quarta-feira, novembro 02, 2011

Saneamento: entre as 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes, com todos os recursos dos royalties, Campos cai do 51º para 56º lugar!

O resultado consta de um estudo com ranking que vem sendo feito desde 2003, pelo Instituto Trata Brasil com dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) do Ministério das Cidades para as 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes.

Este ranking leva em conta diversos indicadores como população total atendida com água tratada e com rede de esgotos, índice total de perda de água tratada, tarifa média praticada, além dos investimentos.

Para cada indicador o estudo estabelece um ranking de evolução e a combinação destes para fazer a classificação no ranking. Nestas contas a coleta e o tratamento de esgotos têm peso 2, por serem os indicadores que geram os maiores impactos negativos.

O município em primeiro lugar da lista é Santos, SP. Em seguida Uberlândia em Minas Gerais. Interessante observar que no município de Uberlândia, a operação do saneamento básico é pública e totalmente executada por um órgão municipal, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) que está investindo mais de R$ 200 milhões em saneamento.

Uberlândia oferece água potável para 99% dos moradores, a rede de esgoto atende 96% das residências, e quase 70% desse esgoto é tratado. O prefeito de lá diz que com os R$ 200 milhões usados em saneamento ele deixa de instalar com o mesmo dinheiro três hospitais equipados.

Enquanto isto, por aqui, com os royalties, se faz um sambódromo com quase R$ 100 milhões. Se desejar conhecer os dados, aprofundar o conhecimento sobre assunto clique aqui e veja o ranking entre 2003 e 2008 e aqui o mais recente ranking com dados do SNIS 2009, divulgados no mês de outubro passado.

Aliás, é oportuno recordar que o Censo 2010 do IBGE econtrou 37 mil domicílios sem rede de água, 58 mil sem esgoto e sem fossa, 10 mil sem coleta de lixo e 1,7 mil domicílios sem banheiros.

Veja abaixo a tabela de classificação de todos os municípios brasileiros com mais de 300 mil habitantes no ranking:

18 comentários:

Anônimo disse...

E no ranking de tarifas praticadas (que posiciona melhor quanto menor a tarifa) estamos em 71º lugar! Ou seja, um péssimo serviço com uma das tarifas mais caras do país!

Anônimo disse...

É mentira, quem produziu a pesquisa foi o pessoal de Sergio Cabral e a Rede Globo.
Mais uma vez fica claro a perseguição ao Dep Garotinho Candidato ao Governo do Estado.
Ass. DAS

Anônimo disse...

Ao anônimo das 1:49,vale lembrar que o ano pesquisado é o de 2009.. 1º ano de governo Rosinha.. Ainda não existiam os bairros legais, e as casas populares..
Aguardemos o de 2011,2012 para vermos..

Anônimo disse...

Esses dados são mais uma prova de que os royalties não nos servem em nada.
Servem apenas às ambições políticas e aos caprichos dos que governaram e dos que governam o município.

Quanto ao comentário apócrifo de 1:49, só tenho a lamentar. Por que será que ele não trouxe um único dado para descaracterizar o estudo ou para provar a ingerência de Sérgio Cabral. Trouxe apenas uma acusação vazia e sem fundamento.
Tô achando que foi Garotinho quem fez esse comentário. Rosinha deve ter feito o outro.
A ignorância parece ser tanta que eles seriam capazes de dizer que Sergio Cabral mandou tirar a rede de esgoto que Rosinha implantou.
É por essas e por inúmeras outras que não consigo simpatizar políticos e com cabos eleitorais.
Sempre os vejo como ladõres e alienados mentais, respectivamente.

Anônimo disse...

Pelos dados do Censo de 2010, feitos em 2010 e mostrado na nota, Rosinha já tinha quase 2 anos de mandato e ainda eram enormes a quantidade de casas sem água e sem esgoto. Os outros municípios mesmo sem royalties avançam, o que pode levar, mesmo com algumas melhoras, que nosso município de Campos, apareça em pior situação na pesquisa do ano que vem. Torço que não, mas não acredito. A desculpa agora vai ser a diminuição dos royalties.

Anônimo disse...

Esses dados são mais uma prova de que os royalties não nos servem em nada.
Servem apenas às ambições políticas e aos caprichos dos que governaram e dos que governam o município.

Quanto ao comentário apócrifo de 1:49, só tenho a lamentar. Por que será que ele não trouxe um único dado para descaracterizar o estudo ou para provar a ingerência de Sérgio Cabral. Trouxe apenas uma acusação vazia e sem fundamento.
Tô achando que foi Garotinho quem fez esse comentário. Rosinha deve ter feito o outro.
A ignorância parece ser tanta que eles seriam capazes de dizer que Sergio Cabral mandou tirar a rede de esgoto que Rosinha implantou.
É por essas e por inúmeras outras que não consigo simpatizar políticos e com cabos eleitorais.
Sempre os vejo como ladõres e alienados mentais, respectivamente.

