O governo fez uma reunião "tensa" ontem no Palácio do Planalto. De volta dos Estados Unidos, onde se encontraram com autoridades de outros países e com empresários, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliaram que o diagnóstico da crise financeira mundial mudou. A situação está pior do que se esperava e pode exigir a adoção de novos ajustes na política econômica.
Dilma e Mantega retornaram pessimistas e com a expectativa de que a crise na Grécia pode ter um desfecho ainda esta semana, com consequências imprevisíveis sobre o sistema financeiro europeu e, portanto, sobre a economia mundial.
"Algo deve acontecer. A Grécia está por poucos dias", disse uma alta fonte oficial. O governo brasileiro "está a postos" para agir e, se necessário, adotará medidas conforme o desenrolar da crise na Zona do Euro e suas consequências sobre o sistema financeiro europeu, assegurou a fonte.
Até a semana passada, a expectativa do governo era que haveria um agravamento da crise lá fora, mas sem ruptura, como a que ocorreu em meados de setembro de 2008, quando o banco americano Lehman Brothers quebrou. A nova rodada da crise confirmaria o desaquecimento na economia mundial, refletindo-se numa contração adicional àquela que a economia brasileira já vem enfrentando, mas com os mercados funcionando normalmente.
Fonte: Valor.
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