A ameaça chinesa

Num só dia é possível, num rápido passeio pelos sites de notícias, ler seguidas declarações sobre a preocupação com o tamanho e a influência da China sobre a economia mundial e brasileira:

1. A China conta com metade das 300 maiores empresas transacionais do mundo;
2. A China se converteu no maior produtor de produtos industriais do mundo, além de fabricar todo tipo de bens em uma quantidade muito significativa;
3. A China responde atualmente por 71% das importações de manufaturados das quatro maiores economias da América Latina: Brasil, México, Colômbia e Argentina;
4. A China é o maior consumidor da produção mundial de aço, algo próximo a 50% do consumo aparente da produção do planeta;
5. A China é o maior importador de soja em grão do mundo.

Por conta da primeira constatação e da preocupação com esta ascensão da China e de sua força hegemônica, o presidente do Ipea, Marcio Porchmann defendeu uma estratégia comum dos países do Mercosul e da América Latina interligando cadeias de produção, sem se fechar ao comércio com o mundo e a China, mas um aperfeiçoamento de integração para responder à necessidade de melhorar as condições de competição e de inserção do bloco nos fluxos de comércio internacional. Porchmann alerta que o perfil dos investimentos chineses está ligado à criação de mercados cativos provedores de matérias primas. Comentário do blog: As medidas sugeridas vão numa direção interessante, mas, parecem insuficientes diante do cenário que avança.