65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, novembro 03, 2011
O plástico segue avançando...
Tijolo plástico
"Brasken, DuPont e a Global Housing International anunciaram hoje o lançamento no mercado brasileiro de um novo conceito para a construção no país - o "concreto PVC". Como o nome sugere, trata-se de um tijolo de plástico modular destinado, em um primeiro momento, ao mercado de residências populares. O produto acaba de ser homologado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e recebeu a aprovação da Caixa Econômica Federal para a construção de mil casas em todo o país, o primeiro passo para obter a homologação no programa "Minha Casa, Minha Vida".
De acordo com Roberto Gandolfo, diretor da Global Housing, a adoção do tijolo de plástico reduz de 10% a 15% os custos de construção direta. Suas vantagens, no entanto, não param por aí. "É possível levantar uma casa em até uma semana. O tijolo de PVC tem durabilidade, facilidade de limpeza, baixa manutenção e resistência ao fogo - o PVC é o único polímero auto-extinguível", diz. O isolamento acústico e térmico é garantido pelo concreto, injetado dentro dos tijolos feitos ocos. "Como em um Lego, eles vem em módulos facilmente encaixáveis. Permite até o puxadinho", diz ele.
A parceria entre a Braskem e a catarinense Global Housing foi iniciada há dois anos. A primeira fornece os polímeros para a produção dos tijolos. Mais recentemente, a DuPont ofereceu um ganho de tecnologia ao agregar o dióxido de titânio, que garante o não envelhecimento do produto devido a incidência de raios ultravioletas. O titânio também contribuiu para a pigmentação branca dos tijolos.
A ideia inicial veio de um produto similar desenvolvido no Canadá. "Fizemos algumas melhorias, como no encaixamento das peças, e aumentamos a espessura dos tijolos, de forma a ajudar no isolamento acústico", diz o executivo. A fábrica em Araquari (SC) tem capacidade para produzir cerca de 5 mil moradias por ano. Por enquanto, apenas projetos pontuais apresentam a nova tecnologia. Um exemplo foi o fornecimento de tijolos de PVC para a construção de 500 casas em Santa Catarina, após as enchentes que assolaram o Estado.
Com a homologação do IPT - que atesta a eficiência do produto para comercialização - a intenção é elevar a produção anual para até 50 mil por ano. Isso seria atingido através de parcerias com o setor privado, que já teriam mostrado interesse, segundo Gadolfo. "Queremos montar mais umas três ou quatro plantas e descentralizar a produção".
Fonte: UOL.
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