65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, novembro 03, 2011
Impacto viário pela implantação do Complexo do Açu será maior em 2013 e 2014
Os EIA/Rima (Estudo e Relatórios de Impacto Ambiental) dos empreendimentos do Complexo do Açu apontam para uma sobrecarga nas vias de acesso, especialmente, no pico das obras de implantação, que esta previsto para acontecer entre 2013 e 2014, e também na fase de operação de alguns empreendimentos e continuação da implantação, até 2015.
Portanto, o pico do impacto viário se dará daqui a dois/três anos, num cenário, em que o Corredor Logístico não estará pronto.
Os estudos do impacto viário se basearam no método HCM que usa como unidade a UCP (unidade de carro de passeio). Por esta regra, segundo o Denatran um caminhão médio equivale a 1,75 a 2,00 UCP, enquanto um ônibus urbano de 1,5 a 2,25 UCP.
As principais vias de acesso ao Complexo do Açu, sem o Corredor Logístico se dão pela: BR-356, RJ-240 (30 kms - da BR-356 até a Vila do Açu), RJ-238 (Rodovia dos Ceramistas - 12 kms - De Ururaí a Donana) e RJ-216 (Campos-Farol com 52 kms).
Como não poderia deixar de ser o impacto maior até que o Corredor Logístico seja autorizado (licenciado - com o percurso que for) e contruído será na rodovia BR-356, com fluxo mais pesado entre Campos e o início da RJ-240, na entrada em Caetá, mas também, num nível um pouco menor, no trecho da entrada para o Complexo até Grussaí e SJB, que poderá ser maior se a contrrução da Ponte João Figueiredo entre Degredo e SFI tiver sido retomada. O mesmo deverá acontecer, porém, em menor intensidade na RJ-216 e menor, mas também perceptível na RJ-238 e BR-101.
Diante do quadro, não há como não lamentar que não se tenha atentado para o fato, quando dos trabalhos de recuperação da BR-356, entre Muriaé e SJB, quando se poderia tentar incluir no trecho de menos de 20 quilômetros, entre a avenida Alberto Lamego e a entrada da RJ-240 em Caetá, um projeto de duplicação.
Como a ampliação/duplicação não se deu é fácil concluir que a situação será complicada, especialmente em 2014, quando se tem previsão de que as rodovias BR-356, RJ-240 e RJ-216, sejam utilizadas em suas capacidades máximas (ou até acima) com velocidades reduzidas com prováveis e intermitentes congestionamentos.
Veja abaixo o mapa das estradas de acesso ao Complexo do Açu:
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2 comentários:
A própria BR 101 ficará caótica, se a duplicção não for concluída antes de 2013. Simplesmente ficará inviável.
Na verdade, a maior parte do fluxo passa pela BR 101, quase tudo "desagua" na BR 101.
Enquanto isso em Martins Laje, Barcelos e Cajueiro os imóveis situados às margens da BR-356 estão cada mais vez mais avançando sobre a rodovia.
Se não houver fiscalização moradores e comerciantes vão se apropriar do acostamento construindo sobre o mesmo. Calçada já se tornou, pois já estão levando os muros até rente ao asfalto.
Depois quando alguém é atropelado, queimam pneus e pedem mais quebra-molas. Atrasando mais ainda a vida dos usuários da rodovia.
Isso é Brasil! Cadê o respeito à distância mínima das construções em relação a uma rodovia federal???
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