Eu tenho acompanhado, desde a semana passada, todo este cenário político em que se avalia a possibilidade da sentença, em primeira instância, de uma magistrada incumbida de cumprir sua missão na decisão, num dos inúmeros processos que atua, no caso específico da atual prefeita de Campos, Rosinha Garotinho.
Não é novidade para ninguém a existência do processo, seu andamento e o seu conseqüente julgamento. Não sou causídico, não acredito em carochinha e nem, por outro lado, sou adepto dos delírios persecutórios de quem adora o figurino de vítima.
Imaginar que algum Juiz ou Juíza receia críticas, pressões ou manifestação é querer se iludir, ou iludir incautos, de que estes magistrado(a)s se envergonham de suas profissões, pela simples incapacidade, com as pressões da parte, que sempre existirá de quem não foi contemplado com a sentença favorável.
As manifestações são livres na democracia que vivemos, da mesma forma, que o respeito às instituições, inclusive a Justiça.
Porém, duas coisas me chamam a atenção neste processo:
A primeira é que a convocação (ou seria convite) que acabei de receber, por e-mail, de diretor de um jornal local, mistura a todo o tempo a questão dos royalties, sobre a qual já manifestei ontem (aqui) com o julgamento de um processo eleitoral, como que dizendo que uma coisa atrapalha a outra e vice-versa, como se o desenrolar de um processo, pudesse se contaminar, ou se basear não em fatos, mas, em circunstâncias posteriores ao objeto que está sendo julgado, o que aí sim, seria uma pressão indevida sobre o(a) magistrado(a). A intencional mistura evidencia os motivos que já estavam por trás daquela manifestação, ou não?
A segunda é sobre o desdobramento político de uma decisão similar à tomada, há um pouco mais de um ano atrás, por outro magistrado, que havia afastado a prefeita, hipótese agora retomada neste mesmo processo.
Espanta-me, não mais a questão jurídica, mas política: quer dizer que a posse do irmão no lugar da esposa atende ao interesse de seu, hoje, maior adversário o governador?
Que relação política é esta, para além da familiar, que num mesmo partido, apoiador do mesmo governo, uma possível posse do irmão poderá deixar o governo do município distante do deputado e próximo de seu desafeto, o atual governador? O blog quer apenas entender como se faz hoje política em nosso município.
4 comentários:
Roberto, Rosinha hoje é disparada a grande favorita.. e se ela for cassada a oposição tem chances de vencer... e grandes chances.. Qual candidato a situação tem para lançar candidato? Quem?
Anonimo de 12:10 muito simplista sua observação, vc quer dizer que com a Maquina na mão ela ate podera ter chance. O que o prefessor na realidade coloca em questão é a relação politica e familiar dos INHOS que mais parece o samba do criolo doido.
Eu até entendo que oposição é para questionar tudo que está errado, mas ficar atacando um governo que está revolucionando a políica da nossa cidade é o mesmo que dizer para todos que os inhos são imbatíveis.
Anônimo das 3:21, o que é revolucionar para você?Se revolucionar é manter uma dinastia politica que só beneficia aos amiguinhos, eu não sei mais o que é revolução.
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