Antonio Carlos disse...

Além da Folha de São Paulo a Cidade de Campos também foi citada pela VEJA...

Folha de São Paulo ...exemplo de mau uso do dinheiro público.

Na Veja, pelo péssimo desempenho na educação:

De 0 a 10 tirou nota 3.2 no rank de pior Desenvolvimento em Educação Básica IDEP está na Veja de 2/11/2011 para quem quiser ver.

Continuamos mal, muito mal..

http://sarcasmosa.blogspot.com/2011/11/cidade-de-campos-e-citada-pela-veja-e.html

Anônimo disse...

Movidas pelo ouro negro

Os 1 031 municípios brasileiros produtores de petróleo embolsaram 34 bilhões de reais em royalties desde 1999. Mas poucas prefeituras fizeram bom uso do dinheiro

A Petrobras atracou em Macaé, no Rio de Janeiro, em 1976, dando início à metamorfose que transformaria a pacata vila de pescadores na capital brasileira do petróleo. Naquele ano, a cidade foi escolhida para sediar as operações da estatal na Bacia de Campos, que hoje produz 83% do óleo do país. Duas décadas mais tarde, já no governo Fernando Henrique Cardoso, a aprovação da Lei do Petróleo deu novo empuxo à região. A autorização para que empresas privadas entrassem no ramo da exploração petrolífera e o aumento das compensações pagas aos municípios produtores fizeram com que Macaé fosse invadida por multinacionais. Desde então, já recebeu 3,7 bilhões de reais em royalties. A prefeitura usou bem esse bilhete premiado. Com dinheiro sobrando em caixa, decidiu doar prédios e terrenos a duas universidades, a Federal do Rio de Janeiro e a Federal Fluminense, para que se instalassem por lá. Em 2000, a cidade tinha 1 000 universitários, em apenas quatro cursos. Hoje, são 6 100 alunos, em 44 carreiras.

Os engenheiros formados ali disputam vagas nas petrolíferas – que pagam salários médios de 10 800 reais. A alta renda da cidade atraiu outros profissionais qualificados, como médicos e advogados, que formaram uma rede de serviços para atender os 60 000 cidadãos que vivem diretamente do petróleo. Essa relação move a roda da economia local. Segundo a Junta Comercial, atualmente Macaé concentra 8% de todas as novas empresas abertas no estado do Rio de Janeiro. O dinamismo elevou ainda mais a receita municipal. A prefeitura investiu em obras de infraestrutura, como um arco rodoviário de 15 quilômetros, construído em torno de Macaé, a fim de desafogar o trânsito na região central. A orla também foi revitalizada. Redes internacionais de hotéis se instalaram na cidade, como as americanas Sheraton e Best Western, e o turismo de negócios já representa 10% do PIB local. Com tudo isso, a dependência dos repasses das petrolíferas diminuiu. Embora em valores absolutos os pagamentos de royalties tenham quintuplicado na última década, seu peso relativo na arrecadação municipal caiu de 52% para 32%. Macaé não se tornou escrava dos royalties.

Infelizmente, esse sucesso é uma exceção. Desde 1999, 1031 prefeituras repartiram 34 bilhões de reais de compensações do petróleo, mas poucas fizeram bom uso. O pior exemplo também fica no litoral fluminense, a apenas 100 quilômetros de Macaé: é a cidade de Campos dos Goytacazes, campeã absoluta em receita de royalties. Só na última década, foram 8 bilhões de reais embolsados. O dinheiro se perdeu entre o desperdício, a corrupção e o assistencialismo. Algumas das obras realizadas são monumentos à irracionalidade. A prefeita Rosinha Garotinho, do PR, está torrando, neste ano, 68 milhões de reais na construção de um sambódromo. Em 2003, o então prefeito Arnaldo Vianna mandou cobrir os 3 000 metros quadrados da Praça São Salvador, no centro da cidade, com placas de granito polido. O luxo, segundo o ex-deputado federal José Divino, custou 46 milhões de reais. A prefeitura usa, ainda, a renda do petróleo para subsidiar passagens de ônibus que integram uma espécie de “bolsa família”. “Os royalties são utilizados para o clientelismo”, diz Carlos Pereira, da Fundação Getulio Vargas. Enquanto isso, Campos dos Goytacazes coleciona índices vergonhosos. Sua nota média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é 3,2 – a segunda pior entre as cidades com mais de 200 000 habitantes – e a taxa de mortalidade infantil, de 21, é a quarta pior. O índice de homicídios aumentou 42% na última década. Os quatro últimos prefeitos foram afastados do cargo por irregularidades em processos eleitorais ou durante a administração. Com políticos assim, não há royalties que deem jeito.

