O blog recebeu do professor Wainer Teixeira de Castro o texto de desabafo que publica abaixo:
“Prezado Prof. Roberto,
Julgo importante compartilhar com seu blog uma situação que aflige todos nós que possuímos residência, empresa e ou mesmo, transitamos pela rua Visconde de Itaboraí, antiga rua do Convento. 0s furtos e assaltos.
Ontem, entre 20h e 23h30 min tive meu carro furtado, fato corriqueiro nesta rua. 0s furtos são tão corriqueiros que acabam por banalizados, algo natural.
Há pouco tempo atrás eu acompanhei Pe. Nelson Antônio Linhares, Reitor do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a uma reunião com o comandante do 8º BPM, gestão anterior a esta, ponderando a importância de reforço de policiamento da área, considerando o grande movimento de alunos por conta da Universidade Vizinha e também o fluxo considerável de frequentadores do Santuário, cada vez mais crescente.
0 fato é que precisamos de mais segurança, mais política pública de segurança, mais inteligência, investigação. É de fundamental importância que os infratores sejam identificados para que a justiça possa prevalecer. A andar como estamos fico a imaginar como nossa cidade ficará com o desenvolvimento anunciado com os grandes investimentos, em parte, já realidade.
Entendo, que o desencanto não pode ser mais do que a indignação quanto ao fato de você trabalhar e infelizmente não se sentir seguro. Esta noite foi meu carro, mas amanhã, amanhã Roberto, para o dia de amanhã, fica a reflexão de Maiakowsky para todos nós, super atual:
"Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam nossas flores, matam nosso cão. E não dizemos nada. Até que um dia... o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer mais nada".Gostaria, sinceramente, que nossos universitários tivessem mais segurança para poder estuda. Gostaria que as pessoas religiosas pudessem com tranquilidade exercer a liberdade de professar seu culto e, principalmente, gostaria que os cidadãos pudessem exercer o direito de ir e vir. Mas o mais importante, gostaria que as autoridades competentes pudessem se manifestar sobre as providências que estão sendo tomadas quanto necessidade imperiosa de dar segurança ao cidadão campista. Há, Roberto, gostaria de ter meu carro de volta. Com o abraço agradecido.
Prof. Wainer T. de Castro.”
8 comentários:
pague estacionamento
Roberto, não sou autoridade, nem ao menos competente, mas gostaria de opinar sobre o tema:
Desnecessário dizer que o lamento do professor é justo, afinal, quem paga seus impostos e adquire legalmente um bem(nesse caso um carro)tem todo o direito de exigir segurança pública.
Repudiamos também a banalização dos crimes. Nenhuma modalidade deve se repetir a esse ponto.
Mas entre o que desejamos e a realidade há uma enorme distância: Veja, a própria igreja deveria ser um ambiente onde o crime não existisse, mas lá crianças sofrem abusos.
Um erro não justifica outro, eu sei, mas enxergar isso é fundamental para encaixarmos nossas "expectativas" e "simbolismos", e não repetirmos "chavões" sobre segurança pública que a mídia comum cansa de repetir como mantra.
Assim, o problema da fala da vítima é a visão fracionada desse protesto, que o transforma de reivindicação justa pela coletividade em mera solicitação de atenção especial e estrato determinado, ou seja, proteção para alguns privilegiados.
Há crimes muito mais graves em andamento, e todos sabemos da complexidade do tema do combate a criminalidade (violenta ou não).
Sabemos também que política pública de segurança é um tema, que por sua complexidade e múltiplas possibilidades, exige ações conectadas, planejadas, ora controlando, ora fiscalizando, ora reprimindo, ora prevenindo.
Ações setorizadas são bem-vindas, mas não pode significar todo esforço, e mais:
Na ausência de uma política ampla e perene, reclamar por causa de um carro parece um elitismo esnobe, se considerarmos a série de conflitos que a sociedade está exposta e que cabe ao aparato estatal resolver, como: homicídios, roubos, crimes sexuais, contra mulher, crianças, tráfico de drogas, etc.
