“... Outro alvo dos estudos neuroeconômicos é o dinheiro. Na teoria econômica tradicional hegemônica, ele não tem valor próprio, a não ser a possibilidade de adquirir bens. Mas o cérebro humano tem uma relação própria com o valor do dinheiro. "Ele é um valor que o cérebro usa como todos os outros valores: comida, sexo, brinquedos, sono, exercício", diz Angela Stanton, que organizou o volume "Neuroeconomics and the Firm", que investiga a relação entre o cérebro e o funcionamento das empresas. "Em outras palavras, o dinheiro é uma ferramenta do prazer", que ativa uma área do cérebro contida no mesencéfalo...
... É lícito supor, que, se ganhar dinheiro é prazeroso, perdê-lo deve ser doloroso, no fenômeno conhecido como "pay-of-payment", ou "dor de pagar". Daí fenômenos como as vendas casadas, os programas de milhagem, os produtos incluídos em pacotes como se fossem gratuitos...”
Os assuntos acima fazem parte da interessante reportagem sobre as pesquisas sobre neuroeconomia publicada no caderno “Eu & Fim de Semana” do jornal Valor sob o título: “Mercado é coisa da sua cabeça” que você pode ler na íntegra aqui.
2 comentários:
Poder e dinheiro, caminham juntos.
Quase todos, com algumas raras exceções, buscam o poder a todo custo, para não ter problemas com dinheiro.
Constatamos isso claramente na política. Os "caras" fazem todo tipo de sacanegem para estar no poder político. E aqui em Campos esse fato é ainda mais latente.
Um pensamento antigo diz que "se quiser conhecer alguém, dê o poder a ele".
"Poder" pode ser o de dar ordens, o de gastar, o de comprar, o de persuadir, o de informar... existem muitas formas de poder e muitos poderes abrangem todas as formas, como o de governar.
O cerebro, nao importa se humano ou não, trabalha com o raciocínio lógico (e primata) da sobrevivência.
Nao sobrevivemos alimentando apenas o corpo, mas alimentando vícios e costumes.
O que não se vê, apesar da neurociência ter conhecimento disto, é que, ao alimentar nossos costumes (bons ou ruins) alteramos também nossa forma de lidar com as coisas, até porque, se alimentamos é porque tivemos sucesso naquilo que tentamos - e o contrário gera infelicidade, óbvio.
Somos capazes de treinar nossa propria mente na mesma proporção que temos de viciá-la inconscientemente.
O poder, o dinheiro, o vício, tudo tem relação com o cérebro humano não porque meche apenas com 1 substancia. Dopamina, Noradrenalina dentre tantas outras: nosso êxito (ou insucesso) em alimentar o ego, o corpo e a alma é que faz a diferença.
Apesar de sermos um, todos somos movidos à buscar a sobrevivência das diversas "vidas" que temos dentro de nós.
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