65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, novembro 22, 2011
Estácio tenta captar R$ 200 milhões no mercado para comprar e/ou criar novos campi
A Estácio S.A. companhia que administra a Universidade Estáciode Sa em reunião do seu Conselho de Administração, na última sexta-feira, decidiu emitir debêntures visando captar até R$ 200 milhões para comprar novas empresas ou criar novos campi.
Interessante observar como as discussões sobre educação, pedagogia, qualidade da formação são substituídas por uma nova (não sei se tão nova) lógica quando a opção pela entrada no mercado de ações foi tomada.
Sem querer negar a lógica capitalista, há setores em que é mesmo muito difícil ajustar os interesses de quem quer o lucro, daqueles que defendem uma melhor formação, não apenas para o mercado de trabalho, mas para a vida que o cidadão terá após o período escolar.
Por que decidir por um melhor e mais bem remunerado professor, ou por uma ampliação de equipamentos de laboratórios ou de uma biblioteca, se esta decisão significar deixar o lucro escapar?
De toda a forma é bom que esta informação chegue até você. Assim você tem oportunidade de melhor interpretar o mundo que o cerca.
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5 comentários:
Um dia, assisti a uma aula na qual o professor, logo no primeiro contato com os alunos, disse:
"Qual o objetivo de voces?" Em seguida, completou: "Quem está aqui pra passar de ano?"
Eis que, por lógica, a turma inteira levantou a mão. A surpresa, porém, vinha com a outra opção:
"E quem está aqui para APRENDER?"
Parece óbvio e trivial, mas o pensamento daquele mestre tinha uma profundidade enorme.
Quem está ali para "passar de ano", pouco se importa em entender a matéria. É decorar, colar e passar. Assim é a grande maioria (e me incluia nesse grupo), cujo objetivo fica a "curto" prazo.
Mas quem vai ali para aprender, vai muito além. E passar de ano é consequencia desse primeiro objetivo.
Colar, neste caso, é roubar a si mesmo, só para pôr um papel na parede que nao representa nada além de um "eu fiz o que foi preciso" e nao um "eu fiz o que eu me propus fazer".
***
O caso dessa expansão "Estaciana" demonstra um pouco disso. Como as pessoas entram nas universidades para passar de ano, cumprir cargas horarias do MEC e ilustrar curriculos, pouco importa se o campus é bem equipado e os professores capazes.
O objetivo ali é bem menor. "Eu só quero passar". E isso é muito mais barato que buscar aprender.
No dia que aluno (principalmente de escolas particulares) entender que horário vago e sair cedo sao situações em que ele, na verdade, é le$ado e nao beneficiado com folga, talvez isso comece a mudar.
pede pro BNDES emprestar.
se pra quem cobra pedágio caro e nao faz nada, eles dao quase 1 bilhao, que seriam 200 milha pra quem vai educar?
Quem tiver a curiosidade de ver resultado do ENADE que o MEC divulgou há poucos dias pode conferir o desempenho pífio de boa parte dos cursos da Estácio.
Como recentemente li na internet, essas universidades "são fábricas fordistas de diplomas".
O link para o artigo da Estácio de Sá na Desciclopédia já diz tudo
www.desciclopedia.ws/wiki/Universidade_Estácio_de_Sá
Fala sério, sabe qual o objetivo de uma matéria na faculdade? nenhuma! O que você aprende em sala de aula não serve praticamente para nada o que o mercado de trabalho exige... Sabe qual o maior desafio de um docente? Mostrar a teoria e a efetividade da teoria na prática! Você fica 5 anos estudando e aí se pergunta: O que eu aprendi? Será que o meu diploma será suficiente para o mercado? Não! muitas das vezes a "indicação" sai na frente...
abraços a todos!
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