que para muitos, a troca possa ser apenas de seis por meia dúzia. A conferir!
3 comentários:
como ele vai estar junto a cunhada se mal se falam..
Qdo um chefe de executivo desobedece uma determinação judicial abre um precedente gravíssimo para a institucionalização da baderna,da anomia social.
Já passou da hora de Campos ter uma política MADURA .Já passou da hora de Campos ter uma postura democrática, onde o diálogo e a convivencia entre contrários seja coisa normal na política.
Estamos cansados de tanta desfaçatez.
Estamos enojados de tanta insensatez.
Esperamos que o presidente da camara deixe de ser um baba-ovo e que cumpra a determinação judicial com a maturidade e a responsabilidade que requer seu cargo.
Caríssimo Blogueiro, bom dia, queria fazer algumas considerações:
Como campista da "gema" e da "clara", eu acho muito lastimável o que vem acontecendo na planície goitacá.Num momento em que a cidade está vivendo um "boom" econômico, por conta do Porto do Açú e a Barra do Furado, o cenário de cassação de mandato da chefa do executivo pode ter um significativo prejuízo em futuros investimentos, não aos que estão em trâmite corrente.Eu nunca morri de amores pela gestão Garotinho, embora muita gente ao meu redor os julgue que ela está sendo a melhor dos piores que já governou o município.Hoje, se vê uma cidade com obras para tudo e qualquer lado, mas que não terminam.A Dinastia Garotinho parece querer ser parecida com governos do Oriente Médio, como a da Líbia de Kaddhafi - tanto que Rosinha mesmo disse que só sairia da prefeitura presa - não quer largar o osso.É preciso observar, que em Campos há uma variante de uma expressão que se imaginava quer fizesse parte do passado: o voto de cabresto.Blogueiro, esse voto de cabresto campista é gerado pela terceirização existente na cidade.O processo nº 0259600-68.2008.501.0281 do Tribunal Regional do Trabalho, julgado em 16/08/2011, mostrou que a terceirização gerou uma jurisprudência grave em Campos.Essa questão ajuda a explicar o "sucesso" político do casal Garotinho, vamos dar "empregos" e não fazer concursos públicos, como manda o Direito Administrativo.Todas as pessoas que estão ao lado dela, em grande maioria, não são servidores concursados, são os terceirizados indicados pelos membros seletivos do grupo que está ao lado do casal Garotinho, com medo de perder a boquinha.
Enfim, uma cidade que recebe Royalties do Petróleo, não merece esse tipo de coisa.E, mais, as cidades vizinhas que tem ligação sócio-econômico com Campos, são influenciadas por esse vício político.E temos que estar de olho e lutar por uma alternância de poder necessária.
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