Prof. Isaac Abdalla disse...

Professor Roberto, como explicar isso?

Anônimo disse...

Prezado Professor,

o comentário das 3:23 merece virar post, no meu parco entender, pois tem até o nome da fonte, que é da FGV.

Roberto Moraes disse...

Uma boa pergunta Isaac,

Mas não parece tão difícil encontrar algumas respostas, ao verificar de forma detalhada o estudo e a tabela, mostrando como municípios com muito menos recursos e até empresa do próprio município e não concessionária construíram soluções melhores para suas populações.

Abs.

Maristela disse...

Esse casal só se preocupa, com seus marketing pessoal. Saneamento básiso, educação, saúde, isso pra eles, fica para segundo, terceiro, quarto...... plano.

Anônimo disse...

No mínimo questionável, sobretudo porque tive conhecimento efetivo que todo o esgoto coletado em Guarus já vem sendo devidamente tratado; hoje há abastecimento de água para 98% da população urbana; coleta de esgoto para 70% da população urbana (margem direita), sendo 65% tratado, e, daqui a 3 meses, em 01.2012, 100% desse esgoto será tratado e até final de 2013 será coleta para 90% da população urbana, sendo 100% devidamente tratado.

E mais, aqui em Campos, a concessionária já investiu mais de R$ 150.000.000,00 com dinheiro dela, e, em que pese os 2 últimos governos de fato não terem feito nada significativo no saneamento, é bem verdade que a Rosinha investiu alguns milhões nesta área, principalmente em alguns "bairros legais".

E, finalmente, que a tarifa de Águas do Paraíba é menor do que a da Cedae.

O resto, é conversa fiada ...

Anônimo disse...

Dados do mesmo SNIS, mas de 2010, já mostram Campos entre as 30 melhores. Mas essa notícia não merece destaque aqui no blog... http://www.campos.rj.gov.br/exibirNoticia.php?id_noticia=9777

Anônimo disse...

Esta cidade é ineficiente! É o nordeste brasileiro em pleno norte do Rio!

Roberto Moraes disse...

A(o) comentarista das 10:28 PM,

Esta informação não é correta.

A coleta de dados do SNIS foi encerrada apenas no dia 28/10/2011.

Veja a comprovação aqui no site do Ministério das Cidasdes:
http://www.snis.gov.br/

Inclusive o banner que é aberto com a página do SNIS:
http://www.snis.gov.br/popups/topo.png

Confiram aqui no site do Instituto Trata Brasil que o último SNIS divulgado é o de 2009:

Aqui a página geral:
http://www.tratabrasil.org.br/

Aqui a página das 81 cidases mais populosas:
http://www.tratabrasil.org.br/detalhe.php?secao=29

Todos os links já haviam sido publicados juntos da nota do blog.

A matéria no site da PMCG não consta nenhum link.

Como podem ter divulgado em 03/10/2011 sobre o SNIS de 2010, se a coleta de informações dele estava sendo feita na página do SNIS (minisério das Cidades) até o dia 28/10/2011?

Da onde se origina esta informação?

Assim como um comentarista disse acima, eu torço para que esta realidade mude.

O exemplo de Uberlândia, sem royalties, é bastante interessante. Lá uma empresa municipal está dando conta de paulatinamente avançar nos indicadores de saneamento.

Mais do que os números de uma tabela ou uma estatística o investimento em saneamento significa menos campistas doentes, posto de saúde e hospitais menos lotados, menos mortes por motivos fúteis, etc.

O blog não se furtará, aliás, como sempre fez, em divulgar os números que mostrem nossa evolução na área de saneamento, educação, etc.

Sds.

ROZITA disse...

O IDEB, deu NOTA 3,2, aos alunos da rede municipal de Campos. A, segunda pior nota do páis. Só ganhou do sistema de ensino do município de Vitória da Conquista que ficou em último lugar, com média igual a 2,9.

Vergonhoso para nossa cidade, com esses bilhões de Royaltes que deveriam ser usados principalmente em EDUCAÇÃO, tirar essa nota vexatóra.Por isso vamos perder parte dos roylates, por causa da má aplicação desse dinheiro.

Mas para mim é isso que os governantes gostam, de pessoas mal instruídas,analfabetos funcionais, e dependentes, por que assim fica fácil, usá-las para fins eleitoreiros.

Anônimo disse...

mas o que esperar de um povo que adora um cinquentinha e uma boquinha depois (pelo menos as juras de emprego)... FEDOR é claro!