Então concluímos que não adianta pedir pelas pessoas religiosas o sossego necessário para praticarem seus atos de fé sem a admoestação dos "amigos do alheio".
É bom que se diga ao professor que há inteligência e investigação na polícia, e ela, na maioria das vezes é direcionada pelas escolhas e o senso que a sociedade tem do combate à violência, ou seja: O aparato policial se move pelas escolhas dessa sociedade.
Ele mesmo, um intelectual influente, um religioso e humanista só resolveu escrever sobre tema tão grave quando foi-lhe surrupiado o patrimônio.
Será que todo do drama da violência se resume a isso?
Então é preciso dar um sentido e peso correto a nosso sofrimento e medo, senão, paradoxalmente, substituiremos o sentimento péssimo da banalização pelo não menos perigoso sentimento de paranoia coletiva, comum na classe média, e que tanto, ou mais mal faz ao planejamento das ações do Estado e seus agentes.
Um abraço.
Coloque alarme e rastreador.
Não se lamente por ser um cidadão comum.
Ou acha que a rua e o mundo são a CDL e o Hospital Alvaro Alvim e a FMC que você dita as regras?
Muitos destas instituições e até os médicos prejudicados por suas atitudes estão rindo à toa.
Bem feito, quem com ferro fere, com ferro será ferido!
ao bunitao das 11:33:
muito perto dali, no estacionamento do SuperBom da 13 de Maio (que na verdade sai em frente ao Parque Alzira Vargas) teve seu veiculo roubado ao sair do local.
e nao são so carros que estao sendo roubados (por inteiro): muitas vezes eles so levam os estepes do porta malas, tal qual aconteceu no aeroporto Tom Jobim, no Rio (ou SP, nao sei ao certo) e foi divulgado na Globo.
o ruim do ser humano é desistir de lutar por seus direitos, e ainda querer fazer piada com um assunto desses.
Ao bonitão das 11:33
a próxima vítima pode ser você :]
A coisa é mais que séria, as ocorrências estão sendo banalizadas, e a subnotificação é cada vez maior. Temos que ter polícia nas ruas, combate aos maus policiais, integrar a Guarda Civil ao papel de patrulhamento urbano, nas praças do flamboyant tem gente fumando maconha direto com a maior tranquilidade. Que isso ? Onde vamos parar? Veja o caso das casas de prostituição na Lacerda Sobrinho, próximas as escolas, quanto inoperância, quanto tempo demorou levaram para agir...
ai.. será que o bunitão como diz vcs ai das 11:33 tem carro, deve andar de pé ou de bicicleta, cuidado para não ser assaltado tb hem... já que ao meu ver a segurança não diz respeito apenas para quem tem carro e vim aqui questionar é facil mas colocar a cara na reta para defender seus direitos o bunitão não vem não, estamos em um pais livre temos direito sim de querer o que é bom para todos nós, e a segunça está sim, cabe a nós cobrar das autoridades pois estamos exposto em qualquer lugar seja de carro ou pé ou até mesmo dentro de nossas casas.
Mas,professor,onde moram as pessoas que comandam a nossa cidade,tanto a nivel municipal,estadual e federal?E o poder aquisitivo aliado a farta "segurança" que "eles" sao beneficiados,com pessoal cedidos e pagos por nos contibuintes,e sempre armados.De formas que esse problema é nosso,do povo,se a "eles",nada acontecem,ja que ate o carro que utilizam nao sao "deles" e sim,pagos por nos..."eles' ja perderam algum veiculos,ja foram assaltados,sabem o que é engarrafamento,ruas esburacadas,passam pela beira valao e J.Carlos P.Pinto(so duas ruas por exemplo),"dirigindo"?Claro que nao,esse éo problema,enquanto continuar acontecendo só com os outros...Campos irá continuar assim,rica e abandonada!!!
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